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WELL
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FAMILIA DRAGÃO
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Royal Crescent - Página 2 Empty Re: Royal Crescent

3/7/2014, 20:15
A festa se seguia tranquilamente, os convidados estavam se divertindo, bebendo e comendo e fazendo de tudo para obter algum lucro, aquele evento era para esbanjar dinheiro e mostrar poder, mas entre os humanos havia vampiros, mas do que imaginavam, ou melhor, sequer imaginavam.
Nicolau havia se levantado e desaparecido do salão, Nina por sua vez abordara uma jovem de pele branca e cabelo vermelho, ela usava um vestido de cetim rosa, usando seu olhar hipnótico tentava conseguir alguma informação sobre Lucinda, mas seu progresso era lendo, a  jovem revelou um nome Evandra Evans... O que isso significaria? Após isso se afastou dela e seguiu para fora do salão.
Alexia estava  preocupada com Walter estando com sua mãe que era vampira o que ela não sabia era que ela é que estava em perigo, antes que pudesse adentrar ao quarto  fora surpreendida por um hálito gélido em sua orelha que lhe arrepiou o corpo, mãos andavam por seu corpo, elas eram gélidas, elas viram a jovem de intensos olhos azuis.
Ela implorava, pois sabia o que ele era agora, mais nenhuma promessa, nenhum  gesto ou ação poderia salva-la se ele assim desejasse.
― Minha jovem... Não sei que ligação tem com Lucinda ou Uriel, mas sinto dizer que não viverá para causar problemas.. ― com sorriso avançou no pescoço da jovem Alexia, ela se debatia, tentava se afastar o chutando, empurrando tentando gritar sem sucesso.

Pouco a pouco ela começa a ser envolvida pelo prazer que apenas o veneno vampiro tem o poder de sentir um prazer profundo e mortal que é seguida de morde, sussurros e gemidos são liberdados dela, enquanto sua vida se esvai  nos lábios do ser imortal, após alguns minutos tudo que resta de Alexia e um corpo sem vida.
A vampira que se dizia sua mãe era apenas uma subordinada que havia usado Walter para distrai-lo juntamente com Alexia, ela teria dado o mesmo vim a ele, coitados... Humanos são tão manipulados.

Pegou o corpo sobre o ombro e saiu do Hotel com elegância, jogaria em algum lugar distante dali, e estaria tudo resolvido, pois ter um alvoroço no Hotel não seria uma boa ideia.

― Sinto que os Volker estão apenas esperando um deslize meu, meus tolos irmãos sequer conhecem o que preparei a eles, e Ivanov sua tentativa de me pegar apenas me ajuda na distração que necessito.. ― Pensava Nicolau enquanto limpava suas mãos e sorria ao ver o corpo de Alexia afundar em um rio a vários quilômetros dali.
Lee-Vieira
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4/7/2014, 17:35
Aquela festa estava incrível, cheia de homens bonitos e pessoas simpáticas, prontas pra se divertir. Eu estava pronta para me unir à eles, exceto por um inconveniente, eu estava a trabalho. Pois é, e não era um trabalho qualquer. Já tinha alguns anos que minha única função era vigiar os passos de “Nicolau Miac”.

 E agora estávamos no Royal Crescent, um lugar maravilhoso, mas a presença daquele homem não o deixava tão bom assim.Naquela noite, na festa que ocorria no salão do hotel, um grande numero de vampiros se reunia dentre os humanos, há muito tempo eu não via tantos vampiros juntos assim. Nicolau estava sentado em uma das mesas do salão, e eu o observava, sentada no balcão de bebidas, com um copo de whisky na mão.

Depois de alguns minutos tranquilos, o homem ergueu a mão, segurando uma taça de champagne, em cumprimento à alguém. Meus olhos seguiram em mesma direção, até que avistaram uma moça, trajada de um vestido vermelho elegante e ao mesmo tempo descontraído.

 - Seria ela? – Perguntei pra mim mesma, sussurrando. Terminei meu whisky num só gole e me levantei, passando a mão levemente pela saia do vestido e pegando minha bolsa de mão.


“- Nicolau está muito perto, é melhor eu tomar cuidado.” Desviei por entre os presentes, sorrateira e rapidamente, tão rápida quanto qualquer humano conseguiria ver-me. Diminui minha velocidade, a fim de me fazer ser vista por ela. Ao passar ao lado de sua mesa, ela me segurou o pulso.
- Por favor, moça poderia me informar as horas? – Sorri, e quando fui dizer algo, ela se apressou em completar a frase. – Eu realmente peço-lhe desculpas por isso, mais pode me dizer quem é Lucinda Price?

- Ela esta tentando me hipnotizar...Com um rápido pensamento, me fingi estar hipnotizada, aquela era a deixa que eu precisava. – Evandra Evans. Veio ao meu pedido. Escondia-se de alguém.

- O que? Desculpa senhorita, eu realmente não estou conseguindo entender muito que você esta tentando me dizer.

Estava prestes a explicar melhor o que realmente estava acontecendo, quando um homem apareceu ao nosso lado, vestido de um terno branco, era muito elegante e charmoso, mas apenas um humano.
- As senhoritas aceitariam um drinque? – Perguntou ele, todo cortês, nos oferecendo a bandeja.


Enquanto o olhava, percebi que Nicolau havia desaparecido, deixando apenas uma cadeira vazia. Revirei minha bolsa, tirando um pedaço de papel e uma caneta, rabiscando alguns números.

- Senhor...

- Matthew – Completou ele, sorrindo para mim.

- Senhor Matthew, sinto muito, mas no momento não disponho de muito tempo livre, porém, tome. – Entreguei-lhe o pequeno papel. – Talvez o senhor passa me ligar pela manhã, quem sabe não poderia me servir o café na cama.

Dei-lhe um sorriso suave, e uma rápida piscadela, desaparecendo logo em seguida por entre a multidão de pessoas que por ali circulavam.

“Um minuto de distração, e ele some. Onde ele estaria?”
Comecei a olhar um volta, e foi então que eu o vi, subindo atras da pequena jovem de mais cedo, no bar, ao alcança-la no quarto, cochichou algo em seu ouvido cravou as presas em seu pescoço. Por um instante, ponderei a ideia de ajuda-la, mas isso estragaria todo meu disfarce. Minha única opção seria observar, enquanto ela morria aos poucos, o que não demorou muito a acontecer.


Tomando-a nos braços, Nicolau desapareceu por entre as pessoas, tendo-me em seu encalço, seguindo para um lugar distante do hotel, um rio, onde ela jogou, e ficou observando-a afundar.

- Pobre garota. – Sussurrei para mim mesma, enquanto me escondia por entre algumas arvores.
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4/7/2014, 21:21


Enquanto via o corpo afundar no rio, sendo consumido pela agua escura, Nicolau ajeitou seu terno e seguiu  ainda adiante, não na direção do Hotel, mas em uma cidade que havia nas redondezas, a noite estava escura com poucas estrelas no seu, as ruas estavam movimentas, ele  passou por varias ruas e vielas, uma estrada feita de pedras, casas simples e antigas, as pessoas ainda transitavam nas ruas umas mais mal humoradas que outras.

Algumas mulheres se viravam para ver o elegante homem que parecia estar perdido em meio a tanta simplicidade, o que eles não sabiam que aquele homem era um ser antigo, mais antigo que a própria cidade, esbarrou em um homem, ou melhor, ele esbarrara nele em uma rua escura, a tolice do homem foi achar que estava certo, sua única sorte foi uma morte rápida tendo seu pescoço quebrado e jogado sobre alguns sacos de lixo.

Após alguns minutos de caminhada parou diante a uma porta de ferro, com apenas uma pequena abertura, as paredes eram de rochas fortes deu três batidas na mesma, a pequena janela se abriu, um par de olhos castanhos o encarou ajeitando sua gravata e sorrindo como se estivesse indo para uma festa  e sorriu, atrás a pequena abertura se fechou, e vários sons de trinco e cadeados foram abertas, pesadamente a porta se abriu.

― Boa... Boa noite senhor.. — Falou um homem de meia idade quase em seus quarenta anos, uma barba espessa e um chapéu.

Nicolau adentrou naquele lugar enquanto a porta era fechada, sem se virar para o homem perguntou:
― Como esta nossa convidada? — Puxou para frente o paletó.

― Está como o senhor ordenou não a alimentamos, ela esta pressa nas celas do porão, as correntes de prata, a enfraquece, durante o dia ela lutou tentando arrancar as correntes mais não conseguiu depois se acalmou e perguntou onde estava, as vendas nos olhos devem ter atordoado ela um pouco, mais a tarde usei aquilo que me entregou agora ela esta desacordada.

― Muito bom... Vamos lá quero vê-la. — Seguiu na frente enquanto o velho homem o seguia, desceram alguns lances de escadas.

Nicolau esperou enquanto o homem destranca uma porta, o lugar parecia um calabouço, pouco luz, varias celas de grande, um piso de concreto, em uma delas estava ela,uma vampira desacordada, com as pernas e braços presos com prata, e os olhos vendados.

― Pobre Lucinda, e uma pena que esteja envolvida com Uriel, havia mesmo lhe achado bastante interessante, mas será útil em algum momento até lá ficará um tempo fora de circulação, vamos ver se Ivanov sentirá sua falta.
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5/7/2014, 00:01
- Luschka... LUSCHKA!


