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10/12/2013, 13:27
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O Royal Crescent é uma rua de 30 casas geminadas dispostas em uma varredura crescente na cidade de Bath , Inglaterra. Projetado pelo arquiteto John Wood, o filho, e construído entre 1767 e 1774, é um dos maiores exemplos de arquitetura georgiana ser encontradas no Reino Unido e é uma classe I edifício listado . Apesar de algumas mudanças foram feitas para o vários interiores ao longo dos anos, a fachada de pedra da Geórgia continua a ser tanto quanto era quando foi construído.

Muitas pessoas notáveis ou viveram ou fiquei no Royal Crescent, uma vez que foi construído mais de 230 anos atrás, e alguns são comemorados em placas especiais ligados aos edifícios relevantes. Um dos hotéis mas luxuoso da Inglaterra tem sempre hospedes das mais diversas classes, um hotel antigo que carrega marcas e cicatrizes que até mesmo o próprio lugar não se lembra de todas , na época atual os clientes são reduzidos, afinal não são todos capazes de arcar com um valor tão simbólico quanto o Royal Crescent.

Mais existem aqueles que veem em busca de luxo, outros de paz, e ainda os que apenas desejam um lugar oculto e requintado para saborear pequenos prazeres, as vezes tão efêmero que não são sequer classificados.
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10/12/2013, 22:47
Nothing's wrong
just as long
as you know that someday I will...


Pouco a pouco o sol estava sumindo por de trás das montanhas, deixando o céu em um misto de alaranjado, vermelho e azul... Uma cena linda de se ver, de apreciar. Infelizmente só podia vê-lo de longe, escondida nas sombras ou ter a oportunidade de deslumbrá-lo em meus sonhos.
 
Talvez essa fosse a única coisa que sentia falta, a única coisa que o preço de viver eternamente me cobrava.
 
Não demorou muito para que a lua substituísse o sol, com a escuridão varrendo as ruas e as estrelas cintilassem no céu. Aquela era a hora onde tudo era permitido, onde os seres das sombras poderiam caminhar sobre terra sendo confundidos como humanos comuns... Essa era a minha hora.
 
Fazia quase 230 anos desde que eu vira aquele hotel ser construído, pude ter o privilégio de pisar naquele local assim que fora inaugurado. Aquele tempo passara tão rápido quanto a vida humana que poderia ser destruída em questão de segundos, e que fora meu objetivo desde que me transformei. Odiá-los era meu mantra, e, ceifar vidas, era o meu serviço predileto, mesmo isto sendo contra as regras dos “maiores” eu pouco me importava.
 
Os meus sapatos louboutin tocavam o chão em passos harmônicos e lentos até o restaurante, chamando parte da atenção sobre mim. Olhares de admiração, luxuria e um toque de inveja do publico feminino. Não posso culpá-las, poucas podiam ficar jovens para sempre.


Royal Crescent Normal_00001799
 
“Uma chuva de sangue seria mais interessante...”
 
Sentei-me na mesa, com o olhar altivo, cruzando as pernas e esperando o garçom que não demorou muito para notar a minha presença.  John já sabia muito bem qual tipo de bebida eu costumava pedir, e não demorou muito para que colocasse o vinho branco sobre a taça e entregasse para mim. Embora não sentisse fome, gostava de apreciar as coisas boas da “vida”, apesar de que preferiria mil vezes bebericar novamente o sangue daquele garçom sem deixar um resquício se quer.
 
- Com licença... – ouvi a voz masculina ao meu lado. Não fiz questão de virar-me para fitar o rosto daquele que impedira de apreciar o vinho. – ... mas pude notar que estava sozinha, posso tomar um pouco do seu tempo?


Humanos... tão previsíveis... Sorri de canto, brincando com a taça entre meus dedos. Ontem fora o garçom que tentara jogar seu charme insignificante para cima de mim, hoje é esse hospede que acha que só porque tem um relógio de ouro no valor entre 20 á 50 mil pode conquistar uma mulher. Talvez eu possa dar um jeito naquela vidinha dela... Um pouco de diversão não faz mal.


Royal Crescent Normal_00001796
 
- Depende, meu tempo é muito precioso para ser desperdiçado com qualquer pessoa. – virei em sua direção, fitando seus olhos claros sem desviar. - Então, mostre-me que você é merecedor desse tempo. - um desafio fora lançado e um jogo de vida ou morte estava prestes a começar.
 
 
Someday, somehow
gonna make it alright but not right now

I know you're wondering when

 
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10/12/2013, 23:43
Já se passara alguns dias desde que Lucinda partira para a Inglaterra, afim de atender - mesmo que de contra gosto - o inconveniente convite que lhe fora feito. Era pouco mais de meia noite quando desembarcou no aeroporto de Bristol, o vento congelante varria a cidade, agitando as mortas folhas do chão que esvoaçavam a cada passo da jovem. Ali mesmo pegou o primeiro táxi que vira, partindo então para seu destino final.

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Bath era uma das cidades mais elegantes que alguém pudera conhecer em toda a formosa Europa. Conhecida por sua fontes termais, costuma atrair muitos turistas durante todo o ano, assim como também por suas antigas estruturas que fazem da cidade um perfeito museu. Ainda se lembrava dos tempos em que tudo aquilo não passava de vastos campos verdes, sem nenhum sinal de construção pelas mãos dos homens, porém lamentava não poder desfrutar tanto quanto gostaria das belas paisagens de uma Bath que se perdera através dos séculos. Talvez se tivesse matado aqueles celtas quando teve chance... Não, não valia seu precioso tempo.

▪▪▪†▪▪▪

No delicado relógio de pulso, cravejado por minúsculos diamantes, os ponteiros marcavam 3:45 AM. Lucinda baixou os olhos e encarou as horas por alguns segundos, como se calculasse os minutos seguintes. No banco de trás do luxuoso táxi a mesma observava a lua poente por detrás dos morros, enquanto a vislumbrante Bath se revelava aos poucos. Se John estivesse aqui, se orgulharia em saber que sua obra prima se tornara uns dos mais belos patrimônios da humanidade.

O táxi parou vagarosamente em frente a um luxuoso hotel. O motorista que até então permanecera calado por toda a viagem se voltou para a passageira educadamente:

- Chegamos. - disse enquanto baixava o vidro que os separava - Royal Crescent, senhorita...?

- Evandra. - completou ela - Evandra Evans. E obrigada pelos serviços - terminou, colocando algumas notas na mão do motorista. Por mais que a maioria dos vampiros fossem destemidos e ousados a ponto de quase nunca esconderem suas identidades, Lucinda o fazia sempre que necessário. Se registrar com nomes falsos em hotéis era apenas uma das práticas frequentes para manter distância de inconvenientes - como Uriel -, mas que infelizmente nem sempre funcionava.

Caminhou apressadamente para dentro do estabelecimento, o dia logo amanheceria e ela precisava descansar, a viajem havia sido longa e não muito confortável. No balcão de registro apresentou-se com o mesmo nome que mencionara ao motorista e antes que os primeiros raios de sol surgissem já estava em seu quarto.

Naquele momento não havia mais nada a se fazer, apenas repousar por algumas horas até que a lua voltasse a reinar no céu. Não pretendia se encontrar com Ivanove tão cedo, por isso desfrutaria alguns dias naquele lugar tão confortável, pois sabia que assim que o encontrasse as coisas tenderiam cair em desgraça.
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12/12/2013, 16:18
Tudo aconteceu tão rápido, em um piscar de olhos tudo se perdia nas sombras, no esquecimento...

— Filha fuja! Fuja... — Eram os gritos de seu pai.
Acordando assustada, com o coração mais acelerado que o normal, Alexia olhava ao seu redor desesperada, até conclui que aquilo não passava de mais um terrível pesadelo, ela observava a claridade da lareira que de costume queimava é esquentava aquele quarto no frio noturno de Bath, levantou-se da cama e olhou o seu relógio ainda era madrugada os ponteiros marcavam 3:56 da manha. Seu sono desapareceu como aquele terrível pesadelo que se dissipava em sua mente.


“—Queria que fosse um pesadelo.”— Pensou ela. Caminhando lentamente até uma das janelas e abriu um pouco a cortina, olhando para fora percebeu que tinha tensas nuvens no céu a impedindo de enxergar a luz prateada da lua, aquela noite estava ainda mais escura e sombria do que de costume.


Olhando para fora perdidas em pensamentos se deparou com os olhos vermelhos cruzando com o seu do outro lado da rua em frente a um carro estacionado que possivelmente deveria ser de alguém que estava no salão de festa totalmente embriagado, fechou a cortina é imediatamente recolheu seu casaco do mancebo  se retirando dos seus aposentos, enquanto caminhava em direção ao elevador, Alexia se sentia nervosa e sua expressão era de medo, mais aquela era sua chance, pensava ela, iria se transformar para matar aquele monstro que sem piedade matou o seu pai em sua frente.


