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30/10/2013, 21:11
INGLATERRA Vamp
O dia tão aguardado se aproximara a passos rápidos: o momento de obter o poder, a oportunidade que Maquiavel esperava. A chance de superar seu criador e se tornar o mais poderoso, se tornando um dos primeiros vampiros transformados, gerado a partir de Caim.

Maquiavel sempre fora encantado pelas guerras e matanças pelo simples fato de ser ele a conduzir tal deleite a seu ego, possuir poder era tudo que ele desejava e este desejo foi tão grande que ao ver uma chance se jogou sem perceber que era uma emboscada.

Em um desfiladeiro com um pequeno batalhão de tropas, Maquiavel teria morrido se sua vontade não fosse forte.

A mensagem que recebera era falsa e o que o aguardava era apenas um homem, que nas sombras tinham apenas seus olhos revelados. Em uma fração de segundos todos os soldados foram massacrados, sem terem uma chance de defesa... Apenas Maquiavel permaneceu em pé.

Seus olhos se cruzaram; empunhando uma espada, o jovem encarava a sombra e o brilho escarlate que se revelara na fraca luz da noite. Sua coragem era marcante, mas sua força não era suficiente e após algum tempo de luta sucumbiu ao poder esmagador e sobrenatural daquele ser.

Sua espada fora quebrada como um graveto. Viu sua força se esvair assim como o sangue que era drenado de seu corpo.

Agora o que me espera é a morte, pensara. Um mensageiro que ali passava se deparou com a cena de horror, em silêncio perguntou-se qual o animal que pudera ter feito tamanha desgraça, pois aquilo era impossível de ser feito até pelos mais cruéis dos homens.

Entre os corpos desfalecidos e visivelmente mutilados, um suspiro. Uma respiração quase inaudível, mas que levou o mensageiro a procurar de onde vinha.

Encontrara Maquiavel. Não menos feridos que os demais soldados, porém com vida. O levou, então, como pode até um acampamento próximo, onde puderam cuidar do pobre soldado e durante 7 noites Maquiavel sofreu terríveis pesadelos, fazendo com que confundisse os sonhos com a realidade.

Em seus pesadelos o vulto do homem se transformava em morcego com grandes olhos vermelhos, sua presas se mostravam salientes, seus gritos ecoavam em sua cabeça enquanto corria, mas era inútil. Podia sentir a criatura o arrastando para as sombras onde a escuridão o consumia.

Em um sobre salto despertou, colocando a mão e seu pescoço percebendo os furos que haviam sumido, sentando na cama sentia-se diferente tudo parecia intensificado, sua pela cairá de um rosado queimado, para um platina, até mesmo a luz das velas que iluminava a tenda faziam seus olhos doerem. Próximo dali pode ouvir passos suaves, deveria ser uma serva fazendo seus deveres...Duas coisas imediatamente o atingiram: primeiro o cheiro embriagante de seu sangue como se fosse o vinho mais saboroso e segundo  a sede excruciante que lhe rasgava as entranhas. Sentiu sua mente vacilar, se perder por um momento e quando se deu conta estava sobre o pescoço da jovem serva desfalecida e seca, enquanto seus caninos saiam das veias viu suas mãos e boca coberta do sangue.

Ao mesmo tempo que sentia nojo sentia, também,  o sabor imundar seu corpo, isso era tudo que lembrará.Percebeu que havia se tornado o mesmo que aquele monstro que o atacará e que isso poderia ser uma maldição ou dom... algo que apenas o tempo irá revelar a Maquiavel.


Última edição por WELL em 2/12/2013, 10:07, editado 2 vez(es)
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7/11/2013, 22:35

“- Não ouse me desafiar filha! Vai obedecer as minhas ordens sim!”.
O tom das palavras que surgiam em sua mente foram se intensificando, a cada vez que encontrava-se na penumbra escuridão noturna. Sozinha, sem ninguém em quem confiar. Via-se voltar em momentos tanto inquietantes, quanto serenos que teve com sua família. A imagem de um pai rígido, corrupto e mentiroso no mundo exterior, sem sequer qualquer dom. Um sonho talvez? Sim, quem sabe, pois o mesmo não era um vampiro, porém ela, sua mãe e seu irmão não tiveram um destino tão glorioso como o mesmo, que poderia vagar tranquilamente sobre a luz do dia, e viver a vida de uma pessoal normal logo após saber sobre o ataque que sua família tiverá. Porém ele não os deixou. Mesmo sabendo da condição dos três, e em que haviam sido transformados ao sair de um concerto noturno. Não os deixou. O segredo com ele sempre foi bem guardado, não por pena, mais por amor. Só que agora, tudo isso havia se dissipado.
 
- A senhorita gostaria de algo para beber?
 
A voz masculina que entrou como um raio em sua cabeça despertou-a de elusivos pensamentos que se encontrava. Poderia-se dizer que talvez a culpa fosse das longas horas de viagem da Escócia até a Inglaterra.
Um jovem de olhos claros, e cabelos tenuemente acentuados no dourado, encarava-a da cabeça aos pés, a espera de uma resposta.
 
- Agradeço, e poderia me trazer um uísque malte?
 - Claro. Volto em um segundo.
O ambiente inglês era realmente o melhor que esperado. Um leve som de fundo, além das melhores distrações em cada esquina. Tentar se esquecer de todas as suas perdas com uma boa dose de uísque não era pecado, apenas uma pausa na sua realidade.

- Aqui esta senhorita. – O jovem garçom colocou-se novamente ao seu lado, aproximando-se mais do que poderia se esperar de um tratamento profissional. – Este é o melhor uísque de malte que nosso bar possui. Do puro, com fermentação da cevada produzida na Escócia. Nunca desagrada ninguém. – Olhou entre os dedos de Nina como se estivesse em busca de algum resquício de “relacionamento”. – A senhorita deseja mais alguma coisa?
Logo o real interesse do rapaz foi exposto como o sol para ela.
“Pobrezinho, pensou.”.
- Obrigada. Muito cordial de sua parte, só que... Bem, você é adorável, mais me lembra meu irmão mais velho. Os mesmos olhos claros, a pele pálida, um porte atlético, então... desculpe. Não vai rolar.
O rapaz recolocou-se em uma postura séria, e logo saiu de perto de sua mesa apenas acenando a cabeça em modo afirmativo. Ela realmente esperava que não tivesse ferido seus sentimentos.

-  Lukke, onde você esta meu irmão...
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11/11/2013, 16:48
As coisas pareciam seguir um tempo diferente do meu, mesmo após séculos após minha mudança ainda sentia que tudo fosse um sonho, a sede, o prazer a luxuria tudo tão intenso quanto a vingança! Que ardia em meu ser, a vontade de acabar com aquele que brincara com minha vida.

Aquele que me transformara por mero capricho, apesar de minha busca nunca estive tão perto quanto agora, este mundo que se abriu após minha morte se revelou complexo e por vezes mais cruel e solidário, por mais que tivesse tudo que desejasse por minha beleza que não se perdia ou por meus poderes.

Mesmo assim ainda era uma existência fazia, um dos poucos sentimentos mortais que cravou em mim fora o desejo de vingança acabar com aquele que matará Isabelle e que arriscou um jogo perigoso comigo, mas estes pensamentos não eram importantes e sim minha procura.

INGLATERRA Uriel_2
“— Finalmente na Inglaterra”
Pensei comigo mesmo enquanto respirava o ar gélido do inferno.O por do sol já havia chegado, no ar apenas uma neblina cobria os arredores, caminhei por um tempo ate chegar ao meu destino, a floresta de Holliwing, onde atrás dela havia um castelo tão antigo quanto eu.

INGLATERRA Imagem_1
Ao me aproximar do castelo parei na porta duas batia fora o suficiente para ser atendido por uma mulher de informe, era bonita e jovem, ele me olhou nos olhos.

INGLATERRA Imagem_2
— Boa noite o que o senhor deseja?—Perguntou ela para mim.
INGLATERRA Uriel_1
— Venho em busca de uma pessoa ela já esta me esperando, posso entrar?—Falei enquanto meu olhar aprofundava ao seu.
— É... E... Não sei se devo deixá-lo, minha senhora não se encontra. —Falou lutando contra alguma coisa.
INGLATERRA Uriel_4
— Não se preocupe, ela esta a minha espera, meu olhar brilhou e a vi concordar enquanto a porta rangia ao ser aberta ainda mais enquanto passa.
INGLATERRA Uriel_3b16
“— Acho que vou fazer um lanchinho enquanto a espero”.
Pensei com um sorriso nos lábios enquanto fechava a porta com o pé.


Última edição por WELL em 2/12/2013, 10:10, editado 1 vez(es)
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12/11/2013, 20:08
No copo cristalino, o conhaque esmaltado era posto em círculos uniformes na mão esquerda do velho. Não gostaria de pensar em mais nada, apenas disfarçar as pontadas de tensão que brotavam em seu corpo. O ritual era além de inalterável, macróbio; beber até sentir disposição para fazer o que tinha que fazer.
 
