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Especialistas da indústria de animes falam sobre o modelo de investimento da Netflix
18/6/2020, 18:31
Tokyo Keizai: Especialistas da indústria de animes falam sobre o modelo de investimento da Netflix
Pesado? Membros da indústria fazem comentários como: "Se o anime é um sucesso, é uma vitória para a Netflix. Mas se é um fracasso, é a nossa vitória."
Um artigo divulgado pelo jornal online japonês Tokyo Keizai na última sexta-feira (05/06) apresentou uma pauta sobre o investimento da empresa de streaming Netflix em animes japoneses.
O jornal entrevistou vários especialistas da indústria de anime que trabalharam com a Netflix no marketing ou na criação de programação original de anime para a plataforma. Notavelmente, o artigo destaca algumas das opiniões que os entrevistados têm sobre o trabalho com a Netflix.
Sucesso x Fracasso:
A gerência de uma empresa de produção de anime que fornece anime para a Netflix comentou: “Se o anime é um sucesso, é uma vitória para a Netflix. Mas se é um fracasso, é a nossa vitória (da produtora)”. A razão para isso é porque, nos acordos de licenciamento da Netflix, os direitos de streaming são comprados diretamente, para que a produtora não receba royalties, independentemente de quantas visualizações o anime obtenha.
Outra questão, de acordo com a gerência de uma empresa de publicidade, que deu entrevista a Tokyo Keizai, é que a Netflix não revela os números de visualizações aos seus parceiros. Isso dificulta a negociação de um pagamento mais alto para a próxima oferta de streaming.
Preocupações:
Um líder de uma das empresas que participou de um conhecido programa de anime é citado como tendo dito: “Nesse ritmo, podemos nos tornar uma empresa subcontratada para a Netflix“.
A Netflix também lida principalmente com ofertas de streaming, o que significa que há muitos casos em que a produtora tem dificuldade em vender os direitos de mercadorias, jogos, home-vídeo e outras formas de mídia. Esse é um problema para um setor que depende fortemente de franquias de mídia-mistas como formas suplementares de receita.
A gerência de uma empresa de produção reclamou que “o número de pessoas que vêem o anime através do streaming é limitado, então ele não se tornou um sucesso”.
Um membro de uma empresa diferente observou: “Teria sido difícil para Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba se tornar o grande sucesso que era se fosse distribuído apenas por streaming”.
Ainda tem lado bom e ruim nisso?
Apesar do que já foi dito acima, especialistas apontaram aspectos positivos do envolvimento da Netflix em anime, como conectar criadores de anime com artistas e talentos globais e as altas taxas envolvidas em acordos de streaming.
De acordo com uma fonte da empresa de propaganda, “um título importante que se sabe que pode pagar de 50 a 70 milhões de ienes por episódio”.
Por outro lado, teme-se que possa ser um erro confiar na plataforma de streaming quando não há garantia de que a empresa de streaming invista em anime para sempre. “A qualidade das produções no exterior, como na China e na Coréia, está aumentando. Se conseguirem a mesma qualidade, também poderão conseguir acordos com a Netflix“, disse uma pessoa familiarizada com a indústria de anime.
Por enquanto, no entanto, parece que o relacionamento anime e Netflix está se fortalecendo. Em Fevereiro, a empresa anunciou que está formando parcerias com o grupo de criadores de mangás CLAMP; criadores de mangás Shin Kibayashi, Yasuo Ohtagaki e Mari Yamazaki; o romancista e diretor de cinema Otsuichi e o romancista Tow Ubukata para desenvolver e produzir projetos originais de anime japonês que serão exibidos em 190 países e territórios em todo o mundo.
Fontes: Anime Xis e Tokyo Keizai (ANN)
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