Enquanto seguia corredor a fora vieram lembranças de seu pai a abraçando ou levando-a para a escola. Alexia lembrou também dos momentos que ficou no internato de freiras em sua infância na Alemanha e como ela mudou a partir do que sem querer viu um dos monges bebendo sangue de uma das irmãs do convento, Alexia não queria mais guardar aquelas informações só para ela, então se abriu com um dos padres que hoje é como seu pai adotivo o senhor Walter, estava tão apressada que nem se importava com que estava vestida por baixo do casaco se era apenas uma camisola ou nada por baixo, abrindo a porta do elevador esbarrou de frente com seu querido tutor.


— Alexia o que faz ainda acordada?— Perguntou Walter para a jovem com uma expressão seria. Naquele momento ela estava suando frio, seu rosto estava branco como papel.


“— Como assim eu quero ser transformada”, — Esses pensamentos voltaram à cabeça de Alexia será que seu pai iria querer vê-la como uma vampira? E se esse vampiro a matasse como ficaria sua vingança?


— A mesma coisa que o Senhor, sem sono... — Alexia respondeu tentando fingir o máximo para que seu “pai” não percebesse mais ele a conhecia muito bem, passaram se 14 anos desde que ele a adotara, só que Alexia mal sabia que o padre Walter vinha de uma família de caçadores antigos e por isso a ensinou tudo sobre os “sem almas” aulas de ocultismos até as aulas de defesa pessoal, e armas.


— Vamos voltar para o quarto. — Disse Walter segurando a mão de Alexia.


Alexia não tinha como ir atrás do seu desejo, a porta do elevador havia fechado, Walter apertou o botão e esperou tranquilamente com um sorriso nos lábios, quando a porta do elevador, deu sinal que estava abrindo, o que surgiu diante deles foi uma mulher elegante e bonita, possuía olhos azuis e cabelos castanhos, sua pele era clara como pêssego, nunca a tinha visto antes, ela estava com um ajudante que carregava algumas malas.


Deveria ser uma hospede nova, Alexia sentiu o aperto se tornar de ação sobre sua mão enquanto permanecia imóveis, sua barba o tornava bastante serio, mais sorriu para ela enquanto passava ao seu lado.


— Boa noite. — Disse para moça, o sorriso sumira dos lábios de Walter enquanto ele a olhava com um olhar inexpressivo
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13/12/2013, 11:36
O Hotel Royal Crescent estava sendo muito requisitado pelo período de férias, muitos visitantes de varias partes do mundo estavam vindo para conhecê-lo, belas mulheres e homens poderosos, entre eles um homem que acabara de chegar, passou pela porta giratória, usava um elegante terno azul marinho, cabelos médios ate a altura do ombro, seus olhos rapidamente localizaram duas vampiras, em lados quase opostos ao grande salão.

Uma estava se dirigindo para o restaurante e a outra para dentro do elevador, um sorriso brotou de seus lábios, caminhando suavemente se aproximou do balcão de atendimento do restaurante, tocou uma única vez em um pequeno sino dourado sobre a bancada, rapidamente um homem se virou para ele, com um sorriso padrão.

– Boa noite, bem vindo ao Royal Crescent. Posso ajudá-lo em alguma coisa?

– Tenho uma reserva no nome de Nicolau Miac.

Rapidamente o homem procurou em um computador pelos dados daquele homem, em questão de dois minutos o homem sorriu para Nicolau.

– Yessir, foi reservado ao senhor a suite Premium... Aguardávamos a sua chegada, necessita que os camareiros levem suas malas ?—Se prontificou a chama-los caso necessário.

O gerente deveria ter seus 45 anos, cabelos castanho começando a ganhar um tom prateado, um bigode fino e bem cuidado, com uma loção de barba marcante por sua essência forte que irritou as narinas do novo hospede.

– Não será necessário,  elas irão chegar mais tarde, onde e o quarto que ficarei ? – Perguntou o home sem dar muita atenção ao mesmo, seus olhos estavam atraídos pela mulher no restaurante, onde um pobre coitado tentava jogar seu “charme”.

– Como desejar. O senhor ficará no quarto 25 no sexto andar, aqui estão as chaves. – Entregou para Nicolau a chave de seus aposentos que guardou no bolso.

Caminhando se deslocou ate o restaurante, seguiu para o balcão de bebidas e pediu um conhaque, esperou a bebida enquanto sorria ao ouvir a bela mulher desafiar o jovem a conquista-la.

Assim que sua bebida estava pronta a pegou e se dirigiu ate a mesa daquela mulher, tão suave quanto uma sombra estava ao lado do homem que passou como se nem o tivesse visto ali, seus olhos encontraram com os da bela morena.

– Boa noite mademoiselle, creio que este homem não e digno de seu “ precioso” tempo. Que tal eu mostrar que posso gastar seu tempo de forma mais interessante...

Sorriu para a bela moça enquanto tomava um gole de sua bebida sem tirar os olhos dela.
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17/12/2013, 16:37
Walter apertou ainda mais a delicada mão da jovem, que por impulso tentou se soltar mais era em vão, Alexia não entendia o motivo de seu “pai” esta tão inquieto com a presença daquela mulher, com passos rápidos e largos, ela já estava na frente de seu quarto, Walter com brutalidade abriu a porta e a empurra para dentro do quarto, Alexia na hora sentiu muita dor no seu pulso, e ela nunca tinha visto ele tão bravo em sua vida toda.

Nada o que tinha acontecido há segundos atrás fazia sentindo, ela queria ir atrás daquele vampiro que há poucos minutos atrás estava olhando a sua janela.

“Mais por qual motivo Walter estava assim?”- ela se perguntava, mais com um empurram Alexia esta pressionada na parede e seu “pai” com as duas mãos segurando seu pescoço, o olhar de Walter era de ódio, surpresa e medo. Alexia no momento arregalou os olhos, tudo aquilo não fazia sentido, ela estava tentando sair dali por que ele estava há sufocando mais foi sem sucesso.

_Alexia, o que você pensa que esta fazendo?- Walter olhou com seus olhos castanhos escuros, para aqueles olhos azuis que por vez estava quase chorando, ele sabia que aquilo que ele estava fazendo era duro e que estava a assustando, mais era para o bem dela.

Sem resposta ele apenas a solta e a moça cai a sua frente sentada no chão e com lagrimas nos olhas, ele sentiu muito culpado por aquilo, mais a sua missão era a proteger foi isso que ele prometeu aos seus superiores, mais Alexia não podia saber sobre tudo que ele sabia, mais cada dia estava difícil cuidar dela e se manter em silencio.

_Por que fez isso?-A moça estava com as bochechas vermelhas de tanto chorar, seus sentimentos naquele momento era de raiva, ódio e mais coragem para ir atrás daquele monstro que estava nas ruas.
Walter puxou uma cadeira de madeira almofadada em cor vinho, e se sentou a frente da moça que estava de cabeça baixa.

_Alexia, é importante um caçador ser flexível para não agir emotivamente, com isso saberá julgar com discernimento, sem os extremos da situação e sim manter-se em equilíbrio constante. Aos desavisados poderá parecer muita frieza de comportamento e até sem humanidade alguma. Mas longe disso, será um caçador exemplar porque as emoções, como medo, raiva, vingança, ódio estarão sempre separadas do seu ofício e mesmo havendo provocações do adversário, não se envolverão e até mesmo saberão distinguir os muitos "malvados" vampiros de outros que poderão auxiliar em caçadas futuras.

Alexia sabia que ele estava certo, que era imprudência dela.

_Querida você não precisa fazer isso, e você sabe disso, todos nos temos pontos fracos Alexia, para de bancar a forte, você ainda não esta pronta. -Aquelas palavras foi o fim para a jovem, que rapidamente sai do quarto e foi em direção ao elevador, Walter tentou a impedir mais ela sabia se esquivar.

“Droga! Alexia não faça nada de estúpido.”-Seu pensamento começou a tortura-lo.

Alexia estava exausta e cansada de ser tratada como uma criança, o elevador desceu e parou bem ao salão de festa, havia poucas pessoas algumas deitadas sobre a mesa por ter bebido de mais e alguns funcionários limpando, mais ela percebeu que em uma mesa havia um homem bem elegante de terno junto a uma moça bem bonita.

Ela em passos lento se direcionou ao balcão, o rapaz que sempre conversa com ela chega com o seu copo preferido de whiskey Macallan.

_Não é hora de donzelas irem para cama?- Alexia não estava com sua melhor cara, mais ela ofereceu seu melhor sorriso.

