Re: GRÃ- BRETANHA
22/1/2015, 21:49
Enquanto bebida sua dose, observou o rapaz, Jhaeson sabia muito bem quem ele era, mais ele não parecia uma ameaça pelo menos não por enquanto, Sua presença parece não ter sido suficiente para que ele tomasse nenhuma atitude, pagou sua bebida e saiu, enquanto caminhava viu uma barbearia. Passou a mão pelos cabelos e pela barba e pensou que estava na hora de cortar o cabelo havia um tempo que não o fazia, adentrou no estabelecimento, ele estava quase vazio não era tão cedo assim, já era por volta de umas nove e pouco, havia dois clientes, mais duas cadeiras estavam fazia. ― Alguém pode me atender? —Falou Jhaeson. Um senhor idoso sorriu para ele e ofereceu a cadeira para ele sentar, colocou o avental para proteger sua roupa. ― Poderia cortar o cabelo por favor... A barba base a máquina, mais deixe meio serrada gosto de ter barba faça apenas o contorno. Em outro lugar não muito distante dali, Lucian estava retornando a pensão após uma caminhada mais demorada do que a de costume, afinal se perdeu por alguns momentos, enquanto pensava na Rhia ao entrar na pensão a proprietária o chamou. Ele se aproximou dela, estava meio suado de seus exercícios mais sorriu para a senhora que retribuiu com um sorriso é um bom dia. Ela informou que Rhiannon havia ligado e pediu para dar-lhe um recado, as palavras dela não faziam sentido. Contara a Lucian que ela precisou fazer uma viagem de última hora é que um amigo chamado Durval a levou para um passeio na casa de campo. Apenas este nome já fez a cor da pele dele sumir, o sorriso desapareceu enquanto a senhora continuava a falar, informou que a tal casa não era muito longe da cidade, talvez próxima floresta ao norte da cidadã, na estrada principal. Informou que ela parecia meia nervosa é que na última parte disse que o nome do amigo de Durval era Noah estava querendo busca-lo também para conhecer a casa de campo, disse que era para ele se preparar para não ser pego de surpresa. Assim terminou ela com a mensagem, Lucian teve que se controlar para não sair dali correndo, balançou a cabeça agradecendo e subiu para o quarto. Batendo a porta já do lado de dentro, deixou escapar. ― Droga! |
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Re: GRÃ- BRETANHA
6/3/2015, 20:05
As noites na Grã -Bretanha poderiam ser muito frias e perigosas, ainda mais para uma mulher, mas estes avisos não se aplicavam a uma em particular, com um manto sobre seu corpo caminhava pelas ruas ocultando sua face, sua mala arrastava pelo chão enquanto passava pelas suas, alguns homens olhavam para ela, mas seu olhar se focava apenas no seu caminho a frente.
Seu destino era apenas um, sabia muito bem aonde ir e como chegar mesmo que já houvesse se passado muitos anos desde sua última vinda para aquele país. Ao chegar à pensão, retirou o capuz de seu manto revelando ser uma mulher bela de longos cabelos escuros mesmo para sua idade, era uma fugitiva que não ousaria se expor além do necessário nos domínios não sagrados das terras de sua origem o Egito, por isso analisou as proximidades antes de entrar.
Se fosse por sua vontade jamais gostaria de vigiar sua filha, afinal não desejava o mesmo destino a ela, transferir tudo aquilo que lhe foi passado, incluindo seus medos. Sabia das provações que sua cria passaria mesmo sem esta bagagem.
Dentro da pensão tirou um pedaço de papel do bolso, confirmava se aquele era realmente o lugar, viu uma senhora no balcão da recepção, aproximou-se dela, seus olhos perceberam um homem caminhar para o andar de cima ele possuía alguma coisa diferente, se voltou para o balcão.
― Boa noite, a senhora poderia me dar uma informação? ― Sorriu ao terminar sua frase com as suas palavras houvesse algum encanto.
A mulher no balcão pareceu ficar hipnotizada seus olhos não estavam mais vivos, mas apenas distantes, ela balançou a cabeça afirmativamente, olhou mais uma vez para o pedaço de papel e se voltou para a mulher.
― Me chamo Dlylah Heifadd, e gostaria de saber se tem uma garota chamada Rhiannon hospedada aqui.
Enquanto esperava a resposta, deixou sua mente vagar no homem que acabara de subir, ele chamara sua atenção não como um homem que atrai uma mulher, mais algo diferente algo que a experiência de Dlyla aprendera com o passar do tempo, que coincidências não são meros acasos.
A mulher então respondeu à pergunta.