Uma mão quente pousou sobre sua testa....
- Luschka... abra os olhos!
A voz infantil encheu seus ouvidos e ela pode sentir uma leve respiração em seu rosto resgatando-a de um sono tranquilo.
- O que queres agora Ekatherina? - Luschka abriu os olhos e contemplou a face corada que deitara ao seu lado sobre a grama. A menina tinha olhos tão azuis quanto o céu e se destacavam ao longe em sua pele alva e cabelos claros, era quase um anjo.
Ekatherina sorriu calorosamente enquanto entrelaçava seus delicados dedos nos cabelos da irmã.
- Luschka, quando crescer terei os cabelos tão belos quanto os teus?
- Não será necessario, já tens belos fios dourados Ekatherina. - virou o rosto para encara-lá melhor - Agora me diga, o que queres?
- Ora Luschka, não seja grosseira. Até parece que estou com segundas intenções... - apoiou-se no chão com as mãos no rosto - Mas lembro-te que prometeu acompanhar-me até os campos para colher algumas flores para mamãe.
 
O sol revelou-se por detrás das nuvens e seu forte brilho fez com que Luschka tornasse a fechar os olhos. A primavera daquele ano estava agradável e por onde quer que fosse era possível sentir o cheiro das muitas flores que desabrochavam com formura.


- Está bem, me dê mais algum tempo e então lhe acompanho. - ela aspirou o ar puro do campo até encher seus pulmões e o expeliu pausadamente, quase como se saboreasse os aromas, tudo parecia tranqüilo.
Uma brisa gélida varreu os campos e algo estranho agitou-se dentro da jovem, como um buraco negro abrindo-se em seu interior, sentiu uma náusea invadir-lhe a garganta.
- Ekatherina? - sua voz ecoou pelo vazio e viajou de volta até ela.
Levantou-se num sobressalto e olhou a sua volta desorientada. "O que está havendo?" Perguntou para si mesmo enquanto seus olhos vasculhavam o vazio com espanto. Sua irmã sumira... assim como tudo ao redor e então Luschka se viu perdida no meio de  sombras que envolviam seu corpo com ousadia, a mesma brisa fria agora atravessava-lhe o corpo arrancando-lhe o pouco ar de seus pulmões, sufocando-a na escuridão. Tentou gritar, mas sua voz não saiu, o pânico tomou sua mente paralisando-a e em fração de segundos o medo a engoliu.


 "É só um sonho, só pode ser um sonho ruim", repetia para si mesma, ACORDE LUSCHKA, ABRA OS OLHOS!


▪▪▪†▪▪▪




Uma dor profunda invadiu o peito e ela aspirou o ar com violência, sentiu algo frio escorrer pela face, descendo por entre seus seios, fazendo-a despertar de um sonho sufocante. Estava acordada, mas seus olhos viam apenas a escuridão. Sentiu uma fraqueza percorrer seu corpo ao tentar se levantar e um som de corrente acompanhou seus movimentos: estava acorrentada. Fez o que pode para se desvencilhar daquela maldita corrente, mas em vão, ela podia sentir a prata queimando-lhe os pulsos. Não sabia quanto tempo estava ali a deriva e sem se alimentar, estava mais fraca do que nunca estivera e assim era apenas uma presa fácil. Desorientada, vasculhou a mente atrás de sua ultima memória e fora difícil reorganizar seus pensamentos até que sua ultima lembrança acendesse como um flash em sua cabeça... Maldito seja aquele desgraçado...


O forte cheiro de mofo invadiu suas narinas, causando-lhe repulsa, juntamente com as náuseas de dor que invadiam-lhe seu interior, "o que diabos fizeram-me?" Lucinda esforçava-se para manter-se alerta uma vez que sabia de quem era cativa quando detectou que alguém lhe observava. Um ranger de portão cortou o silencio fúnebre do local e a realidade caiu sobre ela como uma pedra: estava presa em uma cela, vendada e acorrentada à prata ficando a mercê daquele maldito vampiro.

O dono dos passos aproximou-se com cautela e ela pode sentir o odor pungente de sangue inundar o ar, se não fosse pela venda seus olhos teriam brilhado como dois rubis fluorescentes sedentos por aquele líquido viscoso e escarlate. Aspirou o ar criteriosamente e constou que um homem estava agora parado a poucos metros dela, seu sangue era velho, mas naquela situação deplorável em que se encontrava era melhor que nada.

- Onde estou? - sua voz saiu num fraco chiado. - Tens medo de mim, humano? Por isso me prendes a estas correntes cretinas? - o homem nada lhe respondeu e ela riu para si mesma - Onde está seu senhor?

O indivíduo permaneceu em silêncio, provavelmente para não abrir brechas para o que quer que ela estivesse pensando em fazer, mas a quilômetros Lucinda teria ouvido aquele coração acelerado e amedrontado por suas perguntas. Ela já havia decidido, o mataria assim que descobrisse um jeito de escapar, pura e simplesmente para vê-lo morrer em seu silêncio, literalmente. Em outra ocasião jamais se alimentaria de um velho que cheirasse a podre. 

O velho caminhou até um dos cantos da cela e se esforçou para mover algo que parecia preso. Sua respiração soou ofegante devido a força que aplicara até que em segundos um barulho estridente se fez acompanhado do som de roldanas que pareciam estar acima da vampira. Aos poucos as correntes começaram a se mover e Lucinda sentiu seus braços serem suspensos no ar até ficarem totalmente esticados. Ele estava a imobilizando. O cheiro o denunciou mais perto e ela sentiu uma dor aguda no antebraço que queimou-lhe profundamente. Ela reprimiu um gemido de dor enquanto ouvia-o sair e trancar a cela com grossas correntes e sumir para onde quer que tenha ido depois que afrouxou-lhe as amarras. A jovem escorou-se na parede a suas costas, deixando sua cabeça cair sobre o peito, estava exausta e faminta e assim ficaria até que encontrasse uma oportunidade de escapar.

Não sabia o que lhe fora aplicado, mas a dor pulsante ainda permanecia em sua pele e agora sentia sua cabeça também pulsar numa dor delirante. Lutou para manter-se acordada, uma vez que notou que seus sentidos pareciam sumir gradativamente.


Parecia, agora, que estava realmente só quando os mesmos passos cautelosos irromperam pelo, o que parecia ser, um extenso corredor e junto dele um passo firme ecoou, seguindo o primeiro. Aguçou sua audição ao máximo afim de escutar alguma informação útil.

"― Pobre Lucinda, é uma pena que esteja envolvida com Uriel, havia mesmo lhe achado bastante interessante, mas será útil em algum momento. Até lá ficará um tempo fora de circulação, vamos ver se Ivanov sentirá sua falta."


Aquele maldito estava ali, ela podê sentir seu cheiro assim que aproximou-se da cela e por mais que sua vontade fosse de esquartejá-lo, conformou-se que ainda não era hora. A droga já atingira o ápice de seu efeito fazendo com que suas poucas forças fossem-lhe drenadas de seu corpo. "Ivanov..." Ela ouvira aquele vampiro mencioná-lo, mas a conversa parecia distorcida a seus ouvidos e fora difícil entender mais do que isso.


"Cobrarei isto de você em breve, Ivanov..." - fora seu ultimo pensamento antes que sua consciência se apagasse como uma vela na tempestade.  
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8/7/2014, 22:03
Eu observava Nicolau, enquanto ele observava o corpo da jovem, que afundava lentamente nas aguas do pequeno rio. Uma leve brisa soprou meus cabelos, de modo a os fazerem dançar, mas para minha sorte, ela soprava de lado contrario a direção dele.

O vampiro a minha frente, que até então esta imóvel, parecido perdido em pensamentos, arrumou seu paletó, como se estivesse a sair de um conserto de opera,  e tornou a caminhar, mas ao invés de voltar ao hotel como eu imaginei que faria, ele foi em direção à uma cidadezinha que por ali havia. Esperei alguns segundos para começar a segui-lo, mantendo uma distancia segura, sempre me escondendo nas sombras.

Quanto mais longe íamos, pior o local ficava. As pessoas ficavam mais desagradáveis, hostis e mal cuidadas. O próprio lugar em si não era grande coisa, com casas antigas e bem simples, algumas bem mais mal cuidadas do que outras. Talvez a face da noite encobrisse as imperfeições daquele lugar, mas aos olhos de uma vampira, nada se escondia na escuridão.
Nicolau e eu chamávamos a atenção por onde passávamos, com nossos trajes elegantes e nossa postura. As mulheres voltavam os olhares para Nicolau, cochichando entre si depois que ele passava, enquanto que pra mim sobrávamos olhares dos homens bêbados, imundos, que aparentavam não voltar pra casa há dias. Se eu não fosse uma vampira, aquele lugar seria muito perigoso.

Enquanto andávamos, vi um homem, que por sinal estava bêbado, esbarrar em Nicolau e se virar para discutir com ele. Pobre homem, foi seu pior erro naquela noite, que resultou numa morte rápida, para sua sorte. Balancei minha cabeça, negativamente. Humanos bobos.

Após alguns minutos de caminhada por mais vielas e ruas, eu sempre a uma distancia segura, Nicolau parou em frente a uma casa, a qual parecia ser a mais velha, porem a mais impenetrável, e bateu despreocupadamente. A partir dali não poderia prosseguir, então me escondi nas sombras de uma casa, não muito longe. Não demorou muito para que a pesada porta se abrisse, e por ela um velho senhor aparecesse.

- Boa... Boa noite senhor..

Do meu esconderijo vi Nicolau entrar e desaparecer por detrás da porta, que se fechou com um estrondo abafado.


- Droga, eu não consigo entrar lá. – Coloquei as mãos na cintura, brava, o cenho fechado. - Já sei.

Caminhei por toda a extensão da casa, a procura de uma abertura, até que encontrei uma janela nos fundos, onde me aproximei para escutar melhor. Nos primeiros segundos, só o que ouvi foram passos, pelo que parecia ser um corredor, então um barulho de um portão sendo aberto, depois a voz sedutora de Nicolau.

- Pobre Lucinda, é uma pena que esteja envolvida com Uriel, havia...