_Não esta sendo meu melhor dia Charles!-O garçom ate que tinha seus charmes, mais ela estava toda pensativa e nem percebeu que ele estava falando com ela.

_Senhorita Kremer, vejo que hoje tirou a noite para beber. - Charles completa outro copo, mais ao olhar na mesa, Alexia observa que o homem estava a encarando, ela apenas continuou ali bebendo e pensando no que Walter tinha dito a ela.


Última edição por Sakura_tgs em 17/12/2013, 21:48, editado 1 vez(es)
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17/12/2013, 18:18
Um click soou ao destrancar a porta com o cartão magnético. Adentrou o luxuoso quarto em silêncio, encostando-se na porta após fechá-la. Fazia tempo desde que estivera em um quarto tão limpo e confortável, então tentaria aproveitar o que lhe fosse possível até partir definitivamente. O aposento era amplo e muito bem decorado; do teto pendia um majestoso lustre de cristal que distribuía a luz graciosamente pelo ambiente.

Lucinda caminhou até a cama, deixando seus pertences espalhados pelo caminho. Nos corredores podia se ouvir murmúrios e risos abafados dos hospedes festeiros que por ali passavam, o cheiro de álcool era inconfundível, porém algo a mais a incomodara e não era a euforias dos vizinhos de quarto, algo a mais também se hospedara naquele hotel. Deslumbrou por alguns minutos o nascer do sol antes de vedar as janelas com uma grossa cortina de blecaute que fizera questão de pedir na reserva.

Vasculhou ao redor procurando algo que a distraísse pelas próximas horas, mas em vão. Olhou mais um vez para a porta, permanecendo inerte ao encará-la e logo um sorriso brotou em seus lábios rosados...

- Se não fui para o inferno até agora, creio que não irei por tomar uns drinques, não é? - sorriu enquanto revirava sua bolsa atrás de algo que lhe agradasse vestir. Em meio à sua busca pela roupa ideal lembrou-se de algo que a intrigara mais cedo: a garota do elevador. Quem será aquela louca? pensou. Talvez estivesse com algum problema com aquele senhor. Seria pai dela? Não, não poderia ser... O cheiro dos sangues não se pareciam em nada. Lembrou-se do rosto tenso do velho e o fato dele ter um cheiro "santo", mas não se preocupou, afinal, seja lá o que ele fosse precisaria de muito mais para sequer machucá-la.



▪▪▪†▪▪▪



Vestida com um vestido rubro fechou a porta com um baque e dirigiu-se para o elevador. A essa hora o sol já reinava no céu, mas de fato não se preocupava, o hotel oferecia alas isoladas de claridade, o que explicaria ser tão popular entre os de sua espécie.

A medida que o elevador descia, Lucinda sentiu um cheiro se intensificar, ficando cada vez mais forte, cada vez mais próximo. Deixou suas narinas inflarem tentando descobrir de quem era aquele cheiro e notou que identificara mais de um. Quem poderia ser a uma hora dessas? O primeiro cheiro era, definitivamente, feminino, uma mistura de flores do campo com uma ponta adocicada. Cada vampiro tinha um cheiro próprio, o que permitia aos mais antigos os identificarem ao longe - aos menos ela os sentia -. Lucinda reconhecera o primeiro, mas estava curiosa para ver com seus próprios olhos. O segundo cheiro não soube desvendar, era algo semelhante a damasco, mas jamais o sentira antes, porém sabia que aquele ser estava repleto de segundas intensões...


A porta do elevador se abriu revelando um imenso salão de festa bruxuleante, pronto para a diversão. Correu os olhos pelo ambiente tentando vislumbrar cada rosto ali presente. Em um canto pode ver de onde o perfume vinha; ali, sentados em uma mesa encontrava-se duas figuras distintas que pareciam flertar sem compromisso. Já vira aquela jovem vampira antes em suas andanças pelo mundo, não fazia muito o estilo sentimental, apesar de se fingir de boa moça apenas para se satisfazer com os homens burros que encontrava pelo caminho. Seus olhos agora recaíram sobre o elegante cavalheiro que se sentara ao lado dela, nunca o vira antes e de certo modo sua presença a deixava inquieta. Não que sentisse medo, mas podia sentir que forças estranhas regiam o lugar.


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Desfilou sorrateiramente por entre a multidão rumo ao balcão do sofisticado bar onde sentou-se com elegância. A poucos metros dali encontrava-se a garota do elevador que conversava tensa com um dos garçons. Observou a cena até que ele se retirasse e então aproximou-se silenciosamente da menina.

- Aqui não vende leite, criança. - sussurrou em seu ouvido com um tom de ironia - Seu pai deve estar te procurando. - riu com sutileza, acomodando-se no banco ao lado.


Última edição por Mury em 18/7/2014, 16:32, editado 1 vez(es)
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19/12/2013, 16:07
Muitos acontecimentos ocorriam simultaneamente naquele Hotel, Enquanto o homem que se intitulava Nicolau, se apresentou a bela moça, dispensando o rapaz, mal sabia o jovem que acabara de ter sua vida poupada de uma morte certa talvez ate dolorosa.

Sentou-se a mesma ainda com seu copo em mãos e sorriu para a morena que não demonstrava nenhum interesse, talvez curiosa pela ousadia daquele homem elegante. Enquanto tentava saber mais sobre aquela mulher, viu uma jovem caminhar até o balcão do restaurante, sem tirar os olhos daquela a sua frente, de perna cruzadas, apreciava a música ambiente que permeava todo aquele salão.

O barman brincou com a jovem, enquanto a mesma pedia uma bebida, ela não se demorou em seu primeiro copo pedindo uma segunda rodada ao jovem que a servia. Os olhos de Nicolau eram observadores e sua postura elegante, parecia se divertir com a cena.

A campainha do elevador soou, enquanto as portas abriam um suave é doce aroma preencheu as narinas de Nicolau assim como o da mulher ao seu lado, um sorriso brotou dos lábios dela, enquanto o homem apenas tentava identificar o perfume que parecia ser uma mistura de essências e flores silvestres.

A dona de tal fragrância deslizou por entre a multidão sem esbarrar em  nenhum deles até o balcão, usava um lindo vestido vermelho longo, ao sentar revelou suavidade e elegância, a moça que continuava a beber estava do outro lado, mas em um piscar de olhos a dama de vermelho se aproximou falando, como se nem sequer tivesse se levantado.

— Aqui não vende leite, criança. Seu pai deve estar te procurando.

Sorriu para a jovem em seguida, fazendo com os outros dois a mesa também sorrissem, ao olhar para aquela menina. Humanos eram tão frágeis, inseguros, medrosos com seus problemas triviais que não significava nada para os imortais, os olhos da jovem brilharam em desafio para a dama de vermelho, talvez era o que ela estava esperando para ter uma bela refeição, talvez apenas uma palavra de desafio a motivaria a hipnotiza-la para algum lugar e sugar o sangue dela até desfalecer, mas Nicolau  levantou-se e se apressou até as duas.

— excusez-moi mademoiselle... Tem alguém que gostaria de convidar a mesa acredito que assim seria mais divertido, tantos de nós em um só lugar, seria uma conversa agradável, se me permite a chamarei.

Dando uma leve curvada em seu corpo como cortesia, se moveu com uma velocidade que humanos nem perceberiam, ainda mais aqueles que estavam embriagados, parando ao lado da dama de vermelho, antes que a jovem imprudente disse algo que não pudesse ser contornado.

—  Bonne nuit, gostaria de convida-la a nossa mesa, creio que o assunto seria bem mais atrativo do que ver uma criança se embriagar.

Falou Nicolau para a mulher que o olhava com um brilho em seus olhos, encarando a jovem de olhos azuis, que parecia já ter passado de sua cota alcoólicas, estendeu a mão para a dama de vermelho.
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27/12/2013, 15:47
Era a nona doze whisky, Alexia estava bêbada coisa que não era do seu habito fazer, Charles vendo a moça se alcoolizar tenta-a convencer para subir ao quarto para descansar, mais seu desejo é negado.

_Vamos Alexia, você não esta bem!- Falava o garçom todo preocupado com a jovem.

_Char...les eu nãooo queroo ir!- Alexia estava bêbada, nunca havia bebido daquela maneira, o garçom se retirou deixando a moça sozinha no balcão.

Sua pele estava mais quente do que de costume, e sua cabeça estava muito pesada pelo motivo de ter ingerido álcool de mais no seu organismo, a jovem começou se sentir zonza sem percebe já estava com a cabeça deitada no balcão gelado de mármore.

_Alexia, beba isso. -O garçom volta com um copo de água e entrega a jovem que pega sem saber o que era.