Durante os abundantes anos em que viveu pós-morte, se sentira recompensando por alguma divindade milenar e celestial que tinha colocado o grande canídeo negro em sua jugular. Por muito tempo desfrutou desse “presente”, mas agora, Duane parecia regressar em sua vida. Os traços de velhice pareciam reaparecer pouco mais de 400 anos depois. Sua tosse rouca, originada da peste cinzenta voltava paulatinamente, cada passo tinha o poder exaustivo de 10.000 e com tudo isso, um velho sentimento esquecido a tempos também o devorava de dentro para fora: medo.
 
“Maldito seja o Vietnam.” Pensou, assimilando os primeiros traços da sua “nova velhice” logo depois de retornar da zona de guerra em 1977. Suspirou, teve uma crise de tosse e esvaziou o copo em pouco menos de 1 segundo.
 
O ambiente daquela Pubs era um tanto quanto agradável. Paredes entijoladas, iluminação ambiente e uma confortável música de fundo. No balcão, Duane lançava olhares tortos sobre os jovens que iam e vinham o tempo todo.  Ultimamente, era seu entretenimento estar rodeado por aquelas nobres e joviais almas que procuravam no álcool algum tipo de prazer jubiloso. Era até mesmo paradoxal que a diversão do velho homem era se afundar rodeado pela felicidade momentânea e embriagada de outros. E claro, se divertir internamente com os garçons e suas cantadas falhas em cima das nobres senhoras ornamentadas dos pés ao topo da cabeça, aguardando um príncipe encantado ou simplesmente o ápice de clímax em um banheiro sujo, apertado e cheio de fluidos corporais.
 
—A quarta que vejo ferir seus sentimentos hoje. –Disse ao jovem que voltava de uma mesa logo atrás, com seu cabelo levemente acentuado de dourado.
 
—Pois é.... Não estou no meu melhor dia. –Sorriu desengonçado. —Outra dose?
 
—Só mais uma.
 
—É a quarta vez que ouço você me falar isso hoje. –Retrucou o garoto, enquanto enchia o copo e desabrochava um sorriso malicioso.
 
Dessa vez não respondeu, apenas lhe entregou um sorriso torto e sacudiu a cabeça, bebericando a bebida e olhando sobre o ombro o que o garçom tanto almejava. Quando enfiou a mão no bolso para pagar o que seria realmente sua última bebida, tocou no papel amassado em meio as notas de libra e seu compromisso noturno ficou ainda mais claro.
 
“Não tenho mais tempo para os requintes de alguém assim.”  Se sentiu triste ao tirar da visão os cabelos escuros e olhos opacos da mulher, e ler novamente o bilhete selado que recebera alguns dias atrás.
 
Não desejava ir ao encontro de nenhum vampiro na situação em que estava, muito menos um que portasse um selo tão refinado e antigo. Mas infelizmente, precisava manter sua boa relação com os filhos de Caim, até mesmo para recompensar e pagar algumas dívidas de tempos já esquecidos.
 
—Floresta Holliwing... –Não tinha tanto conhecimento sobre a geografia local.“Pode estar do outro lado do país, mas tenho que estar lá." Disse para seu último, melhor e mais leal companheiro: o copo.
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14/11/2013, 00:05

 Logo ao perceber que o uísque em seu copo teve o destino cruel de parar em seu estômago, surpreendeu-se pois não se encontrava alterada como na sua vida humana, que em um gole apenas, ria para as paredes, mas agora, não havia ao menos limpado sua garganta.

Levantou-se e deixando uma nota suficiente para o drinque e uma gorjeta redonda  para o garçom, saiu do bar, o cansaço inesperado lhe bateu no mesmo minuto. Adoraria curtir aquele momento por mais alguns instantes, porém  tudo já se tornava tedioso e inquietante. Nem bem se passaram quase três anos que se tornou vampira e 10 meses a procura de seu irmão e não aguentava mais sair apenas a noite. A vida noturna é muito perigosa para uma dama. As normais é claro.

Caminhando e perambulando de volta a sua casa pela noite fria que se encontrava olhou as estrelas,  reparou o quão lindas e brilhantes eram elas. Lembrou-se da ultima vez que viu um céu tão límpido e iluminado pela lua, foi antes do ataque que a fez ter a vida que leva atualmente...

Seguiu caminho de pé do centro da cidade, até a Floresta  Holliwing. Para ela, era a coisa mais normal do mundo a velocidade que fazia as coisas, que nem se importava mais se alguém suspeitasse de algo. Só gostaria de estar em casa logo.

Chegando a seu castelo  deparou-se com um ambiente diferente do que havia deixado antes de sair. Não conseguia denominar ser uma boa sensação ou não, apenas diferente. 

- ¿Cassandra? ¿Dónde estás? – Procurou em cada lado imaginando o porquê da sua nova jovem empregada latina não correr até a porta ao ouvir o barulho.

Adentrou e logo na sala se deparou com a figura de um homem sentado em um de seus sofás, com uma jaqueta preta e um rosto aparentemente cortês. Parecia estar a sua espera.

                                   INGLATERRA 2hs6eqd

- Boa noite senhor. Posso ajudar...?- Ao encara-lo de frente sabia que já o conhecia, porém de onde... – Sabe onde esta minha empregada? – Tornou a encara-lo e logo percebeu. Não era alguém comum, mais sim algo igual a ela. Um vampiro.


 
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14/11/2013, 10:54
Apenas estava esperando a chegada da minha “Anfitriã” mais isso não significava que não poderia fazer um lanchinho, afinal a viagem havia sido longa, apesar de meus motivos, não  precisava ser apenas trabalho.

Com a serva em transe, foi fácil sugar seu sangue quente, enquanto minhas pressas perfuraram seu pescoço macio e jovial, senti o líquido escorrer em minha boca como chocolate quente, houve um tempo que repudiei o que havia me tornado, mas como tudo na vida nos acostumamos com as coisas.
Mais não era um monstro, pelo menos não completamente, levei anos até controlar minha sede, nos primeiros anos, a sede era mortal, eu apenas queria morrer mais não conseguia, quando a sede chegava a seu auge, eu apagava e apenas a sobrevivência e instintos dominavam, quando dava por mim novamente acordava com vários corpos e minhas mãos e boca coberto de sangue.

Mais a fúria do que me tornei agregado a quem fez isso comigo, me deu forças para continuar, uma determinação de não me tornar um monstro, entendi que não poderia me privar do que me alimentava e dava força se não acabaria fazendo o pior, então não lutei contra apenas me adaptei, aprendi a beber sem matar ninguém apenas o suficiente para sobreviver, ou saciar minha sede e luxúria, com o poder hipnótico que possuía apagava as lembranças e mandava para casa minhas vítimas.

Aqui na Inglaterra não seria diferente, após sugar o sangue da serva que me recebera apaguei suas memórias e mandei se recolher mais cedo, fui para uma sala que mais parecia um escritório, havia alguns sofás e poltronas, sentei em uma de couro, no lugar havia varias garrafas de bebida e peguei um copo me servindo com um pouco de Wisky, me sentei e apenas esperei.

Não demorou para a chegada de quem esperava, ela chamava sua empregada que não responderia por um tempo mais sua voz não continha medo, caminhou suavemente, mais pude ouvir seus passos adentrarem ao escritório.

Sorri para ela ainda segurando o copo, ela não se assustou ou gritou apenas me cumprimentou, e perguntou se podia ajudar.

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— Espero que possa...
Disse enquanto me levantava da poltrona e caminhava em sua direção.Rapidamente perguntou de sua empregada, dei mais um gole em minha bebida, encurtando ainda mais a distância entre nós.

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— Não se preocupe... Creio que saiba o que sou afinal você também é da mesma natureza, sua empregada serviu bem ao meu propósito, agora esta dormindo em seus aposentos, amanhã estará bem como se nada tivesse acontecido para exercer seus deveres.


Dei algumas voltas ao seu redor a analisando sutilmente, ela permanecia imóvel, apenas encarando o vazio das sombras do escritório, apenas duas pequenas luminárias, davam um ar bruxuleante ao lugar, o jogo de luz e sombra transformava o momento perdido no tempo.

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— Sabe você se parece muito com uma pessoa que conheci... Uma ancestral sua, fico impressionado com a semelhança ela e a real dona deste castelo, por isso consegui entrar, afinal fora os estabelecimentos, não podemos entrar sem sermos convidados. Você ainda me parece ser um vampiro recente não e? Quanto tempo?


Última edição por WELL em 2/12/2013, 10:52, editado 2 vez(es)
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15/11/2013, 21:41
Desde que se  tornou algo “sobrenatural” e com uma força sobre-humana, não permitia-se  ter medo das pessoas. Já sabia o quão cruéis poderiam ser só que estava preparada para aguentar qualquer perigo que viesse. Na verdade, tinha que estar.

 O homem rapidamente se levantou e começou a dar voltas ao seu redor. Aproximou-se e foi como se uma rajada de vento cercasse-os mais. Nina não deixou de perceber que seu olhar era penetrante, e explicou-lhe os reais motivos do desaparecimento de Cassandra.