Afastei-me da janela. “Lucinda? Nicolau sequestrou Lucinda?”. Por um instante senti que ele sabia que eu estava ali, e um medo crescente me invadiu. Para minha própria segurança resolvi me afastar.

Revirei minha bolsa, enquanto rumava de volta ao hotel, até que achei meu celular. Apertei o botão de discagem rápida, e lá estava o numero dele. Apertei mais uma vez para chamar.

Tu... Tu... Quando tocava pela terceira vez, a chamada foi atendida, e do outro lado da linha pendia-se apenas o silencio, na espera de minha noticias.

- Acho que encontrei sua donzela, e, acredite, isso é um problema.
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9/7/2014, 09:53

Nicolau parecia saber que Lucinda estava consciente ou quase, ele esperou um pouco após suas palavras mais ela nada disse, permaneceu imóvel. Se aproximando da cela a olhou caída com o vestido sujo, e os cabelos meio revoltos, estava tão bela em seu encontro.

— Lucinda... Esta me ouvindo? Sei que esta acordada. Deve esta pensando que achará um jeito de sair daqui não e mesmo... Mais não vai conseguir. — Caminhou próximo a cela enquanto o homem ficava próximo a escada de saída.

A face dele era despreocupada, não parecia um cara preocupado, mais seu olhar demonstrava alguma coisa oculta, parou diante da pobre Lucinda e disse.

— Uriel lhe informou o que se trata sua vingança? Ele realmente se preocupa com você... Acho poderemos ter a chance de descobrir isso, vamos ver se ele resolve aparecer, ate lá você vai ficar aqui... Presa e comportada, este lugar e distante, e apenas mais um lugar como muitos.

Seu sorriso se alargou, caminhou até o homem, sua face se tornou gelo, seu olhar brilhou e o homem parecia ver a vida passar diante seus olhos.

— Mantenha testa forma, aplique aquilo que lhe dei... Vai deixá-la mais fraca, de uma pequena dose de sangue a ela... O suficiente para sobreviver e não adquirir uma força sobre humana, a medida eu já lhe passei faça isso após o terceiro dia... E mantenha dando esta dose a cada dois dia, passarei aqui outras vezes, não abra para ninguém! — O olhar de Nicolau se apagou e o homem piscou atordoado.

Nicolau esperou por uma respostas de Lucinda que não surgiu ate aquele momento, se virou para proporcionar  um fio de esperança.

— Se estiver me escutando, Digo posso poupa - lá... Fique ao meu lado e revele a localização de Ivanov, jure lealdade a mim e estará livre sem nenhuma amarra. Traia Uriel e concederei a você o que quiser o que acha disso? Uma boa troca. — Gargalhou enquanto começava a subir os degraus com o homem a sua frente,
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9/7/2014, 14:54
Lucinda permaneceu em silêncio enquanto o homem estacou a sua frente, ela pode sentir que seus olhos fitavam-na com intensidade, mas não se manifestou. A prata e a droga ainda lhe corroíam com violência e ela se esforçou para manter-se firme, não podia desabar agora.

— Lucinda... Está me ouvindo? Sei que esta acordada. Deve esta pensando que achará um jeito de sair daqui não e mesmo?... Mas não vai conseguir.  — a voz de Nicolau soou com sarcasmo em seus ouvidos e ela ergueu uma das sobrancelhas com desdém.

Se ele achava que lhe impunha algum tipo de medo, deveria se esforçar mais. Era verdade que Nicolau era muito mais antigo e poderoso do que ela, mas isso não era o bastante para intimidá-la, muito menos para fazê-la falar.

— Uriel lhe informou o que se trata sua vingança? Ele realmente se preocupa com você... Acho poderemos ter a chance de descobrir isso, vamos ver se ele resolve aparecer, ate lá você vai ficar aqui... Presa e comportada, este lugar é distante, é apenas mais um lugar como muitos.

Seus dentes reluziram no escuro em um riso inaudível enquanto ela agitou levemente uma das correntes demonstrando que ainda estava consciente e alerta. A droga fez com que perdesse consideravelmente seus reflexos, o que a deixou lenta até mesmo para processar algumas informações. Ouvir de Nicolau que Uriel se preocupava com ela a teria feito gargalhar se não estivesse tão fraca. Ele realmente era um tolo em pensar que assim obteria algo de Ivanov.

Agora parecia que ele não falava mais com ela e sim com aquele velho imundo de minutos atrás. Sua voz parecia abafada aos ouvidos dela, provavelmente mais um dos efeitos colaterais, o que a fez se lembrar de que ainda mataria aquele maldito carcereiro medroso.

— Se estiver me escutando — Nicolau tornou a falar — Digo, posso poupá-la... Fique ao meu lado e revele a localização de Ivanov, jure lealdade a mim e estará livre sem nenhuma amarra. Traia Uriel e concederei a você o que quiser. O que acha disso? Uma boa troca. — sua gargalhada soou escandalosa pelo corredor e Lucinda se viu irromper em uma risada quase sem forças, mas alta o suficiente para interromper a do vampiro.

Jurar... lealdade a você? — ela riu com elegância. Sua voz saiu num chiado — Achas mesmo que me mantendo aqui chegará até Ivanov, meu caro Nicolau? — ela levantou a cabeça, como se o visse através da venda que cobria-lhe os olhos rubros — Digo-lhe que és um tolo. — uma pontada de dor atingiu seu peito e ela conteve um gemido — Um a menos, um a mais... — ela se esforçava para falar — ... Isso não fará diferença para ele, assim como não faz para você. — fez uma pausa e seu riso cortou o ar mais uma vez — O que te faz achar que sou tão devota a Uriel?

Reclinou a cabeça para trás, deixando-se apoiar na parede úmida da cela enquanto um sorriso desenhou-se em seus lábios.

Ele não virá, Nicolau. — ela tossiu — E se lhe serve de consolo... omoară-mă – sibilou provocante.
 
Nota: omoară-mă > mate-me, em romeno.
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10/7/2014, 19:42
Nicolau começara a sumir nas escadas quando a voz de Lucinda se pode ser ouvida, em seguida uma risada, se não estive presa seria até elegante, ele parou para ouvir as palavras da jovem, ela parecia ciente e conformada que Ivanov não iria aparecer para salva-la, isso não fazia parte do estilo dele. Aquilo talvez não o surpreendesse.

Erguendo a cabeça, se virou na direção se Nicolau que retrocedera alguns passos para observá-la, as palavras o divertiam, sua arrogância e coragem não era fingimento de apenas uma noite ele pode ver isso, um brilho surgiu em seu rosto enquanto um sorriso se forma em sua face, sobre a luz de algumas poucas lâmpadas amarelas o sorriso era perigoso e ao mesmo tempo travesso.

Ser ofendido o irritava mais isso não tirava o divertimento daquele momento, viu o rosto da vampira se contorcer momentaneamente, se silenciou por alguns segundos e seguiu dizendo que um a mais ou a menos não importava, as palavras mostravam que aquela mulher já passará por muita coisa e conhecia as artimanhas de um jogo perigoso. Gargalhou dessa vez quando perguntou:

— O que te faz achar que sou tão devota a Uriel?

Jogou a cabeça para trás escorando como se o esforço acabasse com o pouco de energia que tinha, balançou a cabeça e sua voz tornou-se mais sedosa, “ele não virá” falou tossindo e desafio que ele a matasse.

Nicolau voltou a cela, e parou próximo a grade dela e a observou quando falou:

— De fato es uma mulher de vibra, posso ver isso, Uriel é tolo arriscar você em seu joguinho... Mais posso entender o porquê você foi escolhida. . — Falou se abaixando para nivelar a altura.


— Não diria que e devota ao Uriel, mas lhe deve alguma coisa, eu sei disso, por isso lhe ofereço algo melhor, diferente do que Ivanov estou disposto a fazer mais por você do que ele fez. Arriscar você assim e não se preocupar de fato deve está muito focado no seu plano. .

Levantou-se, o homem esperava inquieto no primeiro degrau das escadas, talvez pensando que não gostaria de vê-la livre, ou apenas estava sobre o efeito da hipnose de Nicolau seja como for isso não importava.


— Lucinda... Somos imortais, vale mesmo apenas morrer por alguém que não morreria por você? Não me parece do tipo que jogaria sua vida fora, você e apenas destemida. Pense no que lhe propus você terá tempo para pensar nisso. Afinal não a matarei “ainda” tenho planos mesmo que você seja uma moeda de troca... .

Falou seguindo para fora daquele porão subiu as escadas e pediu para o homem ficar de olho nela e fazer o que já havia pedido, e saiu novamente para a noite.


Última edição por WELL em 11/7/2014, 16:44, editado 1 vez(es)
Lee-Vieira
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10/7/2014, 19:56
- Serio? Você tem certeza disso? – Perguntei a ele, indignada. – Francamente, você não se importa com ela, não é? – Vi uma sombra se caminhando, não muito longe de mim. Me virei atenta, e lá estava ele, Nicolau, caminhando calmamente. “Deve estar voltando para o hotel.” – Não posso mais falar, até mais.
Desliguei o celular, jogando-o na bolsa. Se me demorasse pelo caminho, ele poderia me alcançar, então corri tão veloz como qualquer vampiro, pelas mesmas ruas e vielas nas quais havia passado para chegar até ali, rumo ao hotel.
Não muito tempo havia se passado e eu estava caminhando sobre o caminho de pedras que havia até a grande porta de entrada. Toc, Toc, fazia o salto a cada passo que eu dava. Abri a porta delicadamente, e segui para o balcão da recepção.
- Boa noite senhorita. – Saudou-me o recepcionista.
- Boa noite. – Olhei dentro dos olhos dele, usando meu poder hipnótico. – Por favor, eu preciso do cartão do quarto de Evandra Evans.
- Sim Senhorita. – Respondeu ele, automaticamente. Depois de alguns segundos ele me estendeu uma copia do cartão.
Peguei minha bolsa, que havia posto sobre a bancada, e segui ao elevador, onde apertei o botão para chama-lo e esperei ao lado. Não demorou muito para que chegasse, entrei calmamente e esperei que subisse. Alguns minutos depois estava caminhando pelo corredor, seguindo para o quarto de Lucinda. Abri a porta, e rapidamente adentrei, fechando-a atrás de mim. Não havia muito que procurar pelo quarto, então recolhi algumas peças de roupas espalhadas e as coloquei na mala em cima da cama. Não havia mais nada que indicasse que ela passara por ali. Tomei sua mala em minhas mãos e sai do quarto, indo do volta para o elevador, dessa vez seguindo para meu quarto.
Click, fez a porta quando a destranquei. Fechei-a e comecei a recolher meus pertences no quarto, do mesmo modo como fizera no quarto de Lucinda. Tomei uma muda de roupas para me trocar e fui para o banheiro.
- Uriel nunca me deixa a par de toda a situação. – Reclamei, enquanto soltava meus cabelos.