_Estoou be..em Char.- em soluços a jovem ainda continuava a teimar, Charles fez a Alexia se recompor um pouco, ele pode notar que suas bochechas estavam vermelhas e que a deixava mais charmosa, o fato dela esta bêbada fez ele achar engraçado mais não demorou muito ele foi chamado para atender uma mesa.

Alexia estava com os pensamentos a mil, pensa em seu pai, sua mãe e em Walter, mais um leve sopro veio em seu pescoço causando um arrepio, e uma voz delicada veio em seguinte.

— Aqui não vende leite, criança. Seu pai deve estar te procurando.

Automaticamente Alexia se vira, e vê que quem se sentou ao seu lado é a mesma moça do elevador, mil sensações passa pelo corpo de Alexia, parece que a voz da moça a acordou de seu transe, com os olhos azuis arregalados ela percebe que a moça esta bem mais elegante de minutos atrás, foi ai que ela se olhou e percebeu que ainda vestia um casaco por cima de sua camisola de seda, constrangida e com raiva da ironia daquela mulher ela voltou seus pensamentos de vingança.

“Quem ela pensa que é para citar a palavra pai”

No exato momento que Alexia iria dizer o que estava pensando um homem charmoso chega ao lado da moça com um sorriso malicioso.

— Bonne nuit, gostaria de convida-la a nossa mesa, creio que o assunto seria bem mais atrativo do que ver uma criança se embriagar

Aquilo foi a gota d´ água para Alexia, nunca pensou que em uma noite aconteceria tantas coisas, e aquelas pessoas estranhas estava a incomodando com suas ironias, eles estavam a provocando para entrar em um jogo perigoso, a jovem odiava levar desaforo embora esse sempre foi seu espírito, apesar de ser uma jovem com seus problemas, ela era esperta e muito encrenqueira.

_Vejo então que hoje é dia das crianças beber, por que não vejo ninguém idoso aqui.- Alexia falou com tom de ironia.

_E o Senhor seja mais cavaleiro- Agora ela mostrava a coragem que segundos atrás não tinha, e pediu mais um copo de whisky aquela noite seria longa.
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4/1/2014, 23:40
O olhar da garota recaiu sobre si e junto com ele, Lucinda pode sentir o cheiro da raiva e da frustração, disfarçado pelo forte cheiro de whisky, que pulsava constante no peito daquela pobre humana. Levantou a mão sutilmente, acenando para um dos garçons que logo lhe serviu uma pomposa taça de vinho rosé da melhor safra do hotel. Bebericou por algum tempo, sem nada dizer, apenas observando a menina pelo canto dos olhos. Não sabia dizer o que, mas algo naquele ser a intrigara, sentia que ali poderia encontrar alguma diversão pelo tempo que passaria no Royal Crescent.
Levou a taça frente aos lábios, aspirando o doce aroma da bebida, que, de todas, era a sua preferida. O líquido escarlate cintilava em contraste com a pele alva da jovem mulher, deixando-a ainda mais atraente para quem quer que a visse naquele sofisticado balcão, embora não fosse sua intensão. Sua espécie era sedutora por natureza, o que dificultava a discrição em muitas ocasiões, mas de fato não se importava já que isso nunca lhe trouxe grandes problemas.
Agitou a taça no ar, fazendo o doce vinho girar em círculos na cristalina taça deixando que sua mente mergulhasse em um debate com si mesma sobre como deveria se divertir quando o sol se fosse. A “garota do elevador” continuava a observá-la enquanto sua raiva crescia, era verdade que alguns vampiros tinham o dom de ler pensamentos humanos e até o de outros vampiros – em alguns casos – mas não Lucinda. Seu dom? Seu dom era outro o qual tinha certeza de que nenhum ser vivo gostaria de conhecer, era algo que poderia deixar qualquer um a beira da insanidade.
 
▪▪▪†▪▪▪
 


- Bonne nuit, gostaria de convida-la a nossa mesa, creio que o assunto seria bem mais atrativo do que ver uma criança se embriagar.


Uma voz grave ecoou entre as colegas de bar, despertando-a de seu transe. Não gostava de ser interrompida, muito menos enquanto planejava as melhores formas de torturar aquela bela jovem ao seu lado.
Um silêncio perdurou o ambiente, a mulher nada respondeu diante aquele ousado e inconveniente convite. Ainda de frente para o balcão um arrepio percorreu lhe as costas, fazendo com que ela se voltasse para o dono da voz, lentamente, embora já soubesse a quem ela pertencia.
Seus olhares se cruzaram com frieza, e enquanto se encaravam sentiu como se uma lâmina de gelo lhe atravessasse o peito. “Preciso encontrar Ivanove”. Se preparara para responder, mas sua "acompanhante" fora mais rápida.

“_Vejo então que hoje é dia das crianças beber, por que não vejo ninguém idoso aqui.”, disparou a humana, completando com um “E o Senhor seja mais cavaleiro.”, sentiu pena pela falta de juízo que possuía.
 

- Perdoe a criança, cavaleiro, ela não sabe o que diz. – disse gentilmente enquanto tornava a virar-se para o balcão – Entretanto, sinto em lhe informar que dispenso seu convite. – lançou um breve olhar de canto para o homem – “Bonne nuit”. – ironizou, saboreando o vinho.
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9/1/2014, 19:41
O hotel parecia conter todos os tipos de “pessoas” mortais e imortais, após Nicolau deixar a bela Aiko, um nome bastante peculiar para convidar outra vampira para a mesa, mais a jovem humana era imprudente, embriagada seria uma vitima fácil ao ataque de qualquer um, e a vampira de vestido vermelho, já esta se preparando para o jantar.
Se não fosse o elegante Nicolau interromper seu pequeno movimento, a humana tinha uma língua bastante afiada, mais um senso de preservação bastante duvidoso, ate  suas palavras direcionado a ele como se devesse ser mais cavalheiro, mas mal sabia ela que deixa-la viva e salva-la de uma vampira era o ato mais cavalheiresco que poderia demonstrar.
Esperando a resposta se colocou a esperar, a bela vampira de vestido cor de sangue, uma cor bastante atrativa e expressiva, ali ela não estava querendo ser discreta, mais atrair olhares intencionalmente ou não. Após um silêncio que parecia muito longo a jovem a vampira se retrai, seus pensamentos parecem confusos.
Nicolau mantinha sua casca neutra e elegante, em seu terno azul marinho, seus cabelos estavam alinhados perfeitamente sem um fio fora do lugar, seus olhos notaram um movimento em sua mesa, enquanto via Aiko se colocar de pé e sem ser discreta sair mais rápido do que olhos humanos pudessem ver. Um sorriso descrente surgiu nos lábios de Nicolau quando voltou sua atenção para a vampira.
Impetulante a menina de olhos azuis, já injetado de vermelho, sua voz arrastava-se e alguns soluços saiam revelando o hálito embebido de álcool, a vampira se virou para Nicolau com sua taça de vinho e falou:
― Perdoe a criança, cavaleiro, ela não sabe o que diz. Entretanto, sinto em lhe informar que dispenso seu convite.
Lançou um olhar firme e decidido e tomando mais um pouco de sua e apenas disse:
― Bonne nuit.
Nicolau apreciou a coragem daquela vampira, afinal ela era antiga o suficiente para ver que ele era poderoso e mesmo assim recusou seu convite, sustentando o olhar, dela falou:
― A perdoarei se você me dizer seu nome e se sentar comigo... Já que minha acompanhante partiu, do contrario, irei mostrar a ela o que ela não sabe...
O tom do vampiro era normal mais afiado, seus olhos pareciam brilhar, era um desafio e ameaça velada, qual seria a escolha da vampira? Permitiria ter a companhia dele, ou arriscaria ele ataca-la e matar a jovem? Mesmo que ela não tivesse importância para ela, talvez não desejasse chamar tanta atenção além de uma jovem bela passando as férias em um hotel.
― O que vai ser mademoiselle?
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22/1/2014, 23:59

- Pode parar aqui senhor, por favor.


Desceu do taxi com rapidez, tentando despistar qualquer coisa que rodeasse o exterior do hotel, que dê cara era divinamente luxuoso para qualquer um que o observasse atentamente.

A noite estava fria para um mero mortal, mais como a pele imortal que regia no corpo de Nina era como um ferro, quase adamantium, ela não sentia um vestígio da correnteza de ar gélido que afugentava a noite. Além do simples fato do perigo noturno que poderia encontrar no Royal Crescent. Ao aproximar-se do mesmo, se dirigiu até o balcão, onde uma bela moça conversava ao telefone e a aguardou. Enquanto isso olhou cada mínimo detalhe do local, era estupidamente requintando de esplendor e um dourado lindo. Pode sentir um tipo de ambiente e movimentação diferente. Imaginava que seria o tipo de situação onde deveria seguir o conselho de Uriel: não se revelar, traduzindo, NÃO CRIE PROBLEMAS, SE NÃO TE RANCAM A CABEÇA EM MENOS DE SEGUNDOS!