 “Como não pude perceber. Esse cheiro doce... Sangue. Só poderia ser obra de vampiro mesmo.”.

 O doce cheiro inebriante que há minutos atrás parecia ter tomado conta do local, sumiu tão rápido quanto apareceu. Tinha total noção que sua alimentação não era cruel a ponto de morder quem lhe era querido. Seu regime era de bolsas de sangue estocadas em seu freezer, e em raras vezes retirava o sangue das pessoas, de suas próprias veias. Aquela ideia deu-lhe uma sede inquietante...

 - Então caro senhor, primeiramente os britânicos ao se conhecerem, se apresentam com um comprimento formal. Uma falta de delicadeza de sua parte não cumprir isso não concorda? – Virou-se lhe dando as costas enquanto continuava. – Segundo, o que fez a Cassandra é um pouco grosseiro. Alimentar-se de uma jovem indefesa? Não costumo gostar desse tratamento com as pessoas.

 As janelas rangiam com o vento frio da noite escura, isso fez Nina se aproximar da mesma fechar a janela,  trancando e fechando a cortina. Voltou seu olhar ao desconhecido em sua sala, e sentou-se na poltrona que o mesmo se encontrava há segundos atrás.

 - Terceiro:  este castelo pertenceu a minha família por anos, sendo passado de gerações até chegar unicamente a mim, então não creio que uma “ancestral’ minha ira se importar se usufruir dele neste momento. – O pensamento dos dias que teve ali  lhe correram fazendo-a lembrar de toda felicidade que já teve, até torna-se diferente e seu mundo começar a desabar... – E por fim, não tenho o porquê de lhe responder todas estas perguntas. Por acaso é detetive ou algo parecido? – Levantou-se voltando a se aproximar cara a cara do homem.



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– Quem é o senhor e o que quer?
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16/11/2013, 17:54
Foi necessário 5 libras, um mendigo sedento para molhar a garganta e 30 minutos de caminhada para chegar na tal floresta Holliwing. Após se iludir falsamente que estava com o ânimo revigorado graças a bebida, adentrou no terreno desconhecido em passos brutos mas precavidos. Não importava o número de vezes que já realizara encontros, nunca iria se acostumar completamente.

Uma aura de penumbra circulava entre os galhos grotescos do ambiente. Aquilo parecia ter vindo de algum filme clichê de terror, mas para a infelicidade de Duane era real até demais. Por mais zeloso que era, a mãe natureza não cooperava, pois cada passada realizada um galho seco era estourado em suas botas encouradas e o barulho repentino ressoava em cada centímetro da mata. Decidiu se despreocupar com aquilo já que tinha encarado que até os espíritos que perambulavam na névoa rala já aguardavam sua chegada.

Uma hora depois, chegou em uma clareira; longe uma barraca azul graduava de tonalidade na medida em que as chamas de uma fogueira lambiam as batatas assadas feitas por um grupo de adolescentes. Observou por alguns segundos e viu mil e uma formas de manchar tanto o azul da armação quanto o verde da grama de vermelho, mas desistiu com a mesma velocidade de quando pensou, afinal, não duvidava de que alguma silhueta ocultada em seu sentido oposto já considerava fazer algo com as nobres almas que se divertiam, ainda mais em um lugar como aquele. Se afastou e prosseguiu.

Duane sempre se adaptou as tecnologias do tempo, mesmo que fosse apenas no que julgava necessário de sua atenção. Catalogar as fases lunáticas foi um dos benefícios úteis para ele. Sabia que nos próximos dias a lua rapidamente passaria de côncava para quarto e convexa; mas atualmente, na passagem de nova para crescente já sentira os efeitos ruírem em seu corpo. Uma sútil expansão muscular –não como algum dia fora,- o aumento de seus sentidos e reflexos, a morte do seu humor e alguns traços que não seria muito cordial de se comentar abertamente.

Se sentia com um leve grau de superioridade em relação a alguns lúpus que conheceu. O longo tempo que dedicou ao autoconhecimento contribuiu muito para o que é hoje, e mesmo que seu “rejuvenescimento” estava voltando à estaca zero, sua mente e espírito ainda estavam intactos, e o velho sabia que nos períodos de transformação nada somava mais que a combinação de ambos. Isso era atualmente seu maior conforto.

Parou um instante. Achou ter ouvido algo mais do que o pio de uma distante coruja. Uma tranca, tão evidente e audível a 200 metros que parecia estar a pouco mais de 2.

“É aqui.”  Concluiu com o fim da lufada de vento que batia em seu rosto manchado, e o cheiro adocicado e miraculoso que o sangue levava. Andou até a porta frontal do castelo, que parecia ter saído de algum conto vitoriano e suspirou. “Sabem que cheguei.”  Do bolso retirou o bilhete amaçado e girou a maçaneta com ele entorno, para evitar ser queimado com o desígnio de prata. “Velhos truques para velhos diabos.”  Não conseguiu sorrir.  

Fechou a porta atrás de si e aguardou o anfitrião se manifestar.
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19/11/2013, 15:54
A Inglaterra seria o meu ponto de partida, por esta razão precisava reunir algumas coisas, afinal a procura não seria nada fácil e precisava ter  um suporte, aquele castelo pertencera a muito tempo atrás a linhagem antiga da melhor amiga de Isabelle, mesmo que o tempo tenha passa esta linhagem permaneceu viva, mas aquela garota diante de mim se mostrava ousada, até petulante, estaria ela buscando a morte que sua imortalidade lhe nega?

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— Perdoe meu descuido senhorita e que não sou britânico e sim russo, mas de fato foi bastante rude de minha parte, onde estão meus modos... Deixe-me apresentar apropriadamente me chamo Uriel Ivanove.

Com o copo ainda em mãos senti um odor diferente, apesar de longe era bem característico que se aproximava pouco a pouco, me afastando um pouco daquela garota a olhei de forma mais ampla, ela possuía formas atraentes e traços delicados, sua voz apesar de suave soou serio ao tentar me repreender por sua empregada sua expressão para mim era quase um divertimento.

INGLATERRA Uriel_13
— Nina, não é isso? Diga-me para você o que acha que somos... Anjos, demônios, deuses ou monstros? Qualquer que seja sua escolha uma coisa e certa não somos mais humano, quanto mais rápido perceber isso melhor. Sua empregada foi útil ao meu propósito, serviu de alimento esta e a função deles, ela esta viva por capricho meu para mostrar minha cortesia.  A forma que faço isso seja com alguém indefesa ou não me é indiferente, você como fala deve ser nova com isso, deve se alimentar de animais ou bolsas de sangue não é?
Sua face não demonstrava qualquer emoção, era fria e firme como o mármore ou quase, ela havia aprendido bem isso, mas não demonstrar características humanas levava tempo, e este tempo a traiu percebi detalhes que a denunciou, sorri enquanto ela se direcionava a uma das janelas que rangia ao som do vento, travou a janela e cobriu com a cortina no mesmo momento o estranho odor sumiu, ela se virou para mim, caminhou tranquilamente e se sentou na poltrona onde estava a poucos minutos atrás, ela desafiou-me será que ela tinha sequer a noção do que eu poderia fazer?

INGLATERRA Uriel_5
— Falei de sua ancestral porque a conheci, e você se parece com ela, este castelo e ligado a sua linhagem você pode fazer dele o que bem quiser, e minhas perguntas não precisam de respostas, pois são apenas simbólicas, e sobre o que sou, bem... Você não vai querer saber. Posso ser seu pior pesadelo ou seu melhor sonho.
Enquanto falávamos, ouvi passos ao lado de fora, de botas contra o concreto, segundos depois o chiar baixo da maçaneta se virando, me endireitei, me aproximando da entrada do escritório que dava uma visão quase ampla ate a porta de entrada e disse:

INGLATERRA Uriel_9
— Então você conseguiu chegar cachorro velho! Bem que estava sentindo um cheiro estranho, pensei que o bilhete que lhe mandei não seria suficiente para você encontrar este castelo, venha até aqui, quero que conheça alguém.
INGLATERRA Uriel_12
Sorri enquanto finalizava minha bebida. —Bem nina agora e á hora da verdade, o que escolherá um sonho bom ou um terrível pesadelo... Faça sua escolha!


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21/11/2013, 22:56

Não poderia imaginar que descobriria tamanho estresse em tal momento de existência. Lembrava-se que em sua vida humana um dia já foi um ser agradável e de nobres gestos que encantavam seus familiares e amigos. Agora as únicas coisas que transbordavam nos devaneios de sua mente eram sangue e achar seu irmão. Ainda era amigável claro, mais apenas com os humanos. Não por serem seu alimento, mais por que lembravam a si própria. A faziam não cair em um profundo poço sem sentimentos e aniquilar tudo a sua frente. Sentia-se quase “igual”. Repugnava os vampiros. Desde o que a transformou até o que se encontrava de frente para ela, encarando-a desesperadamente.