>< >< >< ><
Sentei na cama, tomando o telefone em mãos, me ligando a recepção. – Por favor, poderiam me mandar um carregador para me ajudar a descer minhas malas.
Depois de alguns minutos o carregador e eu descíamos para a recepção, onde fui para o balcão.
- Gostaria de encerrar minha estadia no hotel, no nome de Genevieve Flench. – Estiquei lhe um cartão de crédito, e não muito tempo depois já estava terminado. – Gostaria também de encerrar a estadia de Evandra Evans. – Disse-lhe, usando a hipnose. No mesmo processo, tudo foi encerrado.
Na rua, ajudada por um dos trabalhadores do hotel, coloquei minhas malas num taxi e sai. O taxista se virou para mim, dei-lhe um endereço e seguimos viajem. Não iria muito longe, apenas devia me afastar dali. Fechei os olhos e recostei minha cabeça no assento. “O Sol já vai nascer, preciso ser rápida.” Alguns quilômetros depois, o carro freou.
Paguei então o taxista e entrei num pequeno hotel onde ele havia me deixado. Bem diferente do Royal Crescent, aquele lugar estava depredado e em ruinas, mas estava bom o suficiente para algumas noites. Paguei à uma moça na entrada para ficar algumas noites e subi para um quarto. Ao chegar, larguei as malas no chão e usei as cobertas como cortina, para me esconder do Sol.
- Amanha voltarei ao Royal e procurarei Nicolau, mas por hora, esperarei que anoiteça e descansarei aqui.
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11/7/2014, 16:36
As dores pareciam amenizar, mas Lucinda não tinha certeza se era isso ou apenas estava começando a acostumar-se à elas. O vampiro ainda falava a sua frente e todas aquelas frases feitas lhe entediavam profundamente, "como pode falar tanto?", perguntou-se em pensamentos rindo do próprio sarcasmo.
-...por isso lhe ofereço algo melhor, diferente de Ivanov, estou disposto a fazer mais por você do que ele fez. - dizia ele.
- E o que farias por mim, Nicolau? Me faria jurar lealdade à troco de uma cela em meus ombros? - sua voz saiu fraca acompanhada de uma risada cansada - Por que não me matas logo e poupa-me de teus discursos ridículos?! - ela tentou ajeitar-se no chão, procurando uma posição menos desconfortável, o som de correntes seguiu seus movimentos.
De onde estava podia ouvir o maldito carcereiro tremer ao pé da escada "pobre desgraçado" - pensou, seu coração palpitava tão alto que o som latejava aos ouvidos da vampira, ela sentia o cheiro do medo.
Lucinda... Somos imortais, vale mesmo apena morrer por alguém que não morreria por você? - ele insistia - (...) Pense no que lhe propus você terá tempo para pensar nisso. Afinal não a matarei “ainda” tenho planos mesmo que você seja uma moeda de troca...
- Morrer? - ela economizou uma gargalhada - Estamos todos mortos, meu caro - sorriu - E já faz muito tempo. Ou ainda não lhe avisaram? - ela riu com ironia - Quanto a sua proposta medíocre: guarde para uma mula em que possa montar... - seu peito ardia a cada frase, mas ela não parou - Diga-me Nicolau... - ela se inclinou para frente, tentando diminuir a distância entre eles - Se achas que sou apenas uma moeda de troca... Porque tanto me desejas ao teu lado? - suas palavras ecoaram como o sibilar de uma serpente e morreram num sorriso sedutor.
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11/7/2014, 17:11

Nicolau saiu daquela prisão deixando Lucinda sem uma resposta para sua pergunta, de fato muitos vampiros creditavam que estavam mortos que viraram monstros que precisam matar para sobreviver, mas para Nicolau aquilo era apenas a lei da sobrevivência, a lei do mais forte, um ciclo onde o mais fraco perece diante do mais forte.

Ele nunca se achou morto, mas sim vivo! Nunca havia se sentido assim quando humano, poder era o que buscava e adquiriu após a sua mudança, no começo ele não entendia, mais o tempo eterno que possuía o ensinou bem.

Saindo do prédio, a noite estava fria, mas para um vampiro aquilo não era nada, o homem tremeu com o vento que entrou ao abrir a porta, Nicolau saiu, precisava voltar para o hotel, afinal grandes acontecimentos o aguardavam, mas antes se virou para o homem e lhe avisou mais uma vez...

— Não fale com ela... Não se aproxime ou morrerá! Se não por ela por mim... Alimente com uma pequena dose de sangue. Entendeu? — Falou para o homem que se apressou em balançar a cabeça positivamente.

Dando as costas ao homem partiu pelas ruas e vielas tranquilamente, como se fosse apenas mais uma noite corriqueira para um mortal que estava se divertindo, gastou apenas alguns minutos para chegar ao hotel, a festa já estava acabando, ele subiu para seu quarto para esperar os acontecimentos, as peças estavam se movendo.

O dia estava próximo de nascer, em seu quarto Nicolau relaxou em uma confortável poltrona enquanto tomava um conhaque. Em sua mente veio a ultima pergunta de Lucinda.


“— Se achas que sou apenas uma moeda de troca... Porque tanto me desejas ao teu lado?”

— Porque a quero do meu lado? Ironia do destino... Provocar Uriel, talvez? — Um sorriso se formou nos lábios dele.

Bem qualquer que seja o motivo, talvez logo mudaria afinal  para um imortal as mudanças precisavam acontecer com freqüência, e Nicolau não era alguém que se apegava as coisas, sentimentos era algo que ele nunca priorizou nem quando era humano não seria como humano que faria isso.


— Ivanov... Porque não apareça... Acredito que um novo desafio precisa lançado.
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12/7/2014, 10:48
Mais um dia se passara, e tudo o que eu pude fazer foi esperar pela majestosa noite. Dormi algumas horas para descansar, li um livro que havia em minha mala, e mesmo assim o dia custara a passar.
Mas agora já era noite, e eu estava finalmente livre. Abri a mala e retirei de dentro um casaco, pois a noite lá fora estava fria, e eu tinha de passar a melhor impressão que pudesse aos moradores daquele lugar. Ao fechar minha mala, abri a de Lucinda, ao lado, procurando algo que pudesse me ajudar, um bilhete, seu celular, ou qualquer coisa que me dissesse um pouco mais dela e da ligação de Uriel, mas não havia nada além de roupas e perfumes. Foi então que pensei em algo, tomei um dos frascos do perfume e coloquei no bolso do casaco no meu colo, e fechei sua mala. Escovei meus cabelos ruivos, e os prendi numa folgada trança, calcei um par de botas e tranquei a porta do quarto. Logo estava caminhando pelas largas e movimentadas ruas de Bath, uma leve brisa tocando delicadamente meu rosto, quase como num carinho. A noite estava perfeita, e eu adoraria aproveitar, mas tinha que voltar ao trabalho.
Antes de qualquer coisa, tenho algo a fazer.” Tirei do bolso do casaco meu celular, passeei pela lista e encontrei o numero dele. Efetuei a chamada, mas caiu em caixa postal.
- Uriel, sou eu. Só queria dizer que ainda estou em Bath, Nicolau também, e ele ainda esta em posse de Lucinda. Qualquer coisa me liga.
Desliguei o celular e coloquei novamente no bolso, então voltei a andar, mais depressa do que antes. Depois de alguns quilômetros, virei uma esquina, e lá estava o Royal Crescent. Continuei andando, passando por ele, pois meu destino era outro. Meus planos fugiriam um pouco aos de Uriel naquele dia.
- Boa noite senhorita. – Me cumprimentou um homem, que caminhava em direção contraria a minha.
Levantei meu olhar, que até então mantinha-se baixo, e sorri, sedutora. – Boa noite caro senhor.
Continuei a andar, mas percebi que atrás de mim o homem estava parado, e sentia que seu olhar ainda estava em mim. Foi então que tive uma brilhante, e deliciosa ideia. Parei em meio a um passo e me virei para olhá-lo, que sorrindo, veio em minha direção. Conversamos por alguns instantes e decidimos ir à um bar, não muito longe dali, mas no meio do caminho o levei por entre algumas vielas e na completa penumbra da noite, ali meu alimentei daquele homem, o suficiente para me saciar, mas que não fosse perigoso mata-lo, pois isso me traria problemas com o ‘Senhorio Supremo’, logo então o hipnotizei para que não se lembrasse de tal momento, e sai de volta à meus planos.
Lá estava eu, de volta a andar, cautelosa e atenta, nas sombras das ruas imundas da cidadezinha, onde na noite anterior estivera a vigiar Nicolau. Mas hoje meu único proposito era observar novamente aquele cárcere onde Lucinda mantinha-se presa. Não demorou muito para que eu me encontrasse com aquele lugar, agora que eu já sabia onde estava indo e como chegar lá.
-Aquele velho deve estar vigiando o lugar.” Cruzei os braços em frente ao corpo, imaginando como faria. Caminhei para os fundos do lugar, onde eu sabia que tinha uma janelinha, observei pela mesma. Lucinda estava acorrentada, vendada e prestes a se desprender do mundo. “-Se eu pudesse entrar e tirar ela dali antes que Nicolau apareça de novo”. Tirei do bolso o vidro de perfume que havia pego em sua bolsa, tirando a tampa por alguns milésimos de segundos, e fechei novamente, apenas pra que ela sentisse o cheiro, que rapidamente se dissipou no ar, e soubesse que alguém estava tentando ajuda-la. “-Espero que tenha sentido”.
Me afastei da janela e voltei para a entrada da casa, onde fiquei encarado o porta por alguns segundos, depois passei o olhar pelas casas ao redor, escolhi uma delas e me escondi dentre suas sombras, apenas esperando por alguma movimentação, ou mesmo uma chance de entrar lá.
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14/7/2014, 16:34
Não sabia quanto tempo já se passara desde que fora aprisionada naquele lugar imundo, nem quanto tempo ainda permaneceria ali, a única coisa em que pensava era em como se livrar daquelas malditas correntes de prata e poder, finalmente, retirar aquela venda nojenta que lhe cobria os olhos. Como ela detestava o fato de ter sua visão limitada à escuridão. 