- Boa noite senhora, posso ajuda-la?

A moça tinha um sorriso leve e simpático, o essencial para a definição de seu cargo e com o intuito mais convidativo possível.

- Nada de senhora, por favor, ainda sou nova. Tenho apenas... bem, poucos anos que não vem ao caso RSRS. Então, tenho uma reserva feita em um de seus quartos, e gostaria de me encaminhar para lá o quanto antes possível de o sol nascer, pois pretendo descansar o suficiente até o amanhecer.

- Me desculpe senhorita, é um costume que não me abandona! E em nome de quem se encontra a reserva?

- Ana Sterin, ou Nina Sterin.

- Claro, sua reserva foi feita com entrada para hoje e data de saída imprevista certo? Quarto 301, décimo andar. Aguarde no saguão alguns segundos que pedirei para alguém buscar suas malas enquanto conferem rapidamente a limpeza de seu quarto.

- Mais como assim saída imprevista? – Nina imaginou na hora um sorrisinho irônico no rosto de Uriel. Como adoraria ter umas palavrinhas com ele. - Tudo bem, esta correto. E sentarei ali para esperar, mais desde já obrigada.

Nina viu uma veia quase saltitar do pescoço da atendente, e que já se deparava com sua velha amiga fome novamente. Ela andava bem presente nestes últimos verões, e não poderia ficar ali com a chance de voar no pescoço da pobre moça, precisava se distrair. Andou rumo ao saguão e deixou suas malas. Ali próximo dentro do hotel, havia um bar. Já sabia como acabaria com suas magoas de fome e saudade de seu irmão.

- Por favor, um copo do melhor uísque que o senhor tiver em seu estoque, e preparam algum tipo de refeição? Gostaria de algo que o senhor sabe que me fará mal amanhã, mais que sustente um cavalo!

- Claro senhorita! É para já!

Permaneceria ali até seu quarto estar pronto, mesmo sabendo que não poderia dar sorte para o azar de ser reconhecida onde já notará uma aura pesada. Parecia ver pessoas com olhos brilhantes por todos os lugares, mais não sentia medo, apenas a curiosidade que lhe acompanhou o caminho inteiro até a cidade de Bath: quem diabos era esta amiga de Uriel chamada Lucinda Price?
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27/1/2014, 14:27
A noite se encaminhava para suas horas finais, e a movimentação do salão do restaurante começava a se agitar, mesmo com poucas pessoas presentes naquele momento, qualquer ato impensado poderia gerar problemas em longo prazo e o desafio velado de Nicolau flutuou pelo ar enquanto esperava uma resposta da bela vampira.
A humana soluçava de embriagues enquanto balbuciava palavras sem nexo, a vampira de vestido vermelho continuou tomando sua bebida de costas para o convidado que a convidara, uma ação perigosa e ariscada, qualquer movimento e ela poderia ter seu coração arrancado em um piscar de olhos, mas não era este o show que ele desejar naquela noite, não ainda pelo menos.
Após um tempo sem uma resposta se aproximou da humana, a puxou pelo braço a colocando de pé, ela mal se sustentava apenas o segurar dele que a permitia se suportar em seus pés olhou em seus olhos e deixou o brilho de seu poder atravessá-la.
Você vai agora para seu quarto, seu pai deve está preocupado, saia daqui é não olhe para trás e só saia do quarto amanha, fui claro?
Antes de esperar uma resposta da humana se sentou ao lado de Lucinda, pediu um conhaque, seu copo foi servido rapidamente um líquido escuro e forte com dois cubos de gelo, se virou de lado para ela.
Mademoiselle é bastante intrigante devo confessar... Outra vampira em seu lugar teria atendido meu pedido, mas você. Bem, tem muita coragem apesar de uma jogada arriscada, está noite não farei nada pelo menos por enquanto, mas espero que aceite meu convite no nosso próximo encontro.
Voltando ao seu lugar pegou sua bebida e a virou em um só gole, deixando as pedras de gelo ao fundo, se levantou alinhou seu terno e gravada, se curvou sutilmente e se retirou deixando a bela vampira sozinha, enquanto Nicolau se distanciava viu Lucinda encerrar sua conta, enquanto desaparecia do salão, enquanto o jovem vampiro se colocava dentro do elevador que se fechava revelando apenas um sorriso apreciador nos lábios brancos e impecáveis de Nicolau.
Muitas coisas parecem esta acontecendo por aqui, parece interessante.
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4/2/2014, 21:47

Tentava observar atentamente cada rosto desvencilhado em pensamentos presente no hotel. Cada qual com seu problema interior que amargara o intimo de suas almas. Imaginou que era tão parecida com aqueles "patéticos humanos" como diria o senhor Ivanove em relação a sentimentos. Claro, apenas isso e parava ali, pois a dor de perda parecia ainda maior pois quem perdeu era o único que lhe restava em sua vida...


- Senhorita, aqui esta a especialidade da casa: um sanduíche com o dobro de cheddar e hambúrguer ao molho inglês. E o copo de uísque. - Pousou o copo em frente a Nina. - E aviso a senhora, cuidado com o que bebe por aqui geralmente... Há muitos desconhecidos e não gostaria que uma bela dama como a senhorita fosse feita de "bonequinha" de qualquer um deles. - Deu-lhe uma rápida piscadela a Nina, que gentilmente devolve-lhe um sorriso amistoso.


- Senhor, se há algo que lhe posso assegurar é que sou a dama mais perigosa daqui. - E bebeu uma boa dose da bebida.


- Serio? A senhorita pratica algum tipo de luta? Ou é uma atleta?


- Bem, é. Pode se dizer que sim. RSRS 


Voltou o olhar para o salão lotado. Qualquer um ali podia ser Lucinda. Quem em sã consciência estaria em um hotel como aquele que transmitia certa aura... maligna? 


- Senhorita Sterin? Suas malas já estão prontas e seu quarto limpo.


Olhou para trás e viu que havia um homem bem aparentado, loiro e lindos olhos claros com um terno preto, e um crachá escrito "Ms. Dean" a sua espera


- Senhor Dean. Pode me levar até lá? E a proposito, posso levar minha refeição e comer lá também?


- Sim como desejar.


Nina se levantou e caminhou atrás seguindo o funcionário, que paria tão amistoso como o senhorzinho do bar. 


" Ah, humanos... Por que vampiros não são doces como vocês? No bom sentido é claro".


Subiram juntos pelo elevador, e quando desceram precisaram de apenas 6 passos para pararem em frente a um quarto com a numeração de 301. Era ali que Nina esperaria por sua anfitriã.


Entrou e deparou-se com uma pequena carta em cima de sua cama. Ignorou-a. Jogou seus pertences para um lado, e o copo com o uisque a a bandeja com o sanduíche em cima de uma pequena bancada ao lado da TV. Era um quarto branco com detalhes do seculo XV. Todo moldado em gesso quase bege, e desenhos minimalistas com curvas e retângulos. Deitou em sua cama e o barulho dos estalos foi maior que o esperado.


"Meu Deus. O que estou fazendo aqui?".

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6/2/2014, 15:44
Ao seu lado, o jovem cavalheiro desatava a tagarelar enquanto Lucinda nada lhe respondia, se limitando apenas a saborear sua taça de vinho, que já chegava ao fim, por sinal. Via-se nitidamente o quanto aquele rapaz era petulante, tentando persuadi-la a seus caprichos, mas havia algo que, provavelmente, ele não notara sobre a jovem a sua frente: ela não era manipulada. Ela manipulava.
Resolveu ignorá-lo esperando que o mesmo desistisse do convite importuno, mas em vão.


— Mademoiselle é bastante intrigante devo confessar... Outra vampira em seu lugar teria atendido meu pedido, mas você. Bem, tem muita coragem apesar de uma jogada arriscada, está noite não farei nada pelo menos por enquanto, mas espero que aceite meu convite no nosso próximo encontro. - disse, sentando-se no banco ao lado e se servindo com uma bebida.

Lentamente, a mesma baixou a taça e virou o pálido rosto para contemplar os olhos gélidos de sua "companhia", seus próprios olhos se estreitaram por um momento, analisando-o severamente e então sorriu com desdém.