 
INGLATERRA 258z0h4

- Prazer Senhor Uriel Ivanove. Pelo visto não há necessidade de saber quem sou.
 
 Olhou com certa antipatia ao ouvi-lo dizer seu nome tão deliberadamente, pois transbordava de suas palavras uma petulância envolvente, que a intimidava e fazia-a querer mostrar que ele não era “dono do pedaço” ao falar de anjos e demônios.
 
– Sinceramente, não é uma pergunta que o senhor queira uma resposta breve estou certa? Diga-me você. – Levantou-se da poltrona, pegando um copo e enchendo-o de uísque. Sentia-se totalmente inquieta.


 
INGLATERRA 33ucz6o

 – Supomos que sejamos anjos, ou demônios, talvez deuses ou até monstros, mais de nada isso importa. Vivemos em um verdadeiro inferno na terra Senhor. O caos reina tão livremente aqui, que uma criatura como nós tampouco é percebida como especial, apenas com mais repugnância, porém não gosto de sua ousadia com minha empregada, nem se quer quero imaginar o que aconteceu na minha ausência, só que me garanta que não acontecerá novamente.
 
 Encarou-o rapaz não sabia o porquê, sentiu que em seus olhos não transmitia apenas sentimentos horrendos mais talvez algo perto do que ela poderia descrever como sua humanidade. Virou-se de costas, não se permitiria ter dó ou qualquer anseio amigável com ele.
 
- Bolsas de sangue me poupam fazer as pessoas se esquecerem da dor de ser mordida, e sinceramente, entre um sonho ou pesadelo com o senhor, eu prefiro nunca dormir.  – Deu um longo gole ao ouvir a palavra ancestral ser tocada outra vez em meio à conversa. – Quem era essa que conheceu? E quantos anos você tem?
 
Enquanto permanecia com uma profunda curiosidade de saber o que poderia ter acontecido em um passado remoto onde morava, Nina sentiu um cheiro extravagante pairar no ar e ficava cada vez mais intenso até que a porta se abriu e um senhor adentrou no castelo. Ele era dono de inconfundíveis olhos azuis, e um cabelo com uma tonalidade mista de grisalho e castanho. Não parecia ter mais que 70 anos, porém lhe era desconhecido.
 

- Esta virando festa? Desculpe-me mais quem é o senhor e o que faz aqui tão tarde da noite?
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24/11/2013, 17:50
—Não sei se sou eu ou você que está amaldiçoado, Ivanov. ­—Rasgou o bilhete selado em dois e jogou os pedaços no bolso. —Sempre que não quero te ver você aparece. —Pigarreou e simulou um sorriso.
Uriel Ivanov, com anos em abundância para alguém se preocupar em calcular. Seus traços delicados e sorriso cafajeste deixavam qualquer mulher boquiaberta, mas o efeito de delírio logo era esquecido quando ou consideravam suicídio mediante a sua ironia socrática e ambígua ou então perdiam o júbilo da vida no êxtase das presas do vampiro. Pelo menos era o que Duane concluiu nos 2 séculos em que se esbarravam.
Seguiu enquanto olhava superficialmente a estrutura antiga do castelo. Em passos lentos mas precisos caminhou até o homem que finalizava sua bebida e intimava a tal “Nina” que enchia um copo de whisky a fazer algum tipo de escolha. Sua surpresa foi pequena, mas verdadeira quando concluiu que tinha visto de relance aquela face mais cedo.
—Bolsas de sangue me poupam fazer as pessoas se esquecerem da dor de ser mordia, e sinceramente, entre um sonho ou um pesadelo com o senhor, eu prefiro nunca dormir. —Após concluir, a noviça vampira goleou com gosto o liquido retido no molde de vidro.
Sentiu firmeza nas palavras dela, audácia e coragem, mas apesar das qualidades —ou defeitos— da imortalidade que eram desenvolvidas, Duane tinha tempo demais na estrada para ver que toda sua intimidação servia para ocultar seu repudio quanto ao que se transformou. Suas descendências eram distantes e os carmas de ambas as espécies dificilmente se misturavam, porém o velho desejava sentir o que a mulher sentia. Quando recebeu através da morte o mérito de caminhar novamente, apenas se dedicou ao amor próprio, ao agigantamento do ego e o auto-convencimento de que era especial, perfeito e intangível. Não importava se as atividades que realizava no passado eram calmas, agitadas, sangrentas ou até mesmo emotivas. A soma, subtração ou qualquer manipulação desses fatores só resultaria em puro e cru egoísmo, e só anos e mais anos depois, onde o sentido da vida parecia tão tosco e distante que ele percebera que não viveu quase nada.
—Está virando festa? Desculpe-me mais quem é o senhor e o que faz aqui tão tarde da noite? —Nina o questionou.
Andou até a bancada de bebidas e se serviu em silêncio de um licor rico em aroma e escuridão. Apreciou a fragrância rurícola, de um ardido adocicado e olhou para a anfitriã involuntária.
—Duane Lightfoot, minha cara. —Lhe direcionou um cumprimento com a cabeça. —E a segunda pergunta deve ser feita ao nosso... comensal. —Suspirou para beber. —O que eu faço aqui tão tarde da noite, Uriel? Vamos quitar a dívida? —Secou a taça artesanal.
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27/11/2013, 15:07
As palavras daquela garota me fez lembrar como eu era, ela possuía determinação semelhante a minha, mas percebi também da pior forma que o que estava fazendo era apenas viver como um humano que não era mais em um mundo de vampiro, completo erro.

Meu convidado havia chegado, a expressão em que a face de Nina se contorceu, me fez esboçar um leve sorriso, enquanto se aproximava pela corredor ate o escritório o aguardei na porta, sua forma logo se mostrou de um homem de meia idade mais de aura perigosa, quando o olhar dela se virou para mim depois de passar pelo o homem que adentrara perguntou se aquilo era festa, não poderia de admirar e dar credito a sua coragem e lamentar sua tolice. Quase ao meu lado o lobo velho falou:
— Não sei se sou eu ou você que está amaldiçoado, Ivanov.
Olhou para a sala enquanto rasgava o bilhete o colocando no bolso.
— Sempre que não quero te ver você aparece.
INGLATERRA Uriel_14
— O que posso fazer meu velho, você sabe que a diversão só acontece quando eu estou presente, afinal você e prova disso que quando me envolvo eu faço um pelo estrago, já salvei seu pescoço umas duas vezes no passo. — Sorri provocando o velho.

Se virou para a Nina que havia pegando um copo de bebida, caminhou lentamente ate onde estava a bandeja com varias garrafas, seus olhos deslizaram para a jovem que se distanciara, um sorriso torto se formou em sua face, diferente deles que tomavam Wisky, ele pegou um taça e se serviu de licor, enquanto bebia se apresentou.
— Duane Lightfoot, minha cara.
Seu tom de voz sempre era profundo e antigo, como se algo místico transmitisse experiência, mas perto de mim era apenas uma criança, mesmo que as aparências demonstrassem o contrario, sobre a ridícula pergunta do que ele fazia ali, feita por Nina nem mesmo Duane sabia, ele encarou-me e disse:
— O que eu faço aqui tão tarde da noite, Uriel? Vamos quitar a dívida?—Disse secando o resto de sua Bebida.
INGLATERRA Uriel_3e17
— Meu velho sua divida para comigo e longa, quitar ponde levar um bom tempo... Que tal aproveitar este tempo para sermos “amigos”, sei que nossas espécies se odeiam mais eu particularmente não tenho nada contra a você a não ser o cheiro de cachorro molhado.
Coloquei o copo vazio sobre a mesa de mogno do escritório dei a volta e sentei na poltrona cruzando meus pés em cima da mesa.
INGLATERRA Uriel_11
— Vocês falam “tarde da noite” como se fossem duas crianças pequenas, somos seres da noite! Por que não faríamos as coisas tarde? Não sejam tolos a este ponto, o que busco e a ajuda de vocês ou a morte dos dois; sintam-se honrados.
O que estava fazendo ali era um jogo arriscado, mas eu precisava mover as peças do tabuleiro, mesmo que tivesse que arriscar alto, mesmo que os dois juntos não conseguiriam me matar, não gostava de intimidar mais no mundo dos sobrenaturais e apenas assim que funciona. Em suas mentes eu via pensamentos de morte para minha pessoa, isso não impediu de sorrir tranquilamente.
INGLATERRA Uriel_17
— Não sei se sabem mais os tempos estão mudando, tenho certeza que devem ter ouvido boatos sobre o nome Maquiavel, que esta sendo conhecido como “ceifador”, pois mortes têm ocorrido pelo mundo tanto humanos como sobrenaturais, ele começou a agir, por isso também estou começando a movimentar as coisas...