Lucinda sentia-se como um animal em seus dias finais antes de ir para o abate, e essa ideia a deixava ainda mais irritada. Odiava que lhe dessem ordens, quanto mais lhe acorrentassem. Isso nunca lhe acontecera antes, o que era mais um motivo para sua raiva interior querer explodir. Mas ela sabia que isso não a beneficiaria em nada agora, apenas agora ela não deveria deixar que sua raiva a dominasse ou poderia perder as poucas oportunidades que lhe restavam para sair dali, porém assim que estivesse livre faria com que os envolvidos pagassem por aquilo.. Um à um, ela deceparia suas cabeças e as deixariam rolar sobre o sangue morto de seus corpos desfalecidos.

Ela estava sozinha em seu silêncio, o carcereiro não desceria tão cedo para vigiá-la e Nicolau, ao que parecia, demoraria a voltar. Seus cabelos estavam colados a pele úmida e suja, seu vestido, antes vermelho, agora exibia um tom cinzento e nada elegante.

Enquanto lutava para manter-se acordada um cheiro familiar cortou o ar parado do grande porão, "Esse cheiro..." - pensou enquanto encheu seus pulmões do aroma doce de flores raras - "Meu perfume? Não pode ser..." - ela reconheceu o cheiro como sendo seu mais recente perfume, o mesmo que usara pela ultima vez antes de vir parar naquele lugar, e ela tinha certeza que era o mesmo, mas... quem estaria usando? Aspirou o ar mais um vez para se certificar, mas o cheiro se fora, agora ela sentia uma brisa fria tocar-lhe a face.

Sabia que o ar que entrara não vinha da pesada porta da frente, era algo mais sutil, talvez uma fenda? Mas se fosse um fenda, como não sentira aquela brisa antes? Não... Isso parecia mais uma janela, talvez pequena, algo que pudesse ser facilmente coberto, assim como descoberto.

Mas quem teria feito tal coisa? Lucinda sentiu seus pensamentos trabalharem rápido demais, deixando-a tonta no começo, mas não se importou, estava curiosa para saber quem usava o mesmo perfume que ela. "Devo estar delirando..." - mas o cheiro fora muito real e ela sabia que seu nariz era apurado demais para ser enganado por uma alucinação. Seria um sinal?
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15/7/2014, 09:23
A noite estava chegando ao fim Nicolau saboreava sua bebida enquanto imaginava seus próximos movimentos, seus homens estavam espalhados pelos quatro cantos do cada um sua função estabelecida, tudo que precisava era aguardar, uma das grandes sabedorias que aprendeu com a imortalidade e que não se precisa ter pressa.
O dia passou rapidamente, Nicolau descansou para a noite seguinte, ele sentia que haveria alguns acontecimentos, não muito longe dali antes mesmo da noite se firmar uma jovem de cabelos vermelhos caminhava tranquilamente pelas ruas de Bath.
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Com seu telefone fez uma chamada, mas a mesma caiu na caixa de mensagem isso foi proposital pois seu receptor já estava em movimento, as coisas parecia se mover mais rápido, enquanto caminhava um sorriso desenhava sua face enquanto seus olhos azuis brilhavam.
Ele continha um prazer é uma angustia ao mesmo tempo, ele sabia onde precisava ir, também sabia que era uma armadilha o que talvez seus inimigos desconheciam e que ele estava preparado para isso, com a localização enviada por sua espiã, sabia a localização de Nicolau. Apesar de acabar descobrindo que Lucinda havia sido presa.
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“— Fico me perguntando como ela deve esta agora, afinal ela nunca foi submissa, Nicolau deve querer que ela me traia.”— Sorriu a pensar na cena de suas tentativas.

Ele sabia que ela não morria de amor por ele, mas ela não o odiava e se alguém pudesse entender como Uriel se sentia este alguém era ela, por mais brigas e confrontos que tivesse ninguém poderia ameaçá-los que um ou outro tomava o partido, não importava onde nem quando.
Se aproximando do lugar, passando como uma sombra, aquela noite ele não queria ser visto, ou interrompido, perto do lugar viu quem procurava se aproximou sorrateiramente até ela, a agarrou com uma mão em sua boca e a outra em sua cintura a pressionando contra, a parede, ela lutou inutilmente ate ver que era ao virá-la de frente para ele.
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— Você ainda e muito nova... Por isso imprudente se fosse outro estaria morta agora! Por que não fez o que pedi. — Falou ainda segurando ela pela cintura enquanto aproximava seus lábios de seu ouvido, sua voz era baixa mais continha poder.

A soltando-a se ocultou nas sombras, as ruas continham algum movimento, de pessoas indo e vindo, apenas mais um dia para mortais, mais aquela noite seria um dia de libertação e de conquista, olhou para a construção que a jovem observava e perguntou.
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— É neste lugar que Lucinda se encontra? — Perguntou sem se virar para ela, a noite esta fria mais ele apenas usava  roupas casuais uma jaqueta simples, aos olhos comuns poderia passar por humano mais isso ao longe apenas.

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— Acho que hoje teremos que festejar não e mesmo?— Sorriu de lado para a garota ao seu lado.  — O que pretendia fazer aqui?
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17/7/2014, 20:35

Tudo o que eu fazia era esperar, atenciosa, pela aparição de Nicolau. Tão concentrara estava que mal percebi os movimentos atrás, até que ele me tomou pela cintura, tapando-me a boca, e me pôs contra a parede. Reuni minhas forças num contra ataque, mas estava tão assustada pela surpresa que não obtive forças o suficiente.
Quando as mãos me viraram, ainda sem descobrir minha boca, pude ver aqueles olhos azuis, tão conhecido por mim.

- Você ainda é muito nova... Por isso imprudente se fosse outro estaria morta agora! Por que não fez o que pedi. - Me questionou Uriel, ainda com a mão em frente aos meus lábios. "Droga, o que Diabos Uriel faz aqui?" Pensei, olhando-o de cenho fechado.

Ele me soltou, e se escondeu as sombras, junto a mim, e sem me direcionar o olhar, perguntou - É neste lugar que Lucinda se encontra? Acho que hoje teremos que festejar não é mesmo? - E sorrindo para mim, completou. - O que pretendia fazer aqui?

- Já que você não havia dado sinal de vida, vim salvar Lucinda sozinha. - Me levantei, brava, limpando as roupas.

Ainda de olho na casa onde Lucinda era mantida, fui em direção à Uriel, dando-lhe um leve tapa no tórax.