 Você é um tanto atrevido, não acha? - colocou um dos braços sobre o balcão, usando-o de apoio para o rosto enquanto o encarava sutilmente - Aliás, espero que sua ultimas palavras não tenham sido uma ordem, porque, caso não tenha notado... - Lucinda levantou-se graciosamente de seu lugar e, num piscar de olhos, deslizou para trás de seu acompanhante; apoiou as mãos delicadamente sobre seus ombros e roçou seus lábios, ligeiramente, no pescoço frio do homem. - Não gosto de receber ordens. - suas palavras saíram em um sussurro rouco.

Antes de qualquer reação a jovem já voltara para seu lugar, lançando um sorriso furtivo para o homem. Não demorou muito para que ele se retirasse do local e assim, fez o mesmo. Correu os olhos pelo salão uma ultima vez, procurando pela garota do elevador afim de se certificar de que ele não a mandara para a "boca do lobo" dessa vez e então se pôs a caminhar em direção as escadas. Só por hoje não tomaria o elevador.



▪▪▪†▪▪▪


Seus passos ecoaram no corredor mal iluminado do hotel, as escadas empoeiradas deixavam visível sua pouca utilidade por ali, mas nada que a incomodassem. Já esteve em lugares piores e pelos tempos que viriam era melhor não reclamar do que se desfrutava no agora. A fraca luz refletia no cartão magnético que repousava numa das mãos da jovem.

Em passos rápidos e despreocupados, Lucinda rumou andares acima do passado salão até finalmente chegar ao seu quarto, ou por melhor dizer: quase. Não fora difícil convencer aqueles simpáticos atendentes a lhe fornecerem um cartão-chave extra o qual levara direto ao quarto 25, no sexto andar.

Passou o cartão pela fechadura e a porta se abriu com um silencioso click. Silêncio. As luzes estavam apagadas e assim deixou que ficassem, adentrou o luxuoso quarto trancando a porta atrás de si.


- Alguém em casa? - perguntou em voz alta debochadamente - Acho que não.
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7/2/2014, 16:17
Alexia chegou a porta do seu quarto e tentou abrir, mais naquela hora sua força já não ajudava e muito menos sua consciência bêbada do jeito que estava nem percebeu que tinha perdido o chave do quarto. Andando meio caindo para os lados, ela sabia que na recepção consegueria a chave extra então resolveu ir até o local.
Ele estava quase caindo o corredor para ela parecia estreito, e mal iluminado só algumas luminárias estavam acesas, o local estava muito sombrio, seu corpo começou a sentir cala frios e seu coração estava batendo mais rápido,Alexia só havia dado alguns passos de sua porta, mais tinha um leve pressentimento que alguem lhe observa vá...
Mais ignorou e continuou seu caminho, chegando quase no final do corredor ela ouvi um barulho e imediatamente seu corpo vira para olhar, era uma porta entre aberta, onde Alexia só pode ver a claridade.
Como estava bêbada caminhou ate a porta e quanto ia colocar a mão na maçaneta da porta algo pega em seu braco e a puxa, mais ela estava tão ruim que acabou dormindo no colo de um estranho.
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10/2/2014, 09:12
Após uma noite de encontros atribulados, Nicolau salvou a jovem humana, talvez por mero capricho ou apenas para provocar a jovem de vestido vermelho, depois disso, seguiu seu caminho um pouco frustrado por não ter conseguido ter uma conversa apropriada com ela e com a outra vampira que escapara por entre seus dedos, mas até mesmo sua frustração lhe trazia um prazer peculiar.
Apesar do ar confiante e destemido de Lucinda, Nicolau viu fundo dentro dela para perceber que ela sabia que se lutassem ela poderia não sobreviver, mas mesmo assim não deixou que ele a dominasse, seja força ou blefe ela se defendeu como podia, sua voz ao pé do ouvido dele antes dele sair o fez sorrir apreciando o momento.
Subindo o elevador seguiu para seu quarto, Lucinda por outro lado escolheu as escadas, um caminho mais fácil para correr, lutar ou fugir se fosse necessário. O sol de seu salto ecoava ma escada de metal muito mal iluminada, mas para ela isso não importava enxergava muito bem na escuridão, em sua mão com o cartão abriu a porta de seu quarto, após atravessar um corretor revestido por um carpete verde, quatros abstratos acompanhavam algumas paredes do corretor.
Um click estalou ao destravar a porta, ao ser aberta nenhum som escutou, a luz que invadia o quarto provinha dos pequenos lustres do corredor, fechou a porta retirando a luz de seu aposento. Caminhou nas sombras e perguntou debochadamente.
– Alguém em casa? Acho que não.
– Não estaria tão certa disso, minha querida... —Uma voz se pronunciou no quarto escuro.
A poucos quartos atrás, a jovem humana conseguira chegar ao seu quarto, após perder a chave e retornar a recepção para pegar uma segunda, o recepcionista deve que ficar um pouco distante para não ser atingido pelo cheiro de álcool. Sem forças para nada mais que se arrastar se forçou pelo corredor mal iluminando, um barulho a fez virar, poderia ser qualquer coisa ou nada embriagada como estava saber o que era real ou não era um desafio.
Passou o cartão na porta e a destravou, quando ia girar a maçaneta para adentrar a seu aposento, em um único movimento tem  seu braço agarrado firmemente, antes que pudesse sequer ver quem é desabou.
“– Menina imprudente... O que faria se ao invés de mim, fosse um vampiro...” — Pensou  Walter, ao ver o estado da jovem.
A pegou nos braços e a carregou para dentro a depositando na cama, após retirar os sapatos a cobriu.
– Durma, pois amanhã teremos uma longa conversa.


Última edição por WELL em 19/2/2014, 16:23, editado 1 vez(es)
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12/2/2014, 16:08
Alexia abri seus olhos e se depara em seu quarto, seu corpo ainda estava pesado e sua cabeça estava pronta para explodir, ela tinha certeza que foi Walter que a trouxe e que iria escutar a noite inteira um belo de um ser sermão, mais não estava com muita paciência para ouvir. Com muita preguiça se levanta e vai ate uma das grandes janelas de vidro e passa alguns minutos olhando o chegar do crepúsculo, ficou tentando lembrar do que havia feito no dia passado,mais só veio alguns flash em sua cabeça.
Caminhou em seu quarto passando pela grande cama dossel e entrou em seu banheiro, Alexia precisa relaxar e tentar melhorar sua ressaca.

Depois de uns quarenta minutos ela cria coragem e se retira da banheira, pegou seu roupão e foi na direção da sala para tentar localizar Walter.O ambiente estava em um absoluto silencio, a garota não encontrou seu "pai" mais ao notar em uma escrivaninha havia um bilhete, imediatamente Alexia pega esse recado.

Alexia estou lhe a guardando no salão de festa, seu vestido esta no meu quarto.
Walter.


-Salão de festa? Sera algum evento ou Walter esta querendo me agradar?- com esses pensamentos Alexia foi ao quarto de seu tutor,ela estava encantada com o vestido que Walter escolheu mais ela não entendia o por que? Mais não quis questionar então achou melhor se arrumar.

Ela estava deslumbrante com um modelo de  vestido longo vermelho com as costas abertas estava realçando muito sua pele clara, então preferiu fazer um coque frouxo e usou apenas tons escuros para marcar seu olhar que era o que ela mais gostava em si.


Ao sair de sua suite foi em direção ao elevador, ao notar que hotel estava bem mais movimentando do que a noite passada, havia muitas pessoa no elevador e todos bem vestidos, alguns sem gracinhas tentava chamar a atenção da jovem, mais foi em vão por que Alexia queria mesmo era saber o motivo dessa festa e por que Walter não brigou com ela ainda. As portas do elevador se abre e a garota da um sorriso de canto ao ver que é um jantar que parece importante por que ali estava presente muito políticos e empresários bem sucedidos.


-Boa noite Senhorita! O seu nome por gentileza.- Um dos segurança pergunta.

-Alexia Kremer.- Os olhos do segurança não consegue desviar do olhar da garota.

-Oh sim! Mesa 89, Sr Walter.-Ele abre passagem para a jovem entrar ao salão.


Alexia estava roubando vários olhares ate chegar a sua mesa, quando estava quase chegando ela percebe que Walter estava sentado com uma mulher muito atraente.

-Boa noite- Alexia cumprimento.

_Nossa Walter você tem razão ela é linda.- A mulher misteriosa chega perto de Alexia e a abraça- Como você cresceu filha.
CarolinyS.
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13/2/2014, 00:41

Parecia que a cada estalar dos pisos ao longo do corredor por trás da porta de seu quarto, era um relincho de um cavalo marchador. Sua cabeça girava e girava mesmo estando completamente deitada. Havia ligado para o serviço de quarto e feito o pedido de duas garrafas de uísque, e as bebeu em menos de vinte minutos. Logo após empanturrou-se de varias bolsas de sangue que supostamente "assaltou" no caminho para o hotel mais algo ali não estava certo, e Nina sentia-se cada vez mais entediada com a situação então não ficaria ali. Não mesmo, novamente, ligaria para o serviço de quarto.