Última edição por WELL em 2/12/2013, 10:27, editado 1 vez(es)
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29/11/2013, 22:38

Buscava se lembrar, de quando sua casa virou um covil de audácias. Não estava zangada, e muito menos assustada com toda sequência de acontecimentos recíprocos naquela noite, porém, a sua curiosidade não tinha limites, era insana. Uma louca buscando respostas, fatos, e o que há de trás das ações de um homem que nem bem acabara de conhecer mais transmitia repugno profundo, tanto por suas ações, palavras e ousadia. Entretanto, sempre soube que algo assim viria a ocorrer. Que ao cair em um mundo diferente, atrairia pessoas diferentes. O que realmente queria Uriel Ivanove? E por que o mesmo sentimento de igualdade que ele a transmitia, o tal Duane Lightfoot não passava?  Talvez o uso das palavras “mesma espécie” esclarecesse isso.

- É um imenso prazer conhecê-lo Senhor Duane Lightfoot. Chamo-me Nina Sterin, e sou a dona da casa que o senhor entrou supostamente sendo convidado pelo meu caro amigo Uriel.

 As palavras em tom sarcástico nunca lhe foram sua especialidade, mais subitamente, quando se tornou vampira, certa petulância quando se zangava, tomava conta de seu corpo. Encarou Uriel por um momento enquanto voltava-se a sentar-se de joelhos cruzados no sofá, ao lado do mesmo. A inquietação estava retornando.

 – Mais, por favor, fique a vontade. Tenho absoluta certeza que ele nós deixará a par de toda situação agora não é?

E realmente o fez. Uriel inundou-se em uma historia sobre um ceifador e Maquiavel. Claramente a eternidade o estava afetando-lhe em seu consciente e subconsciente mais profundos. Talvez o delírio sobre mortes e almas pudesse ter um propósito, mais acreditar em algo assim sem pés nem cabeça era 99% difícil para alguém como Nina, que sempre foi centrada no real e tocável.

- Senhor, eu não sei se atentou-se muito ao que acabou de dizer, mais foi uma frase em que “ceifador” e  “humanos e sobrenaturais” colocam-se em ênfase. Não entende que para o que somos já é demais para qualquer um acreditar? Ainda insiste que alguém vem matando propositalmente para uma finalidade maior? O que esta querendo dizer com tudo isso? Por acaso crê que iremos ajuda-lo?
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2/12/2013, 11:37
Acho que minha paciência estava acabando por mais que admirasse a ousadia daquela jovem vampira não tinha tempo a perder, suas palavras sarcásticas, o vez sentir um pequeno desejo se faze-la submeter-se, mas não era o seu real objetivo.
 
Se apresentando ao meu convidado que se sentia igual ou ainda mais surpreso e perdido que ela o olhar daquela mulher cruzou com o meu e senti um desafio pairar no ar, virou seu rosto e se sentou em um dos sofáres.
 
Senhor, eu não sei se atentou-se muito ao que acabou de dizer, mais foi uma frase em que “ceifador” e  “humanos e sobrenaturais” colocam-se em ênfase. Não entende que para o que somos já é demais para qualquer um acreditar? Ainda insiste que alguém vem matando propositalmente para uma finalidade maior? O que esta querendo dizer com tudo isso? Por acaso crê que iremos ajudá-lo?
 
INGLATERRA Uriel_18
— Sua tola por sermos o que somos é que deveria acreditar em minhas palavras, venho caçando este desgraçado há mais tempo que toda sua família caminhou pela terra! Então não ouse questionar o que digo! O que quero com tudo isso e a realização do meu desejo.
Minhas palavras saíram mais afiadas do que esperava, mas ver alguém questionar tudo que falei me deixou um pouco nervoso, sua uma frase intensificou ainda mais quando perguntou se acreditava que eles iriam me ajudar, mas eles não tinham escolha.
 
Mais rápido que um piscar de olhos a segurei pelo pescoço a erguendo do chão como se não fosse nada, enquanto meus olhos ficavam vermelhos e minhas presas se revelavam perguntei:

INGLATERRA Uriel_19
— Eu não preciso crer que me ajudaram... Vocês têm duas opções é já as disse me ajudam ou morrem, Duane me conhece mais do que você e mesmo assim me desafia... Se busca a morte posso providenciar com prazer.
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4/12/2013, 21:17

Parecia que a indignação mais abrangente caia sobre o convidado problemático, o enfurecendo com uma fúria visível aos que lhe desagradavam.  Porém, tanto ao que disse sobre quem caçava a mais de tempos, fazia Nina sentir a verdade naquelas palavras. Não sabia o que tinha haver com isso, mais que aquele homem carecia de quanto mais ajuda possível para realizar os possíveis feitos futuros.
 
INGLATERRA Sbtqgi
 

Um piscar de olhos foi muito mais lento que a velocidade que Uriel alcançou-a e agarrou-lhe em uma perfeita chave de braço. Sua força era estupenda! E sua aura, mostrava que seus nervos estavam à flor da pele.
 
— Eu não preciso crer que me ajudarão... Vocês têm duas opções é já as disse me ajudam ou morrem, Duane me conhece mais do que você e mesmo assim me desafia... Se busca a morte posso providenciar com prazer.

 
Leves tremidos passaram mais que rapidamente em cada parte tênue de seu corpo, porém não teve medo, passou por coisas muito piores nos tempos atuais do que passava agora. Ser transformada no que era, a morte de seus pais e a busca por seu irmão. Não temia a morte, mais sim a muito a esperava, entretanto não naquele momento. Tinha planos maiores para seu futuro do que simplesmente pairar como uma alma sombria pela terra em busca de paz. Não haveria redenção, apenas um amanhã tenebroso. No entanto, podia ser corajosa naquele momento, devia fazer de tudo para permanecer viva e encontrar Lukke, mais ceder às vontades daquele homem... A fazia ter ânsias de vomito, mais não era burra e sim muito astuta. Via que não teria chances contra ele, então decidiria o mais sábio a se fazer: o obedeceria. Naquele momento.  Apenas por enquanto...
 


- O senhor vai realmente matar quem decidiu ajuda-lo... – Disse entre soluços, pois no sufoco que se encontrava, tornava difícil sair palavras de sua boca. – Irei lhe ajuda-lo... Mais primeiramente preciso estar viva para isso... Então por favor, me largue...
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7/12/2013, 22:36
Não queria ter que usar a força, mais Nina me vez sentir fúria um sentimento que sentia apenas por Maquiavel, talvez a raiva que sentia naquele momento também era por ele, mas como ela apenas zombou do que disse me descontrolei. Com ela sobre meu aperto seria muito fácil quebra-lo como um graveto, mesmo ela sendo uma vampira.
Nesta fração de segundos de duvida, vi flashes em sua mente, a raiva dela, a perda dos pais, assim como a busca por seu irmão, aquele sentimento destrutivo se acalmava, Duane não se moveu para interferir ou ajudar, não era preciso ajuda. Mesmo no limiar da morte quase certa o medo dela não era pela morte, mas por não saber o que aconteceu com seu irmão.
Ela queria viver mesmo que significasse se curvar e isso era o bastante para mim, ainda segurando seu pescoço sem demonstrar nada mais que minhas presas e meus olhos vermelhos ela disse:
― O senhor vai realmente matar quem decidiu ajuda-lo... Irei lhe ajuda-lo... Mais primeiramente preciso estar viva para isso... Então por favor, me largue..

Sua voz mal saia entre os soluços mais  não era preciso eu podia ouvir seus pensamentos, e aquilo parecia ate divertido.
INGLATERRA 1054pqo
― Não pense que poderá me enganar com isso, você não decidiu me ajudar, você apenas ponderou suas opções, e foi sabia em escolher a melhor, talvez assim possa encontrar seu irmão um dia, mais agora temos algo mais importante.
Falei a soltando, enquanto voltava para meus olhos azuis e dentes ao normal, o velho lobo parecia apreciar sua bebida como se o sabor fosse à coisa mais intrigante.
INGLATERRA 2qiu2hf

― Agora que acho que todos estamos de acordo posso talvez falar mais sobre o que sei e o que espero de vocês, posso começar ou alguém tem alguma objeção?


Última edição por WELL em 20/12/2013, 09:50, editado 1 vez(es)
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10/12/2013, 16:26
Ele a lia tão bem como ela mesma. Sabia por onde os devaneios de sua mente a podiam levar, e assim saber que o que Nina fazia não era nada mais nada menos que uma jogada para continuar seguindo em frente depois do termino daquele "jogo".


Suas ações não foram as mais propositais possíveis no momento, apenas pensou no futuro de seu irmão, e que si mesma poderia ter ao lado dele. Entretanto, quando jurava lealdade e fidelidade a outra pessoa, o tal, poderia confiar até o ultimo fio de cabelo em suas mãos. Por mais que tivesse uma antipatia assumida pelo aristocrata iria ajudá-lo, e no momento certo em que os problemas do mesmo tiverem desaparecido, partiria sem ao menos olhar para trás.

INGLATERRA 14wvpxt

- Não há necessidades de ter duvida quanto a minha ajuda, porém nunca prometi nada como uma relação amistosa, então senhor não espere doçuras.

Afastou-se rapidamente assim que Uriel a largou. O observou atentamente, secando cada metro do seu corpo que se via obrigada a conviver pelos próximos dias. Não imaginava sequer para onde aquela escolha de viver a levaria, mais sabia que não poderia perder seu foco.