- Uriel, você nem em deu sinal de vida, como que ia saber o que se passava pela sua cabeça? - Encostei novamente na parede, encarando-o. - Eu estou fazendo o que me pediu, mas de modo um tanto diferente, eu vim olhar Lucinda, esperando que Nicolau aparecesse. Afinal de contas, o que você faz aqui Uriel?
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17/7/2014, 20:45
Passara muito tempo desde a última vez que se alimentara direito. No Royal não havia feito uma vitima se quer, pois estava ocupada demais com assuntos de terceiros, os quais ela não manifestava nenhum interesse, a não ser terminar o mais breve possível afim de se livrar da situação. Seus interesses eram outros e isto era claro para qualquer um, até mesmo para aquele que a colocara nesta história. 
A fome, agora, a corroía por dentro fazendo seu estômago revirar-se em desespero. Ainda se sentia aérea com a droga que lhe injetaram, mas a dor que sentiu no início diminuiu significativamente, porém não a deixou mais lúcida. Os efeitos causados mesclados com a fome fizeram com que uma onda de sono se abatesse sobre a mulher. A vampira sentia seu corpo forçar-lhe a se desligar, ao menos por um minuto.
O silêncio era total naquele covil e Lucinda permitiu entregar-se à inconsciência que a assolava incansavelmente. Sua cabeça pendeu sobre o peito com leveza e sua mente apagou-se num blecaute.
▪▪▪†▪▪▪
Luschka! - Uma voz ecoou distante, sufocante.
Uma luz acendeu em seus pensamentos parecendo irradiar da mesma direção que a indistinta voz... Ekatherina? Mas a voz não era feminina, embora fosse familiar. Mas quem? Ela tentava se lembrar a medida que seu chamado soava mais nítido e mais próximo. 
A luz intensificou o brilho, ofuscando-lhe a visão de tal forma que ela se viu obrigada a proteger a face com as mãos até que, de repente, o forte clarão cessou. Abriu os olhos com cautela e uma cena projetou-se à sua frente.
O terror tomou seu corpo diante do que seus olhos presenciavam, paralisando todos os seus membros. Havia fogo por todos os lados e a forte fumaça a fez tossir com violência, as chamas cintilavam pelos telhados de antigas casas e o chão estava coberto por corpos mutilados. Seus olhos marejaram em lágrimas de pânico e ela forçou-se a se mover para longe daquilo, mas logo nos primeiros passos fora amparada por suas mãos que tocaram a terra remexida. Ela se virou bruscamente e seus olhos encontraram os olhos sem vida de um cadáver de meia idade; faltava-lhe um braço e seu sangue ainda jazia fresco. Um grito entalou em sua garganta e ela pôs-se a correr sem direção, enquanto continuava a tropeçar nos inúmeros corpos espalhados.
"Socorro", "o que está havendo?" Era o que ela queria gritar na esperança de que alguém viesse em seu encontro... em vão. Ela correu até a sombra de uma casa, onde suas chamas haviam a pouco se apagado, procurou acalmar-se e pensar no que poderia estar acontecendo. De onde estava notou que outras pessoas também corriam em desordem no meio do caos que se espalhava: era uma vila... ou o que sobrara dela. Algo curioso chamou-lhe a atenção, um rapaz estacou entre os aldeões, que empurravam-o para que saísse de seus caminhos, enquanto passava as mãos nervosamente pelos cabelos. Ele olhava ao redor, uma preocupação no olhar, parecia perdido... Não, ele perdera alguém.
- LUSCHKA! - Lucinda sentiu o coração disparar quando ouviu seu nome sair dos lábios daquele rapaz. Ele procurava por ela.
▪▪▪†▪▪▪
Ela acordou num sobressalto, aspirando o ar com desespero para dentro dos pulmões ao sentir um liquido frio escorrer-lhe pela face e por entre seus seios. Aquele maldito carcereiro voltara para mais uma ronda e aproveitara para dar-lhe um banho... ele ainda pagaria por isso.
- Ora ora, veja só quem voltou... - ela debochou, embora seu interior estivesse abalado pelo sonho perturbador do qual despertara. Mas ela sentia que não era apenas fruto de sua imaginação... Aquilo de fato acontecera.
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18/7/2014, 13:37
Uriel ainda encarava aquela construção, seu olhar era observador, eles se moviam em todas as direções sem se focar em um lugar especifico, a bela vampira ruiva parecia surpresa com a presença de Uriel, sua face dizia isso, ela não havia tido sinal dele, pois ele estava voltando para ajudar sua querida Lucinda, ele não a deixaria para trás; Anabelle acreditava está fazendo a melhor escolha tentando resgatá-la, mas a chegada de Uriel foi o que a impediu de uma morte certa.

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— Belle... Assim que me disse como estava à situação vim para cá, Nicolau não brinca em serviço se ele estava prendendo Lucinda de duas, uma, ou ele acredita que aparecerei para resgatá-la ou mandarei alguém fazer isso por mim. — Falou se aproximando dela e a encarando.

Parando a poucos metros dela, firmou seu olhar. Mais havia certo prazer em seus olhos, como se o momento que ele estivesse esperando estivesse aproximando pouco a pouco, nas sombras de um dos casebres ele sorriu para a vampira relaxando sua expressão, Anabelle estava encostada na parede perguntou o que ele fazia ali, tudo que ele disse foi:

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— Isso não e óbvio? Para salvar a Lucinda, apesar do que ele deve esta uma fera. Ainda bem que esperou se tivesse feito alguma coisa diretamente  você estaria morta ou capturada, olhe a sua volta não acha que esta fácil demais? Acredita que Nicolau deixaria apenas um humano cuidado de uma “peça” valiosa?— Se virou olhando para algumas casas e a floresta que se estendia a alguns metros.

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— Suas ordens eram bem claras, ficar de olho em Nicolau e não perdê-lo de vista, esperá-lo aqui não era parte do acordo, e se ele desaparecesse? Nossa sorte é que o palco esta se armando por aqui e ele não deixaria o lugar sem fazer seu showzinho, por esta razão estou aqui para atrapalhar e frustrar os planos Nicolau.— Sorriu para Anabelle mais seu sorriso agora era perigoso e mortal.

As pessoas passavam longe do lugar onde Lucinda estava mantida, alguns poucos ousavam passar pelas ruas próximas e isso não passou despercebido por Uriel, às ruas mal iluminada contava com fontes de luz que piscavam em pequenos curtos sem saber se na próxima piscadela iria voltar a brilhar.

A noite estava escura, e o frio ainda era intenso por aquelas redondezas, pessoas comuns não estavam acostumado a tolerar o ar gélido, e Nicolau parecia ter buscado um lugar bem difícil de as pessoas passarem, Uriel se virou para a vampira ruiva.

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— Belle. Sobre nosso acordo, eu consegui a localização daquele que estava procurando, posso de dar o endereço agora mesmo é você pode ir obter sua vingança, ou pode permanecer comigo por mais um tempo, e após tudo isso acabar poderíamos o fazer sofrer adequadamente, pelo que o vi ele merece uma morte longa e terrivelmente dolorosa, mas a escolha e sua, mais garanto que terá muita diversão a sua espera aqui, mas também a chance alta de sua morte... — O sorriso desapareceu ao final de sua frase.

A luz daquela velha construção era um amarelo opaco e sem vida que iluminava a frente apenas, o lugar era grande, parecia um galpão, que havia se transformado em um bar, e mais varias coisas onde de ser um refugio de vampiro.

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— Antes que me de sua resposta me ajude mais uma vez após isso eu revelo o que tanta espera. Agora ouça... O prédio esta sendo vigiado por pelo menos cinco vampiros, eles estão escondidos, mas não são tão antigos então não conseguem esconder sua aura tão bem, não podemos deixar nenhum escapar e avisar Nicolau quero que ele descubra na sua próxima visita, eles não são muito fortes não devem ter mais de 200 anos, pegue um humano pela cidade e o traga aqui, vamos hipnotizá-lo e usar como isca para deixar que se revelem, eu ficarei com três e você com os dois que estão próximo a construção do lado direito, você da conta?— Perguntou ainda olhando para a noite.

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18/7/2014, 20:29

As palavras de Uriel ainda ecoavam em minha mente “Você estaria morta, ou capturada”. Simplesmente me esquecera deste detalhe, Nicolau jamais a deixaria sozinha naquele lugar, apenas na proteção de um humano.
- Antes que me de sua resposta me ajude mais uma vez após isso eu revelo o que tanta espera. Agora ouça... O prédio esta sendo vigiado por pelo menos cinco vampiros, eles estão escondidos, mas não são tão antigos então não conseguem esconder sua aura tão bem, não podemos deixar nenhum escapar e avisar Nicolau quero que ele descubra na sua próxima visita, eles não são muito fortes não devem ter mais de 200 anos, pegue um humano pela cidade e o traga aqui, vamos hipnotiza-lo e usar como isca para deixar que se revelem, eu ficarei com três e você com os dois que estão próximos a construção do lado direito, você da conta? – Explicou, sem me direcionar o olhar.
Sentei-me em um pequeno barril havia ao meu lado, ajeitando meu casaco, e reclinei minha cabeça para trás, olhando o brilho da lua, entreposta por nuvens.
- Uriel, eu vou ajuda-lo, mas vou fazer isso pela Lucinda. Ela me parece ser uma pessoa boa demais para estar nas mãos daquele maníaco, que... – Fiz uma pausa, baixando os olhos para ele, apontando meu indicador em sua direção. – em minha defesa, eu não deixei de segui-lo, pois sabia que Lucinda é importante demais para que ele simplesmente a abandona-se.
Me levantei, parando em frente à Uriel. Tirei meu casaco e coloquei em suas mãos, ficando apenas com uma camisa branca, cujas mangas eu enrolei na altura dos cotovelos.
- Cuidamos de Lucinda, depois dos meus assuntos.
Caminhei até o final da rua, olhando para os lados, até que encontrei uma pequena loja de conveniências em meio às casas. O sino soou quando eu abri passagem pela porta. Fui até o refrigerador e peguei uma garrafa de água, seguindo depois para o caixa, onde deixei alguns trocados e sai novamente. Do lado de fora abri a garrafa, derramando seu conteúdo no chão, esvaziando-a completamente.
- Agora, a primeira vitima. – Sussurrei pra mim, enquanto olhava aos lados. Foi então que encontrei um rapaz sentado num dos bancos. Segui em sua direção, e parei em frente a ele, curvando-me para frente, apoiando as mãos nos joelhos, usando meu poder de hipnose – Boa noite, preciso que me de seu sangue, então faça o favor de me acompanhar.
Tomei sua mão na minha, e o puxei para os fundos do mercado, onde não havia ninguém. Tirei da camisa um pequeno broche que usava e o usei para fazer um pequeno corte na altura do pulso. Não demorou para que o sangue começasse a escorrer, então coloquei a boca da garrafa na frente e fiz pressão no braço para que o sangue escoasse pelo corte. Depois de alguns poucos minutos, a garrafa já havia enchido o suficiente, então soltei-o e a tampei.
Já inebriada pelo aroma sanguíneo que pairava no ar, coloquei a garrafa sobre algumas caixas ao lado e tomei o pulso do rapaz junto aos lábios. O doce sabor se espalhava em minha boca, me deliciando cada vez mais. Enquanto que o rapaz se mantinha encostado em uma cerca alta, alterando a expressão que a poucos minutos eram de dor, para total prazer e êxtase.
Satisfeita, soltei seu braço e limpei os lábios. Toquei seu rosto com a ponta dos dedos, e aproximei meus lábios aos dele, dando-lhe um beijo rápido. – Agradeço o alimento, mas temo que deva se retirar. Cuide desse ferimento, não quero ter problemas com os Volker.
Tomei a garrafa em mãos e sai o mais rápido que pude, voltando para onde Uriel me esperava. Em alguma rua no caminho, hipnotizei um homem, já de alguma idade, e o levei comigo. Quando cheguei, lá estava Uriel, sentado no barril que antes eu estivera, ainda olhando para a casa.
- Aqui estamos, o que fazemos agora?
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19/7/2014, 08:17
As correntes começaram a se mover, suspendendo-a no ar mais uma vez. Ela cerrou os dentes: seus pulsos queimavam como brasas pelos grossos braceletes de prata que a prendiam. A droga ainda lhe fazia efeito e a ideia de uma segunda dose a deixou irada. Ele estava novamente imobilizado-a, seus braços esticados a impossibilitavam de realizar qualquer movimento, o som do coração acelerado do velho pulsava-lhe aos ouvidos: ele cheirava a medo e não era apenas medo de Nicolau.