- Serviço de quarto? Olá, boa noite novamente e desculpe incomoda-los eu gostaria que alguém me trouxesse outra garrafa de uísque... Claro, aguardarei aqui. - Colocou o telefone no gancho e em menos de minutos, um jovem bem aparentado de terno preto e cabelos morenos penteados ao estilo elvis.

- Senhorita, a sua terceira garrafa esta aqui. Posso deixa-la ai dentro? - Jogou-a Nina um sorriso mais que sedutor e encantador, e naquele momento, a vampira soube que não era em seu quarto que queria estar, mais degustando dos prazeres carnais do encantador hotel. 

- Sim, entre cavaleiro. - O mordomo colocou a garrafa na mesa e foi-se para a porta, mais Nina o segurou delicadamente pelo braço e pode sentir o calor do toque humano que a algum tempo não sentia emanara de sua pele, e encarando-o no fundo dos olhos disse:  - Meu caro, antes de partir, poderia mostra-me algumas coisas desfrutando do prazer de sua companhia? 

- Sim.. sim senhora. Me acompanhe por favor... - O jovem exitou por um momento, mais quando caiu em si, já estava totalmente encantado. - Estamos tendo uma festa no salão de festas. Gostaria de dar uma olhada?

- Salão de festa? hum... Seria excelente! Colocarei uma roupa e volto em 15 segundos. Me aguarde neste exato lugar...- Viu o nome no crachá de Peter. - Senhor Peter. Não sai daqui.

Em uma velocidade apenas para ela e outros imortais, Nina desfez as malas e ainda escolheu um vestido de cetim vermelho com pequenos bordados de laços na manga para usar. Despiu-se e logo já estava vestida e com uma pose de dama de corte. Seria esta noite a noite das mudanças.

Estendeu o braço para o jovem mordomo que vagamente, lhe voltou com seu braço esquerdo por baixo da cintura e levando Nina a mais próximo de si, e dirigiam-se a porta já, quando a jovem lembrou de algo que faria a noite ser realmente digna.

Voltou ao quarto e agarrou a garrafa de Jack Daniels  para si e pegou Peter pelo braço novamente. Estava agora mais que convicta, que queria se divertir, e sair da monotonia da espera de alguém que possivelmente não iria chegar indo a uma festa. Nada mais conveniente.

- Vamos Peter. Me mostre como tiram o tédio de uma hospede. 
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19/2/2014, 17:13
Antes da noite acabar Nicolau se dirigiu para seus aposentos, uma vez nas sombras do lugar se colocou a pensar enquanto tinha em suas mãos uma copo com conhaque, sentado em uma poltrona notou  a porta se abriu em um click, a luz invadiu o lugar, uma luz fraca e opaca uma sombra adentrou ao recinto.
 
Ainda oculto nas sombras permaneceu em silencio, ate que uma voz feminina se pronunciou, perguntou se havia alguém em casa, e automaticamente deduziu que não. Para seu azar e surpresa não era assim que aconteceria.
 
Nicolau se pronunciou da poltrona onde estava revelando, seus olhos e dentes brancos, que se esticava em um sorriso, aparente gentil, mais velado por um poder perigoso.
 
Respondeu a bela jovem suavemente após a porta se fechar e levar a pouca luz que havia no quarto, apenas uma pequena linha de luz se via pela fresta da porta, se levantando e caminhando mais perto dela, bebeu um pouco mais de sua bebida. A escuridão não era problema era e para ela provavelmente tão bem seria.
 
— Lucinda... Devo dizer que veio ao meu encontro mais rápido do que esperava, mas sinto dizer que sua abordagem não foi das mais cortez .
 
Nicolau a circulou, com seu copo na mão a jovem vampira parecia paralisadas, se fosse uma humana provavelmente teria desmaiado naquela altura, mesmo em território inimigo ficou firme... O que poderia está se passando em sua mente?
Finalizando sua bebida colocou o copo sobre uma escrivaninha, parou colocando as mãos no bolso.
 
— O que devo fazer com você? Esta noite não foi produtiva... —Ele parecia ler os pensamentos dela.
 
— Então não está aqui a férias. Tem alguém a encontrar?— Os olhos de Lucinda expressaram surpresa, por uma fração de segundo ate voltar ao estado passivo.


— Não tente levantar uma parede contra mim... Seus pensamentos são intrigantes, um vejo que foi convidada a está aqui, I.V.A.N.O.V.— Pronunciou cada palavra.
 
Seu sorriso se desvaneceu, sua expressão endureceu, diante a vampira, seu poder crepitava.
 
— Então conhece Uriel? Aquele tolo ainda em meu rastro? Idiota! Acha que pode acabar comigo? Ele só vive por meu capricho... —Disse dando as costas a ela que tentou fugir inutilmente, em piscar de olhos Nicolau estava entre a porta.
 
— Não ouse fugir... Se você está aqui Ivanov deve está pelas redondezas, você minha querida foi infeliz em me encontrar esta noite, mas agora que sei sua ligação com ele usarei isso. — Um sorriso brotou de em sua face.
 
A segurando por trás quebrou o pescoço da vampira que caiu como um pedaço de madeira.
 
— Não sei o que farei com você agora, mas logo descobrirei. — Abriu a porta colocando Lucinda no ombro e desaparecendo como um borrão.
 
A noite teve seu fim, durante o dia preparativos no salão demonstrava um grande evento, um jantar estava a espera todos estavam com seus trajes mais elegante, Nicolau voltara ao hotel, sozinho agora, trajava um smoking preto, e sapatos pretos lustrosos, adentrou o salão e se dirigiu a uma mesa.
 
De seu lugar pode ver o salão se encher pouco a pouco, em um pequeno palco havia uma banda tocando musica ao vivo, um som ambiente agradável, varias pessoas homens e mulheres chegavam, a alguns vampiros, o olhar apreciador de Nicolau mostrou certo prazer, como se um banquete o esperasse.
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21/2/2014, 03:19
Foi muito grande o choque que acabou de ouvir, sua expressão de calma estava muito seria, seus olhos azuis estão arregalados. Alexia não acreditava que sua mãe apareceu depois de dezoito anos, nunca havia achado vestígios dela, ela esta na sua frente em carne o osso.

- Mais ser que ela é minha mãe?- esse pensamento passou pela sua cabeça, quando a jovem começou a observa a mulher a sua frente.

Ela aparentava ter seus trinta anos ainda pele branca, com os cabelos curtos bem pretos, mais ao olhar em seus olhas percebeu que ali não havia nenhum brilho que seus olhos cor de mel eram sem vida. Aquela mulher a sua frente não parecia ser sua mãe, e sim uma mulher qualquer e vazia, ao abraçar Alexia, ela pode sentir um toque frio de suas mãos em suas costa nuas.

Posou as mãos no ombro da garota e relaxou sua postura agora ela estava mais calma e confiante, a jovem não quis retribuir o abraço e isso fez ela dar um pequeno sorriso de canto. 

Walter apenas observava a cena, ele estava tentando achar alguma explicação para ela ter aparecido, sabia muito bem que ela não tinha mais sentimentos nenhum pela filha, e que aquela mulher ali abraçando a esta sendo usada como uma boneca para algum vampiro.

- Mais quem? E por qual motivo?- pensava ele.

Walter ficava ate tarde observando os hóspedes, ele realmente estava estudando eles com cautela não poderia fazer nada só, eram muitos para um caçador, nem sua pequena garotinha ele podia proteger 24 horas. Mais ele sabe que ser um caçador e ainda ter que esconder coisas que só ele e a igreja sabia dos olhos humanos ficava cada vez mais difícil.

- Então querida não esta surpresa?- foi quando Alexia voltou para o mundo real.

- Surpresa ? Claro que estou.- Alexia dizia com certa ironia, que não passou 
despercebido aos olhos da bela mulher.

- Então vamos começar na apresentação- retirou a mão do ombro da garota- Sou Estelli Kremer, fui casada com Seth...

- Não ousa falar o nome do meu pai -Alexia se intrometeu.

- Bem Alexia, não quero começar uma discussão agora.- Estelli deu as costa para filha e se sentou ao lado de walter.- Vamos passar uma noite agradável por favor.

- Eu devo explicações não acha?- a garota falou se sentando a frente da mãe, com uma expressão de raiva.

- Vou te dar todas mais amanhã - com muita elegância colocou um pouco de vinho em sua taça e bebeu um pequeno gole- Estarei no quarto 115.

Walter estava muito inquieto em sua cadeira, seus olhos castanhos estava atento em cada movimento de sua acompanhante, ele preferia ficar a sós com a mulher estranha ali presente.