- Esperarei realmente que eu prevaleça viva até o fim de sua missão suicida.

A sua atenção foi da sensação inquietante de quase morte, e voltou seus olhos novamente fitando o horizonte. Os ventos batiam e faziam as incontáveis janelas rangerem em sincronia como uma formosa orquestra. Logo parou ouvindo um longo som de gotas caindo, e percebeu o gelo derretendo no balde sobre a mesinha marrom envernizada. Pegou a garrafa e viu que a mesma encontrava-se quase vazia. Virou-se caminhou até o bar no canto da sala, acendeu as luminárias e o revirou até encontrar uma caixa preta aveludada por fora e dentro dela havia uma garrafa de Whisky Chivas Royal Salute. Um dos melhores que á existiu, e voltou-se as duas figuras imóveis em sua sala:

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- Por hora nenhuma objeção, apenas adoraria saber no que estou me metendo... Mais bem, se todos iremos trabalhar juntos... – Abriu a garrafa e encheu três copos com 1/3 do Whisky e muito gelo. – Vamos trabalhar em uma boa forma. – Abriu um leve sorriso falso em seu rosto. Não via a hora de sair dali, e voltar a frequentar o antigo bar que ia toda noite, onde apenas havia humanos.


                                           INGLATERRA Zwhp5h
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12/12/2013, 18:17

23:40h – Londres – Inglaterra.

Sven dirigi seu carro pelas ruas de Londres. Uma fina chuva cai sobre o para-brisa, poucos pedestres arriscam as ruas em noites frias e chuvosas. Apenas aqueles que possuem obrigação estão nas ruas.

Mais uma missão finalizada com sucesso. – Pensa. Sven está retornando de uma missão que receberá dias atrás. Ele é um Hunter, um caçador. Mas não um caçador qualquer, ele é um caçador de vampiros.

Sua ultima missão consistiu em exterminar um vampiro que rondava um bairro na cidade de Manchester. Um vampiro apenas, uma missão rápida. Sven não gosta de atuar em grupo, prefere atuar sozinho quando caça.

O caçador encosta seu carro em frente a sua loja. Além de caçador Sven possui um negócio próprio, taxidermia.  É especialista na função, prepara corpos para enterros e também empalha animais.

Seu negócio funciona para esconder sua real condição. Sven também é um vampiro, um vampiro que caça e elimina semelhantes. Ele possui facilidade para conseguir sangue fresco, pois não suga humanos.

Há vários anos atrás o caçador foi recrutado pela Organização a qual pertence. Uma organização especial, formada por vampiros que caçam outros vampiros. Em Londres o contato de Sven é um padre.

Em silêncio o caçador sai do carro, pega na mala do mesmo outra mala onde estão seus equipamentos que usa para caçar e eliminar vampiros. Já no interior de sua loja usa uma passagem secreta dentro do frigorifico.

Na câmara frigorifica ficam corpos de clientes. A passagem secreta leva a uma sala onde Sven guarda seus equipamentos e o sangue que bebe.  Na sala também há um sistema de vigilância, com ele o caçador consegue monitorar a frente de sua loja como também o interior da mesma.

Sven retira seu paletó preto, afrouxa a gravata também de cor preta. Senta em uma poltrona em frente aos monitores. Enquanto observa um monitor despeja o sangue de uma bolsa de sangue que pegará numa geladeira dentro de um copo. Sangue gelado, bebe em segundos.

Antes de adormecer aciona o alarme contra intrusos.

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16/12/2013, 15:11
—Não sei bem se sabem mas os tempos estão mudando, tenho certeza que devem ter ouvido boatos sobre o nome Maquiavel, que está sendo conhecido como o “ceifador”.
Qualquer palavra emitida após ceifador foi involuntariamente desprezada pelo velho lobo. Seus esforços ao longo do tempo para esquecer cada sílaba que formava o nome do amaldiçoado foram tantos que atualmente o descarte de qualquer sentença que levava Maquiavel era automático.
A poção de licor que fermentava sua língua foi rapidamente engolida, o copo colocado de qualquer maneira no móvel coloquial e então o peito de Duane foi invadido por uma leve crise de tosses. Se sentiu vulnerável, mas quando dirigiu um olhar torto para seus inimigos naturais poucos metros à frente, percebeu que eles estavam entretidos demais tentando se sobrepor sobre o outro, em um constante de onde quem fosse mais poderoso tinha os motivos melhores para se lutar. Não tinha interesse em ver Uriel espremer o pescoço da garota com suas mãos, e mesmo que tivesse, a infinita entidade da morte tinha cutucado algo em sua antiga massa cinzenta.
...
As datas eram irrelevantes, diferentemente das luas. Após um cansativo período de controle instintivo, Duane decidiu viver fora da comunidade um tempo. A floresta que se estendia pelo leste dos Cárpatos era imensa e medonha o suficiente para o lobo considerar como lar temporário. Há alguns anos ia desenvolvendo laços com muitas alcateias locais, que se uniam e respeitavam pela onipotência do lobisomem. Caçou muitas luas ao lado do grupo das hienas uivantes, se divertindo com a inépcia e ferocidade do bando –características de algum animal desconhecido que diziam se alimentar do resto de outros e nunca uivavam, apenas riam em cima dos cadáveres– mas ultimamente tinha preferência por acompanhar Poltav até a caverna dos ursos e absorver a riqueza dos costumes tanto pardos quanto lupinos, que o lobo mais velho da região oferecia de bom grado.
Os companheiros que conseguiu foram muitos, e o sentimento que nutria por cada um era tão grande quanto a distinção de raças e espécies. Infelizmente, aqueles nobres não receberam o sopro da vida que Duane recebeu, e indiferentemente disso, a maioria não chegou a morrer pela idade...
Descansava ao lado de Calina, mãe de primeira ninhada. A loba branca pertencia a última ramificação dos Dirus em toda região após a morte de seu pai há uma boa quantidade de penumbras. Vánagandr –alcunha recebida– não resistiu as características efêmeras e frágeis de Calina e se deixou levar pela afetividade que tinha. Enquanto se imaginava em um futuro cenário paternal, ouviu os múltiplos uivos que vinham da comunidade, e pela primeira vez experimentou da apreensão. Era a primeira lei da mata a ser obedecida e cravada em um carvalho no limite da sua casa humana: “território do espirito, território do corpo e território da outra vida.”  Se despediu de sua dama da neve e partiu.
Sua primeira visão ao chegar no casebre da vidente foi a divisão dos lobos, que rosnavam em fúria para os homens, que estavam armados com lanças e ameaçando espetar os animais a todo instante. No centro, a velha respirava ofegante e aterrorizada. De seu ventre exposto um grande cordão umbilical terminava em uma criatura infernal, ligada a um segundo corpo pela coluna. Possuía três braços e uma pata no busto, e abaixo dele brotavam dois pés atrofiados e peludos. Tinha focinho, mas era desprovido de pelos, e no momento em que o grande lobo se aproximou lentamente da criatura e andando em dois pés, foi encarado pelo olho central da pequena besta, que faleceu segundos depois. A mãe vidente, grande figura na formação espiritual do lobisomem o olhou fixamente após o acontecido, e todos se calaram. Ela balbuciava algo inaudível em uma língua já morta para a maioria, mas de fácil entendimento para Duane. Maquiavel. Era o presságio do caos.
Sua memória quase fotográfica incrivelmente falhava após isso, e tudo que via eram flashes e sangue. A comunidade restante foi embora para as grandes cidades mercantis que floresciam ao redor de Constantinopla, alguns desapareceram deixando estranhamente seus dedos em carne para trás. Outros travaram uma guerra sem objetivo com os lobos, tendo mortes de todas as partes. As folhas secavam em invernos cada vez mais rigorosos e quase nunca voltavam nas primaveras pouco floridas. Os ursos tinham enlouquecidos e acabaram em suas próprias presas e os outros animais foram sumindo gradativamente. Os lobos se separaram e não havia esforço capaz de obriga-los a conviver em paz novamente, e quanto a Calina... nunca soube para onde sua dama da neve foi. Poltav porém resistiu, e o lobisomem se impressionava de onde o lobo cego tinha retirado tanta força para decidir avisar as outras alcateias de todo o continente que algo ruim e duradouro se aproximava.
Vánagandr não tinha mais nada para tratar nas montanhas, e por muito tempo tentou apagar esse capitulo da memória. Buscou e buscou cada vez mais informações sobre Maquiavel, encontrando velhos companheiros mudados pelo tempo, mas tudo que ouvia era ambíguo demais ou não somava absolutamente nada em seu relatório. Durante guerras e encontros místicos, que poderiam custar até mesmo a vida imortal do lupino, o nome do amaldiçoado era estranhamente sibilado por corpos possuídos ou serpentes peçonhentas, e onde tinha sombra e sangue, o desgraçado sorria sorrateiramente. A maior informação que conseguira em todo tempo era Uriel, mas justamente por ser uma informação viva era perigosa demais para absorver algo. De qualquer forma, o passado estava no passado, e o esquecimento apesar de forte, nunca foi superior ao da dor.
...