Sentiu-o caminhar a sua frente, como se calculasse os movimentos com precisão e então se aproximou o suficiente para que a vampira sentisse sua respiração profunda na face. Ele a segurou pelo queixo, vacilante, erguendo-o com cuidado até a inclinação desejada. Suas mãos eram ásperas e suavam de nervoso. Com o polegar tentou abrir, o máximo que pode, os lábios pálidos da jovem.

O cheiro inebriante de sangue pairou no ar e ela sentiu seu corpo reagir a ele, desejando-o. Agora, algo sólido tocara seus lábios, algo parecido com um pequeno fraco, e dele Lucinda sentiu o sangue escorrer para dentro de sua boca. Deixou que o liquido viscoso se espalhasse, apreciando seu doce sabor... como sentiu falta daquilo. 

Assim que a pequena dose chegou ao seu estômago, Lucinda sentiu que algo estava errado. Um alerta espalhou por seu corpo e uma repulsa invadiu-lhe subitamente, fazendo-a vomitar o que ingerira.

"Que diabos fizeram-me..?" O chão estava parcialmente coberto pelo sangue frio que seu corpo expulsara com tanta urgência, uma dor nauseante crescia em sua cabeça enquanto sentiu o velho afastar-se. Mas dessa vez ele não soltara as roldanas que a suspendiam e, deixando-a como estava, tornou a subir as escadas.

Lucinda esperou até que ele chegasse ao último degrau e tossiu sem se preocupar em ser ouvida, seu peito queimava intensamente dificultando-lhe a respiração. Era como ser marcada a ferro quente...
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19/7/2014, 21:10
Uriel se encontrava sentado aguardando a volta da vampira de cabelos de fogo, seu olhar percorria o perímetro olhando as posições dos vampiros que tentavam se ocultar, quanto tempo deveriam esta ali? Muito imaginava Uriel enquanto sorria, não seria difícil atrai-los com uma boa refeição.

Anabelle havia trazido um humano, não era novo mais não era velho, se ela escolhera ele não se importava, mais viu a garrafa em sua mão, com o liquido vermelho, se levantou e olhou para ela.

Royal Crescent - Página 2 2qiu2hf
― Não resistiu a fazer um lanchinho não é mesmo?

Sem esperar por uma resposta seu semblante ficou serio enquanto ela perguntou o que fariam, a noite parecia entender a seriedade do momento ocultando a lua com grossas nuvens o lugar se tornara mais sombrio.

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― O que vamos fazer é bem simples... Vamos abrir alguns cortes neste homem e o fazer correr ate o prédio onde Lucinda esta, os vampiros não irão resistir ao cheiro de sangue, por isso fique atenta, teremos pouco tempo para resolver tudo, não hesite e não fraqueje. ― Falou Uriel olhando intensamente para a vampira, apesar das palavras dura ele parecia querer dizer a ela que tivesse cuidado.

Pegando um pedaço de vidro de uma garrafa de bebida no chão, encarou os olhos do homem que parecia perdido, seus olhos brilharam e falou:

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― Quero que pegue este vidro corte o pescoço, não um corte profundo, e corra para aquele prédio desesperado e bata na porta e peça ajuda, diga que foi assaltado e o feriram e que precisa de ajuda, e continue batendo...
O homem balançou a cabeça afirmativamente, pegou o pedaço de vidro e passou no pescoço sem hesitar seu sangue começou a jorrar, molhando sua roupa se virou para a construção antiga, um vento frio passou pela face de Uriel enquanto observava tudo.

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― Belle fique próximo, não vai demorar esta sentindo o poder, apenas o cheiro de sangue já os descontrolaram. ― Observava o homem chegar e bater loucamente na porta de ferro.
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22/7/2014, 11:57
Sinceramente, lanchinho?” Questionei entre meus pensamentos. “Estou é fazendo algo que aparentemente você não pensou” pensei, de cenho fechado. Uriel sempre fora cavalheiro, mas também um tanto bobo em suas brincadeiras, o que por vezes me tirava do serio.

- O que vamos fazer é simples... Vamos abrir alguns cortes nesse homem e o fazer correr ate o prédio onde Lucinda esta, os vampiros não irão resistir ao cheiro de sangue, por isso fique atenta, teremos pouco tempo para resolver tudo, não hesite e não fraqueje.

Abri minha boca, em menção de responder, mas fechei-a e apenas concordei com uma aceno. Discutir com ele seria desperdício de tempo, e carecíamos disso. Salvar Lucinda estava acima de tudo.

Enquanto Uriel instruía o homem do que fazer, eu caminhei para o seu lado, tomando o casaco que o havia dado, de cima do barril ao lado, e pondo-o. Cruzei os braços em frente ao corpo, a garrafa de sangue ainda em mãos, enquanto observava o homem se cortar como havia sido ordenado, e sair correndo em direção à casa.

- Esse sangue não é pra mim. – Levantei a garrafa em frente ao corpo de Uriel, mirando o olhar ainda no homem, que agora batia na porta, e gritava. – Eu o trouxe para Lucinda. Ela deve estar fraca e precisando se alimentar. E assim é bem mais fácil do que levar um corpo.

Virei meu olhar para ele, que olhava pelo canto do olho pra mim, e dei um leve sorriso. Desci a garrafa e a coloquei no bolso do casaco, junto ao pequeno frasco de perfume de Lucinda. Mesmo olhando para Uriel pude ver que os vampiros hesitavam em perseguir aquele homem, o que dificultava um pouco nosso trabalho. Mas foi dessa hesitação que tirei proveito para falar com ele.

- Uriel, gostaria de agradecer a ajuda que me tem dado. Conseguir o endereço daquele maníaco me ajuda muito. – Coloquei minha mão em seu ombro e inclinei o rosto para cima, ficando face a face com ele. Me aproximei ainda mais, unindo nossos lábios num beijo delicado. Seus lábios eram macios e sedutores, o que me deixava tentada a não parar de beijá-lo.

Em meio ao beijo, ecoou no ar os gritos abafados do homem, o que me fez afastar de Uriel e olhar naquela direção. La estavam os vampiros, cinco deles, cercando o homem, que, assustado, batia ainda mais forte na porta, a pedido de socorro. Aproveitei então a situação para um ataque surpresa, desviando por trás das casas, e aparecendo novamente do outro lado, onde havia combinado com Uriel, que seria responsável pelos dois vampiros que se encontravam ao lado direito.

Sorrateira, apressei-me em aproximar de um vampiro, jovem de cabelos louros, curtos e um tanto bagunçados. Ele estava tão concentrado em seu possível alimento, que não notou minha presença até que minhas mãos lhe segurassem a cabeça. Mas era tarde de mais. Num movimento decidido e rápido, firmei o toque de minhas mãos e virei seu pescoço, destroncando-o. Agora seu rosto estava de frente ao meu, com a expressão vazia. Com um pouco de força, puxei sua cabeça, separando-a do torso. “Um a menos”.

Virei rapidamente, a tempo de ver a vampira ao seu lado, uma mulher alta, cabelos longos e loiros, pular em cima de mim, me levando ao chão.
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22/7/2014, 21:04
Uriel observava com cautela o homem avançar ate a porta, esperava que os vampiros aparecesse,  mas não  pode deixar de perceber a mão de Belle em seu ombro, sem qualquer aviso  o beijou, foi um beijo rápido que teria dado abertura para uma provocação por parte dele mais que não era permitido pelo momento, os gritos do homem aumentou quando os vampiros apareceram.

Um sorrisos se formou na face de Uriel não sabia se era pelo beijo, ou pelo fato de seu plano dar certo, Belle foi mais rápida  com sua velocidade deu a volta por trás das casas aparecendo do lado dos vampiros que Uriel havia deixado para ela, um dos vampiros era jovem, mas sem hesitação a vampira ruiva quebrou seu pescoço arrancando sua cabeça. Tudo isso em uma fração de segundos.

Antes que pudesse acabar com o outro, uma vampira saltou  sobre ela,  as duas rolaram no chão Uriel estava presente, dois dos vampiros ainda atacavam o homem, com apenas um movimento a mão de Uriel atravessou o peito do homem  de  porte médio usando uma camisa xadrez a arrancando seu coração, vendo o confronto de Belle avançou e lançou a vampira sobre os casebres.

Um dos vampiros percebendo a situação resolveu fugir.Virou-se é correu para a floresta, me virei para Belle e apenas disse:

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― Aquele é seu... Não o deixe fugir, termine o serviço eu cuido desses aqui. ― Falou se virando para os demais enquanto a vampira saiu dos escombros de uma casa antiga de madeira.