― Sim tem uma garota hospedada com este nome, mas ela não se encontra no momento, há dois dias ela não aparece aqui, ligou apenas para dizer que estava na casa de um conhecido chamado Durval a levou para passear na casa de campo dele, que ficava longe da cidade, pediu que eu passasse este recado a um dos hospedes.
Dlyla achou aquilo muito estranho, ergueu uma sobrancelha pensativa.
― Como se chama este hospede que ela pediu para transmitir este recado.
― Ele se chama Lucian Daiki e está no quarto 12.
Re: GRÃ- BRETANHA
12/3/2015, 11:14
Enquanto seguia para seu quarto viu pelo canto de olho uma pessoa entrar na pensão, mas ele não se importava com quem fosse, do lado de dentro se deixou cair escorado na porta se lamentando por não ter impedido Rhiannon, ainda mais da forma como ela saiu meio chateada com ele. Com sua cabeça encostada na porta de madeira sentiu um cheiro, fechou os olhos é se concentrou aquele o cheiro o intrigava, ele já o havia sentido antes, era parecia com o da Rhiannon mais possuía alguma coisa diferente, mais forte, mais antigo. Lucian se levantou é encarou a porta, se suas suspeitas estavam certas é se aquela não fosse a Rhiannon, só poderia ser uma pessoa. “― Não posso acreditar... Se ela veio até aqui é porque a coisa realmente é séria. Preciso salvar a Rhia!” Ficou encarando a porta, enquanto passos se escutava sobre as escadas, fazendo a madeira ranger com o peso de cada pisada. |
- TsukaretaFAMILIA GARÇA
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Re: GRÃ- BRETANHA
26/3/2015, 19:16
Quando menos pessoas soubessem do perigo que Rhiannon corria melhor seria, com esse pensamento em mente, Dlyla se contentou com o que a mulher falara, se a sua filha pediu para que seu recado fosse dado para aquele homem é porque alguma cumplicidade havia ali, sua filha não confiaria facilmente a esse ponto.
Depois de se hospedar na pensão Dlyla pegou a chave do seu quarto e subiu as escadas, dirigiu-se para o seu quarto que ironicamente localizava-se ao lado do homem chamado Lucian, destrancou a porta e deixou sua mala no quarto, tirando também suas roupas de frio, ficando apenas com a longa saia vermelha e uma blusa de alça fina preta, o que pretendia fazer exigia liberdade dos movimentos para não ser descoberta.
Ao sair do quarto, Dlyla se dirigiu a escada, mas sua intenção era ver se a senhora que a atendera encontrava-se lá, avistou a mesma distraída com algum livro, andando silenciosamente foi em direção ao quarto da filha, mas antes de alcança-lo, parou em frente ao quarto com o número 12 na porta, bateu nela e disse:
― Siga-me – depois foi até a porta de Rhiannon não esperou para ver se o homem a seguiria, conversariam depois, pois antes precisava ter certeza do paradeiro da sua filha, saber se suas suspeitas estavam certas.
Agachando-se em frente à porta, Dlyla pegou dois grampos de cabelo e colocou na fechadura, depois de poucos segundos mexendo-os a porta estava destrancada, ela levantou-se e entrou no quarto deixando a porta encostada.
Ao entrar deparou-se com uma bagunça fora do normal, roupas, livros e objetos espalhados, balançou a cabeça sorrindo.
― Velhos hábitos não mudam.
Re: GRÃ- BRETANHA
6/4/2015, 13:47
O cheiro ficou mais forte, os passos continuavam, ouviu uma porta se abrir, algumas coisas caírem com um baque oco no piso de madeira, os passos se seguram novamente, pararam a sua porta, se podia ver a sombra por debaixo da porta. Um silencio se manteve no ar tornando, o ato de respirar um risco incalculável, olhando fixamente para sombra a baixo de sua porta Lucian não se moveu, o cheiro o fazia se lembrar de Rhia, enquanto uma frustração consumia seu interior. Uma voz se pronunciou sem detalhes apenas poucas letras formando uma frase curta, “Siga-me”, foi tudo dito enquanto seus passos voltaram a ser ouvidos fazendo a madeira ranger dolorosamente, mas isso apenas aos ouvidos de um lupino, ouviu movimentos na porta, um pouco mais distante. Respirando fundo abriu a porta, pegou o exato momento que a mulher entrara no quarto de Rhia, e ouviu ela falar baixo, mais o suficiente para que ele escutasse “― Velhos hábitos não mudam”. Caminhou até a porta do quarto é encarou suas costas. ― O que está fazendo aqui? Sabe que é perigoso. Foi tudo que ele disse com uma voz desprovida de emoção. |