—...alguém tem alguma objeção? –Disse Uriel com um sorriso debochado no rosto e remexendo os dedos que a poucos segundos atrás estavam sobre as marcas vermelhas no pescoço de Nina.

—Por hora nenhuma objeção, apenas adoraria saber no que estou me metendo... Mais bem, se todos iremos trabalhar juntos... –Se serviu de Whisky e muito gelo. —Vamos trabalhar em uma boa forma.
Duane respirou fundo, pigarreou e escorou-se confortavelmente no móvel atrás de si. —Vamos lá, nos diga o que precisamos saber. 


Última edição por Tamiroff em 19/12/2013, 20:06, editado 1 vez(es)
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16/12/2013, 16:15
Parece que agora tinha a atenção dos dois, mesmo com minha sede de vingança não seria tolo... Maquiavel era mais antigo, mais poderoso, um passo em falso e tudo se resumiria a um fim trágico.
Mais nem tudo se resumem a força é Maquiavel perceberia isso da pior maneira, um sorriso brotou em meus lábios apenas com estes pensamentos, me sentei enquanto Nina trazia uma garrafa de boa safra encheu três copos, todos pegaram seus copos deixando apenas o meu, caminhei ate a mesinha de madeira onde estava e me virei para os dois.
Duane se sentou em um dos sofás, enquanto segurava sua bebida.

Vamos lá, nos diga o que precisamos saber.
 INGLATERRA Uriel_3b16
Tenha calma velho amigo... Primeiramente preciso que percebam a gravidade do problema, você melhor do que ninguém sabe do meu desejo e minha meta, afinal creio que quer tirar uma casquinha disso também não é?

Falei para o velho homem que parecia mais doente do que deveria estar, talvez ser forte apenas quando a lua esta em seu auge fosse um ponto negativo para sua idade mesmo sendo um lupino isso não lhe tirava o peso de sua vivencia semi-imortal.
 INGLATERRA Uriel_13
Maquiavel esta agindo... Ele agiu nas sombras por muito tempo, mas agora ele esta se mostrando mesmo com a ameaça dos Volker, ele esta seguindo seu plano seja ele qual for, sua meta e só uma. Como Filho bastardo de Caim ele busca reconhecimento, poder e controle, o único jeito de conseguir isso e matando Caim... Creio que ele usou este tempo para fazer duas coisas.
Dei um gole na bebida que estava em minha mão, mesmo o sabor não se comparar ao sangue doce e quente, o aroma e gosto do Wiskey podia me fazer sentir melhor, mesmo que isso fosse apenas uma ilusão da minha mente.

 INGLATERRA Uriel_12
Duane... Você não parece bem. Quer um pouco de sangue de vampiro? Talvez isso possa amenizar sua dor... Seus pensamentos do passado devem ter consumido muito de sua força. Afinal estamos na lua nova, onde você e quase um humano, mesmo que não morra o que deve está sentido deve ser terrível e preciso de você vivo meu velho!
Não poderia me dar ao luxo de perder alguém como Duane, afinal seus longos anos me conferia uma fonte de lobisomens que seria bastante útil quando o momento chegasse, enquanto a Nina? Bem ele serviria aos meus propósitos perfeitamente, como vampira nova poucos a conheciam, e o poder e influencia no mundo mortal lhe permitia agir mesmo durante ao dia mesmo que não pessoalmente.
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17/12/2013, 17:25
18h - Londres - Inglaterra

Um som previamente programado desperta Sven de seu sono. São por volta das 18 horas; mais uma noite fria em Londres.  Já de pé o caçador olha seu e-mail, uma nova mensagem diz que ele deve seguir até a Grã Bretanha.

O Norte, faz tempo que não vou para aquelas bandas.- Sem demora Sven prepara sua bagagem,  essa basicamente composta por armas e utensílios para caça. Alguns quilômetros separam Londres de seu destino.

O carro de Sven possui películas especiais nos vidros contra raios do sol e claridade. Ele nunca precisou por em teste a eficácia da película. Por isso não demorou em parti para a Grã Bretanha. Seu contato o espera lá.

No banco do carona no chão um isopor de tamanho médio, dentro alguns sacos de sangue. O que aconteceria se algum policial encontra-se o isopor? Para esses casos o caçador possui identidades, credenciais que iram validar o transporte.

Na metade do caminho o celular de Sven emite sinal que uma mensagem nova chegou.  A mensagem diz que ele será contatado quando chegar a seu destino. – Não sei por que de tanta burocracia. – Questiona.
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18/12/2013, 22:27

O relógio ressoava constantemente que as horas voavam, e que em menos de 4 horas o sol já estarei de pé e daria um fim à demasiada longa noite que se passou. Encontrava-se em uma espécie de cansaço mental que ao seu crer poderia ser efeito do álcool, ou das tagarelices que ouviu no tempo presente da reunião, e não era apenas Nina, mais parecia que o velho amigo de Uriel: Duane estava ultrapassando eras em seu pensamento, como se estivesse tendo um Déja vu mais logo se mostrou desperto.

—Vamos lá, nos diga o que precisamos saber. 


Uriel tinha toda total atenção de ambos. Nina sabia que era a hora que tudo seria revelado, entretanto, tanto alvoroço para nada, já a deixava irritada e inquieta. Via que se continuasse naquele ritmo frenético, afundaria o belo chão rústico de madeira da sala, com sua andança de um lado para o outro.   

Pode perceber que o mais certo visto ali, era que o senhor Ivanove, buscava:  uma “vingança pessoal” e a ajuda dos dois convocados era de total importância para a concretização da missão e no fundo do pensamento de Nina, pensava que Uriel apenas não queria se sentir só por tal “grandiosidade” de seus planos. Erro bobo. No fim de tudo aquilo, não haveria nenhum dos dois ao seu lado, mais ela faria seu máximo para dar certo.

- Então o que o senhor quer dizer é que ele esta revoltado com o seu pai, por não ser legitimo na família? E quem seriam estes Volker? Por acaso são algo relacionado a uma sociedade?

Claramente, queria entender TUDO  que fosse necessário para uma boa realização no que fariam, e não imaginava quem seriam estes tais que Uriel mencionou cruelmente, entretanto, ele parecia estar preocupado com a instabilidade da saúde de Duane. Ou talvez, só não gostaria de perder uma ajuda tão crucial ao seu lado...

- Espero que o senhor não acredite em tão falsas palavras que nosso querido líder mostra-se preocupado. Creio que apenas não quer perder um bem tão valioso ao seu lado não é Uriel?

Ainda encarando Duane, colocou-se ao seu lado sentando e tentando escolher as palavras certas para dirigir-se ao fundador do clube de reuniões no castelo.

 - Agora me diga, por que nós, temos que ter tamanha preocupação com Maquiavel? Ele causa alguma ameaça a... nossa espécie. – Relutou bastante para completar a frase, mais enfim devia entender, sua humanidade estava tornando-se cada vez mais distante de si. Logo teria que aceitar o que realmente era.
 
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19/12/2013, 15:16
Alguns esclarecimentos precisava ser dito, mesmo eu que estou atrás do paradeiro de Maquiavel conhecia a fundo todos os detalhes, para minha segurança e andamento do meu plano pretendia revelar apenas o essencial.Duane em silencio não responderá minha pergunta, se desejava um pouco de sangue de vampiro.
Por outro lado Nina lançou perguntas tolas que não vinham ao caso naquele momento, mas como a ocasião era oportuna resolvi dividir alguns dados...

INGLATERRA Uriel_22
— Já lhe disse para que não seja imprudente... Maquiavel não está revoltado, ele não liga para linhagem, ou coisa do tipo, ele não considera Caim seu pai, muito menos os Volker, para sua ciência os Volker são os filhos legítimos de Caim o primeiro imortal, ele escolheu morde-los e ensiná-los tudo sobre o que ele demorou séculos para compreender, eles são a sociedade vampirica, me surpreende que não saiba disso, não deve ter muito contato com os de sua espécie não e mesmo?