Sorrindo Uriel viu o corpo do homem que havia hipnotizado cair morto, seu sangue jorrando pelo chão, ele balançou a cabeça negativamente de forma mais teatral como se estivesse desapontado, para os dois vampiros próximo ao homem com suas bocas ainda com sangue e presas amostra disse.

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― Vocês não sabem que é feio desperdiçar comida? ― Sorriu para eles.

Os dois avançaram ao mesmo tempo um deles era maior que o outro, enquanto um era ruivo quase careca, o outro era mais forte com uma barba grosa e um rabo de cavalo, tolos não sabiam que tinham a menor chance, mas Uriel não estava disposto a contar a eles, avançaram, enquanto desviava de um soco, do cara mais forte o ruivo tentou acerta-lo por trás virando com uma velocidade sobre-humana, quebrou o braço dele.

Gritou  o vampiro parecendo mais um rugido, o outro hesitou por um segundo apenas e isso fora suficiente, com um movimento certeiro Uriel mordeu  o pescoço arrancando parte de sua arteira, os olhos dele eram de incredulidade, a  vampira mostrava suas presas, mas parecia confusa como que seus olhos viam, o vampiro ruivo colocou seu braço no lugar e perguntou:

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― Quem é você! — Exclamou mostrando as pressas.

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― Eu sou seu pior pesadelo, mas hoje estou benevolente e darei uma morte rápida aos dois, vampira não pense em fugir... Não conseguirá mais concedo a chance dos dois me atacarem ao mesmo tempo e sua única chance.

A vampira se aproximou, do ruivo os dois se olharam se comunicando silenciosamente, Ele atacou Uriel, e a vampira correu, passando por ele e quebrando seu pescoço, antes que o corpo sequer caíssem, correu atrás da mulher ela  correu umas cinco quadras, antes de cruzar com Uriel, ele sorriu e balançou o dedo apontando negativamente.

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― Dei uma oportunidade e você preferiu tentar fugir, deixando seu amigo para trás? Isso foi muito rude de sua parte, espero que se desculpe com ele no inferno. ― Avançou Uriel arrancando o coração da mulher perfurando seu peito e fazendo sangue jorrar formando uma poça de sangue, antes do corpo desaparecer em cinza.

Retornando ao lugar o ruivo estava desacordado, pressionando o corpo com o pé Uriel decapitou, jogando a cabeça no chão que rolo, se aproximou da porta de ferro e com um único empurrão a derrubou.

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“― Belle espero que consiga pegar aquele vampiro. Se não poderemos esta em problemas logo mais.”― Pensou adentrando no prédio, podia sentir o medo no ar, um coração batia acelerado.
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22/7/2014, 23:11
O peso de seu corpo pendia sob seus fragilizados pulsos que, feridos pelos braceletes de prata, começaram a sangrar. O sangue escorria cada vez mais intenso, drenando a pouca "vitalidade" que ela possuía. "Maldito velho desgraçado". Seu peito ardia como fogo e as fortes dores faziam sua mente vaguear entre a lucidez e a inconsciência, os apagões duravam apenas alguns segundos, mas davam-lhe a sensação de já terem se passado horas, talvez dias.
Estava tão desorientada que não sabia dizer a quanto tempo aquele maldito carcereiro medroso havia se ausentado. Lembrou-se de tê-lo ouvido subir as escadas apressado, deixando para trás um rastro de seu cheiro no ar. Puxou as correntes com brutalidade, na expectativa de conseguir arrancá-las de onde estavam presas ou, ao menos, afrouxá-las um pouco mais. Sentia que seus pulsos não aguentariam muito tempo. Seus joelhos quase tocavam o chão, mas mesmo que tocassem ela não teria forças para apoiar-se neles. Sua pálida pele apresentava escoriações nos ombros e nas pernas, feridas causadas pelo atrito do chão e das paredes grosseiras. Arranhões eram visíveis em suas costas, onde o vestido descia em um "V" até sua delicada cintura.
"Socorro, alguém me ajude, socorro!"
Os gritos atravessaram-lhe os ouvidos como agulhas e ela reprimiu o máximo de um grito de dor. Da cela, as fortes pancadas na porta da frente soavam como um grande tambor, ecoando pelas paredes e refletindo dolorosamente na audição sensível da vampira. Ela tentou se soltar mais uma vez, queria se livrar daquela situação ridícula, mas seus esforços eram inúteis. "Filhos da p..."
Seus pensamentos foram cortados pela a voz desesperada de quem quer que estivesse batendo à porta. O velho abriu a pequena portinhola num baque, mas logo a fechou com urgência. Lucinda ouviu o coração dele disparar com violência seguido por passos vacilantes em direção ao andar de baixo. Ele desceu aos tropeços até agarrar-se as grades da cela onde ela estava. Ele esforçou-se para fechar o cadeado, suas mãos tremiam, a respiração acelerada pelo pavor.
 
- O que foi...? Velho desgraçado... - ela se esforçava para falar. - De quem está... fugindo? - Sem responder ele deixou escapar um grito de terror e correu corredor adentro. A vampira não sabia o que pensar a respeito, do que ele fugira?

Um forte barulho ecoou vindo da entrada, parecia que algo caíra pesadamente ao chão. "Droga..." ela cerrou os dentes, mas dessa vez não conseguiu conter a dor em seus ouvidos. Seu grito projetou-se pelas paredes, seus braços estavam banhados em seu próprio sangue e ela sentiu sua consciência se apagar...
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23/7/2014, 22:02
Loira maldita”. Estávamos lutando no chão, ela sentada por cima de mim, enquanto eu tentava inutilmente empurrá-la. Suas mãos agarraram meu pescoço, enquanto ela abria a boca, expondo suas presas. Quando estava prestes a me morder, Uriel apareceu ao nosso lado, agarrando-a pela nuca e a arremessando contra as casas.

Me levantei rapidamente, a tempo de ver um vampiro correr por nós, adentrando na floresta. Uriel, que também o havia visto, se virou pra mim e disse. – Aquele é seu... Não o deixe fugir, termine o serviço eu cuido desses aqui.

Concordei com um movimento rápido da cabeça e corri em direção da floresta, onde o vampiro havia entrado. Sem tê-lo em meu campo de visão, o único modo de encontra-lo seria me orientar pelo olfato, e o fato de que era deduzível que ele estava indo para o Royal, atrás de Nicolau.

Não muito tempo depois, correndo pela floresta, o encontrei parado, esperando que eu me aproxima-se.

- Quando senti o seu cheiro vindo, resolvi esperar. – Disse, passando a mão nos cabelos negros. – Maquiavel ficará satisfeito se eu levar a vampira que tem visitado Lucinda.

Dito isso, avançou em minha direção, as presas armadas para me morder. Quando ele jogou seu corpo contra o meu, me desviei para o lado, batendo de leve contra uma arvore, a qual usei para tomar impulso para ataca-lo, dando um chute em seu peito. O que, por consequência, o fez cair. Sentei sobre seu peito, pisando em suas mãos, para que ele não as pudesse usar.

- Sinto muito, mas não posso me dar ao luxo de demorar. – Afundei minha mão em seu peito, atingindo em cheio seu coração, puxando-o para fora.

Me levantei calmamente e me pus a correr de volta ao esconderijo, jogando o coração em meio as arvores durante o caminho.
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24/7/2014, 09:10


Uriel observava a decadência do  lugar, sentiu o cheiro de um covarde tentando salvar sua vida, um sorriso se desenhou em seus lábios enquanto caminhava lentamente salão a dentro.  O lugar parecia vazio se não fosse o coração acelerado que se agitava em algum lugar. Seguindo as batidas, viu o som se tornar mais audível quando mais aproximava de uma porta nos fundos, ao abri-la viu que ela descia em uma escada se alargando em um corredor escuro, aquilo não era problema para um vampiro.

A cada passo no chão de concreto começou a ouvir barulho de correntes, ele deveria esta perto, em algumas caixotes encontrou o dono do coração rapidamente agarrando-o pelo o pescoço, sufocou um grito enquanto os olhos daquele homem se arregalavam em pavor, o pressionando contra a parede falou:

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― Então você é o peão que Nicolau esta usando...Não o culpo deve esta hipnotizado. ― Falou Uriel, sua voz parecia tranquila mais seus olhos brilhavam vermelhos, sua presas se revelou.

Ele estava prestes a mata-lo, mais se retraiu, voltou a cor do seus olhos normais e retrocedeu as presas afrouxou o aperto de seu pescoço e sorriu para o homem, como se tivesse algo pior para ele.

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― Bem se você quem cuidou daquela vampira, deve saber o que ela fará com você não e mesmo?  Os olhos dele se sobressaltaram ainda mais se isso fosse possível, o abaixando ainda com a mão em seu pescoço.

Ele esforçou para se soltar, mais seria impossível, um humano sem qualquer poder, sendo meramente uma ferramenta para seguir ordem, então era isso que ele faria seguir ordens, os olhos de Uriel faiscaram, ele se aproximou dele, o homem exalava o aroma de desespero.

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― Onde esta a vampira?   ― Perguntou enquanto seus olhos vidravam, ele apontou para uma fraca luz distante. ― Muito bom... Irei largá-lo agora, você vai me guiar até lá e liberta-la, deve esta presa com prata, apenas isso para mantê-la aqui, deve esta fraca.Vamos!  

Soltou o homem e o seguiu enquanto o homem se arrastava para a sela, ao aproximar pude ver o estado dela, lamentável ate mesmo para ela, seu vestido rasgado e sujo, sangue seco estava sobre seus lábios e em seu vestido, além de esta suspensa pelas correntes, em seus pulsos e pés os hematomas do contado com o metal era claro Uriel, trincou os dentes de fúria.

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―  Abra a sela! Solte os grilhões dela... AGORA!    ― O homem abriu o cadeado ainda tremendo
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