- Alexia por favor vá ate o bar e me peca um copo de agua.- Seu tom foi mais como uma ordem e não pedido, a jovem sabia que ele queria falar com a mulher sozinho.

- Com licença .- Ela se retirou e foi a caminha ao bar, ao olhar para entrada vem um flash em sua mente da noite passada, do homem com um olhar penetrante, ela tentava lembra de mais alguma coisa mais era difícil. Estava realmente entediante mais ao olhar sua mesa viu que la estava uma carga muito pesada então resolveu ir ate uma das sacadas do salão não queria ouvir nada daquela mulher. A noite esta linda e ninguém estava la para observar apesar dela, se sentou em um banco e ficou olhando o brilho da lua, o vento estava soprando calmo, mais mesmo assim desfez o coque do seu cabelo fazendo cair em suas costa, ela agradeceu por isso pelo fato de estar friozinho.
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27/2/2014, 00:49
Descendo os lances de escada no qual se encontrava totalmente deserta, Nina sentiu o ambiente pesar no andar abaixo. O seu corpo estremeceu e seus pelos levantaram. Sabia que aquilo era um mal pressagio. Aprendeu com seu pai a não ignora-los. Algo estava por vir, e talvez ela mesma estivesse inclusa em planos desconhecidos mais isso não a impediria de dar fim a seu propósito inicial de segundas intenções. Iria à festa e pareceria uma humana normal como outra qualquer, e lá encontraria Lucinda, que provavelmente estaria na mesma e por fim passar-lhe-ia o recado de Uriel.


No saguão, a movimentação era eminente. Ele estava todo redecorado com retratos de cenas teatrais do século XVII.Cortinas branco gelo, e o teto com uma lustrosa luminária. A musica ao fundo, soava como Mozart em sua ultima apresentação. Logo se viu rodeada de gente, e agarrou Peter pelo braço que ainda permanecia hipnotizado, colocando-o para dançar. Buscou a todo custo usar seus sentidos para tentar descobri quem poderia ser Lucinda, pois afinal de contas, o grande Ivanove não lhe deu detalhes sobre a vampira. Apenas isso, que era uma vampira.


Buscou em cada canto do salão por qualquer olhar profundo e inquietante que a chamasse atenção. Coisas de imortais. Eles tinham muito disso. Então lhe veio a ideia que não a faria perder tempo, perguntar ao seu novo “amigo”.


- Peter eu odeio usar isso em humanos, mais hoje estou muito necessitada... - Fixou mais ainda seus olhos ao encontro dos do dele e disse firmemente. – Você por acaso conhece alguma Lucinda Price? Ela é hospede desse hotel e preciso acha-la urgentemente para... Um recado. Conhece-a?



- Desconheço tal rosto, mais o nome é de uma de nossas hospedes aqui sim no Royal Crescent. – O jovem disse cada palavra separadamente como se um ovo estivesse lhe engasgado na boca.


- Mil perdões Peter, mais foi necessário. Agora você se esquecerá de tudo que lhe perguntei aqui, e nem ao menos lembrara de minha face. Dançará e beberá com os amigos quem sabe, mais não aqui. É perigoso. Se divirta.


 Saiu do encalce do garoto e seguiu multidão a fora ainda concentrada no que buscava. Foi então que viu a figura de um homem sentado em uma das mesas perto do palco. Todos estavam com a atenção voltada para ele, pois era belo. Usava um smoking preto e encontrava-se bem aparentado. O olhar de Nina encontrou aqueles olhos e percebeu na mesma hora: o tal homem, tratava-se de um vampiro. E não era do time dos bonzinhos.
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28/2/2014, 10:40
O movimento crescia no salão principal, qualquer que fosse o evento, Nicolau em seu lugar apenas observava as pessoas, havia pegado uma taça de champagne que o Garçom lhe oferecera.

Alguns metros de distancia o seu olhar avistou a humana que Lucinda estava preparando, talvez ela fosse importante e por isso ela estava tão interessada, será que ele precisava ficar de olho nele?

Pensou ele enquanto continuava apreciar sua bebida, as conversas eram sempre as mesmas, status, política, casamento, traições... O sorriso em sua face se alargava enquanto percebia o quanto os homens não mudará.

Enquanto o elegante e bem apresentável Nicolau passava o olhar pelos indivíduos, notara um olhar em sua direção se virou e seus olhos se cruzaram, uma bela jovem de cabelos escuros em um vestido vermelho, ela o fez ter um flash de Lucinda na noite anterior, após alguns segundos ele ergueu a taça como um comprimento a ela.

A noite estava tranquila, apesar do vento frio que soprava ao ar livre, dentro o calor humano era aconchegante, os diversos aromas preenchiam o ar, desde o jantar até os perfumes mais  sutis.
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11/3/2014, 12:02
 
O sangue que não corria em suas veias a tempos, quase começou a fluir após aquele comprimento sutil do homem que lhe olhava com olhos semicerrados. "Que cara sinistro!" Pensou Nina.  Sua presença transmitia medo e certo ar tenebroso que parecia tão ameaçador quanto Uriel.
 
Aproximou-se sorrateiramente do homem. Então passou por sua direita e sentou-se uma mesa atrás. Não que quisesse ficar perto dele, entretanto ali era o local que tinha visto acesso para todos os lados. Via-se todo o ambiente  daquele espaço vago, e poucos do ambiente a viam. Incluindo o vampiro de sua frente.
 
- Por favor, moça poderia me informar as horas? – Uma jovem em um vestido rosa de cetim, passou perto dela e Nina puxou-a em um gesto sutil até a jovem lhe retribuir um sorriso cheio de vida, e quando ia mencionar as horas Nina interpôs rapidamente com o olhar invadiu suas ações. – Eu realmente peço-lhe desculpas por isso, mais pode me dizer quem é Lucinda Price?
 
- Evandra Evans.- Escondia-se de alguém.
 
A jovem pronunciava cada frase como se fosse vomitar as palavras. E o que ela queria dizer com aquilo tudo? Lucinda... Ou a tal Evandra veio por seu pedido? E de quem se escondia?
 
- O que? Desculpa senhorita, eu realmente não estou conseguindo entender muito que você esta tentando me dizer.
 
Quando a moça estava prestes a responder uma sombra surgiu entre o olhar de ambas. Ela apenas tomou o olhar para cima e esperou uma expressão do rosto que a encarava.
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25/3/2014, 02:23
Ao sentir um vento gélido em suas costas nuas, a jovem olha para o salão que a poucos minutos atras estava ainda calmo e agora ela percebe que passou alguns minutos sentada e tão destraida em seus pessamentos que nem notou o salão se enchendo, mais a pequena jovem estava realmente muito confusa com aqueles sentimentos, parecia que tudo que aconteceu na vida dela viesse a tona como um flash black em sua cabeça.Alexia se levanta do pequeno banco, ergue a cabeça e solta um grande suspiro, tentando aliviar aquela tenção que estava sentindo.

"Como ela me encontrou? E por que agora?"_ Eram as perguntas do seu subconsciente.

Alexia preferiu não deixar para mais tarde essas perguntas, calmamente saiu da sacada e entrou no ambiente mais quente, o ar do local estava mais alegre, ouvia-se muitos homens comentando sobre apostas, e politica e de mulheres. Revirando os olhos com tanta futilidade masculina, ela segue em direção que a minutos atras estava, ela precisa reabastecer sua taça. Ao olhar em sua mesa a jovem se depara com os olhos da noite passada um homem atraente mais muito intrometido.

Ao notar que sua mesa estava sozinha, Alexia senti um arrepio em sua coluna que foi em direção a sua barriga, com elegância pegou sua taça e saiu com passos largos ate a saída que dava para as escadas, por que se ela opta-se pelo elevador iria demorar muito por motivo das pessoas que estavam descendo para festa.
Ao abrir a porta que acessa as escada sentiu um pequeno formigamento em sua barriga, mais ela realmente queria mostrar coragem.

Walter por favor esteja no quarto- Seus pensamentos estavam a mil.

Alexia subiu alguns lances de escada ate chegar ao terceiro andar, quando colocou suas delicadas mãos na maçaneta, sentiu alguem assoprar em sua orelha fazendo ela se arrepiar de tensão, o medo naquele exato momento fez ela congelar e engolir seco, sua boca estava seca ela não consegui nem raciocinar, sentiu algo gelado em duas costas agora o seu pavor estava ainda mais claro era um "sem alma".

- Por... Favooor... deixa euu ir...-Sua voz saiu bem fraca e gaguejando, ela sabia que eles não tinham piedade e ali poderia ser o seu fim ,mais depois de seu pedido ela escuta um pequeno riso.
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