Minhas palavras continham certa rispidez, afinal não era muito educado, ainda mais com vampiros que sequer sabem o meio que vivem, se Nina sentiu o desgosto em suas palavras não demonstrou, mais continuou a falar.
— Espero que o senhor não acredite em tão falsas palavras que nosso querido líder mostra-se preocupado. Creio que apenas não quer perder um bem tão valioso ao seu lado não é Uriel?
Falava da fragilidade de Duane, de fato ela tentava a todo custo manter uma humanidade que já não pertencia, Duane sempre era afligido por tais sintomas, era uma das maldições impostas aos Lobisomens, nada que o mataria, e de fato a parceria dele me seria de grande valia.
Os olhos dela repousavam sobre o velho lobo, mas tudo que ele precisava era que a lua cheia viesse e se despisse daquela carcaça vê-la e acabada, dando lugar ao lobo, a fera que habita dentro dele, o permitindo vagar livremente.
Mesmo para alguém tão antigo como eu ainda existiam tolices que me deixavam aborrecidos, com o fato de “pessoas” sejam vampiros ou humanos serem tão simplórios é despreocupado diante das coisas que se apresentam diante seus olhos, o fascínio que Nina me proporcionava anteriormente estava se tornando algo aborrecedor, tantas perguntas, tantos questionamentos, parecia um interrogatório, e por mais uma vez ela se fez ser escutada após alguns poucos segundos de silêncio.
— Agora me diga, por que nós, temos que ter tamanha preocupação com Maquiavel? Ele causa alguma ameaça a... nossa espécie.
INGLATERRA Uriel_21
— Pensando eu que você apenas se fingia de tola, mas parece que você de fato não sabe de nada... Maquiavel e uma ameaça a todos... Humanos ou vampiros, o plano de acabar com Caim e apenas uma das metas dele, após isso fará o mesmo com os Volker, se alimentará dos humanos, e acabará com qualquer um que o desafie. Talvez se você viver tempo suficiente possa compreender o tamanho do problema que de fato estamos, mas se quer continuar se fazendo de humana não me importo! Mais quando chamar seja onde ou quando for eu quero eficiência, fui claro?
Olhei fixamente para ela, seguindo para Duane, o dia logo iria amanhecer, e com o isso o nascer do sol, precisava descansar, por ainda teria muita coisa para fazer.
INGLATERRA Uriel_26
— Creio que isso seja tudo por enquanto, como o castelo e grande, iremos ficar por aqui, tanto eu e Duane, irei descansar agora, sugiro que façam o mesmo o sol logo irá nascer.


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INGLATERRA Empty Re: INGLATERRA

19/12/2013, 22:40
—Tenha calma velho amigo... Primeiramente preciso que percebam a gravidade do problema, você melhor do que ninguém sabe do meu desejo e minha meta, afinal creio que quer tirar uma casquinha disso também não é?
Sentado, se atentou as explicações de Uriel. Não era nada que soasse com tanta gravidade, apenas uma reedição do que já tinha ouvido em sussurros, porém com uma palavra trocada aqui e acolá, e a informação não viera compilada dessa vez; era algo pra somar na ficha de Uriel. De qualquer forma, o vampiro que discursava tinha grande credibilidade apesar de sua extravagância, e Duane sabia muito bem que deveria tratar seriamente as palavras do homem caso realmente decidisse folear páginas viradas.
—Duane... Você não parece bem. Quer um pouco de sangue de vampiro? Talvez isso possa amenizar sua dor... Seus pensamentos do passado devem ter consumido muito de sua força. Afinal estamos na lua nova, onde você é quase um humano, mesmo que não morra o que deve estar sentido deve ser terrível e preciso de você vivo meu velho!
Em 400 anos de vida ainda não tinha catalogado nenhuma espécie vampiresca capaz de transpor na consciência alheia, então se convenceu de que o palpite certeiro de Uriel era apenas excesso de informação de seus muitos séculos na Terra. Não respondeu a oferta de seu “companheiro”, se limitando a um sorriso educado –e tipicamente grotesco- e erguer o copo para virar a bebida de uma vez. Estaria tão vulnerável ao ponto de parecer tão esvoaçante e fragilizado? A lua nova era realmente uma má fase, mas não tinha tantas cicatrizes seculares para ser abalado por um evento tão banal como aquele. Já teve mais controle, e se esforçaria ao máximo para não regredir nesses quesito. Passou bons séculos usando a interferência astrológica apenas como complemento para suas habilidades; e isso era o mais importante, ela continuaria sendo apenas um complemento para suas transformações libertinas.
Cruzou as pernas em forma de “4” e estendeu os braços no encosto do sofá, enquanto era martelado com o som frenético do salto alto da jovem no assoalho rústico. Ela choveu suas dúvidas em cima de Uriel e logo após virou sua intepretação rigorosa e severa para Duane, que se recompôs rijo no sofá.     
—Espero que o senhor não acredite em tão falsas palavras que nosso querido líder mostra-se preocupado. Creio que apenas não quer perder um bem tão valioso ao seu lado não é Uriel? –Sentou-se ao lado do velho.
“Tão adorável, forçada e ingênua.”  Quando revidou o olhar psicodélico de Nina, tentou imaginar como ela estaria daqui 10 ou 100 anos; seu amadurecimento do lado de Uriel seria precoce nesse tempo que passassem juntos, e o velho lobo não saberia responder em hipótese alguma se aquilo seria bom ou ruim; se a definira como um peão suicida ou como alguém destemida, calculista e adiantada como pareceu ser em outra vida.
—Criança da noite, não se deixe enganar por minhas rugas e manchas.Pigarreou falsamente para não parecer tão presunçoso. —Eu ainda faço o som mais belo em todos os reinos explorados por homens e... Demônios. –Ergueu uma sobrancelha e meio segundo depois Uriel começou a saciar o desejo de entendimento da mulher, e ambos voltaram a atenção para o orador.
—Creio que isso seja tudo por enquanto, como o castelo é grande, iremos ficar por aqui, tanto eu e Duane, irei descansar agora, sugiro que façam o mesmo, o sol logo irá nascer.
Levantou-se do sofá; seus pés começaram a formigar mas logo pararam. A proprietária do castelo não teve nenhuma reação instantânea mediante a atitude firme e clara do seu companheiro de espécie, então momentaneamente Duane iria se alojar onde fosse conveniente.
Considerou questionar Uriel sobre o desperdício de 4 horas de noite, de quanto tempo ficariam esperando para agir e se eram os únicos participantes da investida contra Maquiavel -o que tinha uma incompleta certeza de que não- mas apesar de não agradar-se disso, possuía uma embaçada confiança no seu inimigo natural, e também considerava que Nina iria faze-las uma hora ou outra. Duane suspeitava de que o vampiro tinha alguma tarefa adicional no tempo escuro que restava, mas não era da conta do seu “esquadrão”, então se limitou a perguntar:
—E quanto tempo temos de vantagem para agir nas sombras até chamar a atenção do verme? Você não fez nenhuma piadinha com canis, o problema é real até demais dessa vez.
CarolinyS.
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20/12/2013, 21:17

Pensamentos virtuosos invadiam a cabeça de Nina. Tantas perguntas que gostaria de compartilhar, mas tampouco de informação concedida... Teria de receber o que lhe foi dado de mal grado por Uriel. Não bastava ter que aceito-los abertamente em sua morada, como agora suas ordens serem crucias dali em diante.
 
A voz do vampiro inundou o ar da sala com certa severidade, aquilo a fez estremecer de raiva. Não tinha laço algum com aquele homem, também não o conhecia, muito menos confiava no tal, e ainda ameaçava a sua eternidade? Segurou-se em um dos braços da poltrona apertando levemente de exaltação, mais não ponderara sua força e a quebrou fazendo as ferpas e restos caírem no carpete escarlate da sala.
 
-De fato desconheço totalmente as tolices que o senhor me diz, portanto nada melhor do que perguntar ao invés de cometer algum erro. E sinceramente, não tenho a menor... Digo, a mínima preocupação com o que pode acontecer caso este tal de Maquiavel apareça com seus planos de “dominar o mundo”, entretanto, lhe fiz uma promessa certo?  
 
Nina, o encarou profundamente, buscando se haveria um ponto ali que sua humanidade pudesse desabrochar, mas novamente, não via nada naqueles olhos azuis e penetrantes.
 
- Minha eficiência é subjetiva. Tudo depende de quem esta a frente da missão, porém... Como quero acabar com isso rápido, farei o meu melhor em 110%.
 
Uriel a olhava fixamente devolvendo as encaradas que a mesma jogou-lhe uns momentos atrás. Apesar de serio e insensato, parecia cansado. Não só ele como ela, e Duane também. Aqueles cabelos grisalhos, trajes espancados, e voz peculiarmente assoviada, lhe transmitam uma aura enfadigada e morta. Mas de que isso lhe fazia sentido? Realmente nunca foi boa em decifrar e interpretar pessoas e emoções.
 
- Peço minhas singelas desculpas e não duvido da sua afirmação. – Levantou-se e dirigiu-se a soleira da sala, olhando tranquilamente para aquele senhor. Ele sim tinha uma atmosfera um pouco mais “harmônica.” – Oro para que descansem em paz. Podem ficar a vontade, e pegarem o que precisarem. Irei me retirar, então uma boa madrugada a ambos.
 

Ouviu uma continuação de conversas as suas costas, porém não virou-se para voltar e permanecer na reunião. Tinha total certeza que de onde estivesse saberia o que falavam. Sua audição escutara até as primeiras gotas de chuva que caiam e anunciavam o inicio de uma longa tempestade nos campos ingleses. Naquele momento, só desejava sua cama como a maior felicidade da noite. Seu papel de permanecer viva e encontrar seu irmão estavam tendo uma reviravolta grotesca, mais seguiria com seus planos iniciais até o fim. 
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